Nossas histórias

E como é que os homens veem a parceira na menopausa?

Dominique - Homens

Perdi essa. Homens são de Marte e mulheres são de Vênus. Porque não tive essa ideia antes? O cara é gênio. Disse o óbvio e ganhou muita grana, com certeza.

O chavão é verdadeiro. O universo é movido por opostos. Positivo e negativo, prótons e elétrons, homens e mulheres… A mesmice não conduz a lugar algum.
Antes que me chamem de homofóbico, quando digo homens e mulheres falo de temperamento, não de opção sexual.

Nos casais, a mesmice é paralisante porque o tempero de uma relação a dois se encontra nas diferenças. Frio e calor, vinho e água, praia e campo, todos os gostos e preferências têm espaços em uma relação. Se os dois gostam sempre das mesmas coisas, em absolutamente tudo, perde a graça, né?
Definitivamente somos diferentes e isso é ótimo!

A natureza nos impele às diferenças. Ela é sábia até no modo como envelhecemos. Garotos sentem mais calor do que meninas. O cobertor é puxado para o lado delas na cama. À medida que vamos envelhecendo a coisa se inverte. O homem puxa o cobertor para ele e, por vezes, a mulher não se importa. Deve ser a menô.
Pareço íntimo dela, não? Mentira, as mulheres e suas vicissitudes ainda são, para mim, um grande enigma. Mas é isto que as torna tão interessantes, não é mesmo?
Embora conviva com uma, a companheira de uma vida, por mais de trinta anos, ainda tenho muito que aprender. Tenho disposição, vontade e, acima de tudo, respeito pelas diferenças.

Estou dando voltas, né? Bom, vamos falar do que interessa… Sexo. Para o homem é fácil, salvo nas enfermidades o interesse e apetite sexual se mantém por quase toda a vida. Basta um clique e pronto, o garotão lá de baixo se manifesta.
Nas mulheres parece que a coisa é um pouco diferente. Precisa de mais chamego, mais atenção, carinho, sei lá o que mais. A danada da menô definitivamente exige mais paciência do homem, nada que não se possa superar com amor e carinho.

É, nem sempre é fácil para nós. Às vezes, ficamos perdidos no meio de tantos mistérios femininos. Como saber qual a dose certa de vinho para regar uma boa noite a dois? Na dose certa, bingo! Na dose errada é desastre na certa… Ou não surte efeito ou, pior, vira DR. Elas bebem e a gente que fica de porre! Bacco, ajude-me!

Tá, mas não posso reclamar muito. O mundo é mais fácil para o homem. Mesmo quando a coisa esmorece sempre se pode contar com uma ajudinha extra. O azulzinho está aí para isso. As mulheres, ao que consta, precisam dos hormônios, mas não sem riscos para a saúde.

É, gosto de sexo. Mas amo minha mulher. Se para tê-la ao meu lado por mais tempo for preciso fazer algumas concessões à menô, que seja.

Vive la différence!!!
Marcos Bittencourt

Marido, pai, admirador de Dominique e, nas horas vagas, advogado.

1 Comentário
  1. Ahhhh,que bom seria se todos os homens tivessem essa sensibilidade,esse respeito a narureza e a sua parceira!!!
    Parabéns!!!

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Reencontrei o amor da minha vida num velório

Esta é minha história. E imagina só o inusitado.
Recebo o telefonema avisando que um querido amigo tinha falecido. Apesar de recém-operada da coluna, nada a fazer senão ir ao velório, né? Solidariedade é fundamental nestas horas. Mas inchada da cirurgia, com dores horrorosas, tudo o que eu queria era conforto. Como poderia saber que encontraria lá o homem que foi o grande amor da minha vida?
Pois é. E foi assim, inchada, com aquela roupa confortável, mas que engorda pra burro, aquele sapatinho de velha que o improvável aconteceu. Lá estava ele. Não é justo!!!

Quando o vi, ele já estava saindo, lindo e mais charmoso ainda com cabelos grisalhos. 40 anos depois, o tempo não passou para ele.

Daquele dia em diante, ele não me saiu do pensamento. Precisava revê-lo. De qualquer maneira. E isto aconteceria na missa de 7º dia! Batata!!

Fiz uma megaprodução e, para minha decepção, ele não foi.
Mas como não sou de desistir, inventei uma desculpa e liguei para a filha do falecido. Descobri coisas que talvez preferisse não saber. Ele é casado com uma empresária top,  o cara vive com a mulher-maravilha e, segundo a moça, absolutamente apaixonado por ela. Meu mundo caiu. Resolvi que o melhor a fazer era tentar esquecer essa história.

Bom… Como disse lá em cima, solidariedade nestes momentos é importante. Fui visitar a viúva uns dias depois,  mas o destino tramou a meu favor, desta vez, linda e cheia de confiança, graças a deus… Adivinha? Descendo do carro dou de cara com ele. Sabe-se lá o motivo, mas não nos falamos.

Fiquei completamente enlouquecida. Você pode imaginar. Consegui seu celular, nem conto como… Três dias depois, me enchi de coragem e liguei. Tremendo, disse:
– Aqui é a Julia. Te vi duas vezes e resolvi ligar para confirmar se era você mesmo.
Meio sem-graça ele fala:
– Como vai? Reconheci sua voz outro dia.
Completamente atônita completei com o absurdo:
– Então tá, é você mesmo, beijo.
Desliguei só o celular, porque continuei ligada nele 24 horas por dia.
Passados uns dias e imbuída de mais coragem ainda, mandei uma mensagem convidando-o para um café e levei um fora hollywoodiano.
– Melhor não Julia, já se passaram tantos anos, não gostaria de mexer nisso não.
Affffff.

Segue a vida.
Viajei para o Canadá para visitar minha filha e tentar, em vão, colocar a cabeça em ordem, estava em processo de separação. Por obra do destino, no meio de uma baita confusão no aeroporto que não vale a pena contar, mandei uma mensagem para minha agente de viagens e foi parar no celular dele. (?!?!)
João Alexandre não entendeu nada, mas muda de ideia:
– Bom, mas já que ligou, que tal aquele tomarmos aquele café?

Chegou pontualmente.
O que falar nessa hora? Tanta coisa para contar, um passado inteiro para ser remexido. Perguntei:
– Vamos para onde?
Sem pestanejar ele propõe:
– Para um motel. É o único lugar que ficaremos à vontade e sem correr risco de sermos vistos.

Por mais apaixonada e saudosa, fiquei desapontada. Logo de cara me leva para um motel, está pensando o que?
Falamos de filhos, casamento, disse que estava me separando. Ele falou que seu casamento era estável, nem bom, nem ruim, dentro dos conformes.

Abriu a carteira e para meu total espantou, tirou uma fotografia minha, com 15 anos. Segundo ele, nunca me esqueceu. Mostrei a foto que carrego no meu celular e ele começou a chorar. Choramos juntos. Como pode um amor tão bonito se perder assim na vida?

Passamos a se falar pelo Whatsapp todos os dias. Meu marido já havia saído de casa. Ele ficava sem graça de ter a mulher por perto.
Aos 53 anos, me sentia radiante ou, como ele falou, exuberante!

No segundo encontro, uma explosão de tesão acumulado, impossível descrever. O melhor sexo da minha vida!
Continuamos a nos encontrarmos, duas vezes por semana, às vezes, três.
Culpa, remorso, raiva, ciúme, tudo que um relacionamento a três pode causar, passamos em cinco meses.
Também vivi todo amor que é possível e impossível.

Tentamos nos afastar por algumas vezes sem sucesso, pois a paixão era enorme. Mas por outro lado, o sofrimento também. Então, num determinado ponto, não aguentei mais a situação. Escrevi a carta mais difícil da minha vida:

João Alexandre, meu amor,
talvez a gente se encontre novamente com o coração mais maduro e decidido, não era para ser agora.
Não me tenha mal. Tentei o mais que pude, não consegui.
Amo você demais para dividi-lo, isso tem me consumido tanto que não consigo disfarçar mais.
Sei que sou difícil, às vezes, chata, carente e até arrogante. Não me culpe, a vida me fez assim. Sempre na defensiva, com medo de perder, nem sabia o que, mas com muito medo. Sabia que tinha muito a perder, descobri que era o meu coração que já nem existia mais.
Te encontrar foi um bálsamo, uma miragem, um oásis no meio do deserto que eu habitava.
Como sonhei depois daquele encontro, me permiti, pela primeira vez, depois de tanto tempo, sonhar.
Fui em busca desse sonho, encontrei e hoje abro mão dele, não por birra, nem raiva ou qualquer tipo de sentimento pequeno que não seja esse amor enorme que não cabe no meu peito, que me tira o chão e o fôlego, que me despiu de corpo e alma como nos filmes de amor. Só esqueci que nos romances um dos dois sai dilacerado e sou eu quem está assim.
O amor só aumentou nesses cinco meses, não estou mais dando conta dele, está grande demais para ser vivido por mim sozinha.
Sozinha vivi a vida, sofri e me despi de ser eu mesma, hoje não consigo mais.
Oxalá não tivesse dignidade, nem amor próprio, tampouco me importasse com as outras pessoas envolvidas nesse laço que eu dei e só eu posso desatar.
Hoje ouvindo você falar com tanta ternura no celular com sua mulher, senti uma dor tão grande que não consigo mais parar de pensar no mal que estava fazendo a vocês dois.
Não tenho o que oferecer para você a não ser esse amor louco e sem medidas que não cabe na sua vida, não agora.
Talvez um dia a gente se encontre por aí, quem sabe em um velório ou numa festa, com os corações cicatrizados, feridas saradas e com maturidade para sentar e conversar ou até para dar um abraço gostoso sem medo e sem remorsos.
Não era para ser, se traz angústia não está certo, não culpo ninguém por isso, eu procurei essa história para minha vida e posso assegurar que foi a melhor coisa que eu fiz nesses longos 35 anos.
Amar você me fez forte, tomar decisões adormecidas, criei asas, voei nas suas asas e isso foi muito importante e muito bom, mas também muito sofrido. Sofrimento, meu caro, não quero mais para minha vida, já paguei minha cota.
Não me queira mal, o meu amor por você é real, puro e verdadeiro.
Já falei uma vez e vou lembrar que se um dia você estiver disponível, agora ou daqui a alguns anos podemos ter esse recomeço, sem medo e sem culpa.
Morar na casinha ou em qualquer lugar, não importa, o importante é estarmos juntos inteiros, sem horas marcadas, sem magoar ninguém e sem nos magoarmos.
Hoje apago você da minha vida, sigo com um vazio enorme e uma dor dilacerante no peito, me perdoe se o fiz sofrer, só queria fazê-lo feliz.
Vou sentir falta das nossas conversas, do nosso sexo e até das nossas brigas.
Até um dia.
Até talvez.
Até quem sabe?
Beijo
te amo.

Dominique

Nasceu em 1964. Ela tem 55 anos, mas em alguns posts terá 50, 56, 48, 45. Sabe porque? Por que Dominique representa toda uma geração de mulheres. Ela existe para dar vida e voz às experiências, alegrias, dores, e desejos de quem até pouco tempo atrás era invisível. Mas NÓS estamos aqui e temos muito o que compartilhar. Acompanhe!

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Dançar faz muito bem!

Dominique - Dançar faz bem

Por: Claudia Kalil

Eu sempre gostei de dançar.
Danço desde menina, no clube, na escola ou em aulas de jazz e de dança moderna.
Em casa eu não podia ver a televisão ligada.
Se passava o programa do Chacrinha, tava lá eu dançando.
É algo meu, que me realiza e me satisfaz.
Dançar me traz uma grande felicidade, uma grande alegria.

Depois de casada, eu larguei um pouco a dança.
Vieram os filhos, a casa e o trabalho.
Eu me envolvi muito com este cotidiano.
Só que chegou uma determinada altura da minha vida que eu estava:
Leva criança… traz criança.
Aula de canto, aula de natação, aula de inglês, escola, catecismo…
São 3 filhos!
Além disso, cozinha, faz compras, vai ao banco.
Naquela época, eu trabalhava fora e a noite.

Fui ficando muito cansada, estressada mesmo.
Até que um dia eu tive um apagão.
Eu cheguei numa situação em que não sabia onde estava e nem o que estava fazendo naquele local.
Estava em um banco, mas não sabia o que estava fazendo ali.
Daí procurei um médico.
Claro, ele falou pra diminuir o meu ritmo e procurar alguma atividade física para fazer.
Logo pensei em voltar a dançar. Achei que me ajudaria.

Voltei para a academia e há 22 anos faço aulas de dança, como de salão e ritmos.
É uma delícia, nunca mais parei!
A dança é libertadora!
Libera nossos movimentos, desinibe e me ajuda a expressar sentimentos.
Pra mim é a cura da alma.
Foi e é um santo remédio para mim. Até hoje, aos 57 anos, eu danço semanalmente.

No último ano a dança me trouxe uma outra surpresa.
Uma pessoa que conheço há anos resolveu colocar em prática o seu projeto de vida: aprender a dançar.
Ela tem um espaço ótimo e me convidou para dar aula pra ela e um grupo de amigas.
Eu fiquei preocupada porque não tenho formação de professora de dança.
Bom… mas danço há 22 anos.
Então disse a elas que, se quisessem me acompanhar, a gente poderia botar pra quebrar. E foi o que aconteceu.

No último ano, comecei a dar aulas para um grupo de senhoras da minha cidade. A maioria delas com mais de 70 anos pra cima.
Agora eu consigo ver com nitidez o desenvolvimento e a alegria que a dança nos proporciona.
Nós nos reunimos duas vezes por semana para dançar.
E nos divertimos muito!
Além de trabalhar o corpo, queimando calorias e fortalecendo os músculos, a dança alonga e alivia o estresse.
Também trabalha ritmo, memória, porque temos de acompanhar as coreografias.
É fantástico.

Elas cantam… tentam lembrar como dançavam na época de juventude. É um resgate.
É muito interessante.
Isso traz uma realização grande, uma felicidade.
Algumas delas passaram momentos difíceis, de perdas, problemas de saúde, depressão.

É impressionante como elas estão hoje.
E isto só melhora e se fortalece cada dia mais com a amizade.
Nós também fazemos algumas ações beneficentes, como visita a asilos.
Toda esta união nasceu com o objetivo de aprender a dançar.
É assim é até hoje e espero que isto se prolongue por muitos mais anos.
E vamos dançando. A dança é maravilhosa.

Dominique

Nasceu em 1964. Ela tem 55 anos, mas em alguns posts terá 50, 56, 48, 45. Sabe porque? Por que Dominique representa toda uma geração de mulheres. Ela existe para dar vida e voz às experiências, alegrias, dores, e desejos de quem até pouco tempo atrás era invisível. Mas NÓS estamos aqui e temos muito o que compartilhar. Acompanhe!

18 Comentários
  1. Tbm prático Dança Circular a sete anos, e hoje chegando os sesenta anos em dezembro, como Dominique diz, a dança só melhora e fortalece a cada dia! Amo dançar, será sempre um amor e minha terapia, nessa vida tão corrida!

  2. Lindas palavras amiga Cláudia, tirando o apagão e colocando travada na coluna….kkkk,nossa história é a mesma e devo minha disposição a dança tb é maravilhoso é o exercício mais completo.

  3. Parabéns pelo artigo Claudinha, muito verdadeiro, sou testemunha ocular dessa sua paixão pela dança, me orgulho muito de vc, e parabens pelo trabalho que realiza junto as Serelepes. Bjs.

  4. Putz,Claudinha.
    Eu sei exatamente como é seu amor pela Dança.
    Minha história, se encaixa um pouco com a sua.
    Vc tá de Parabéns.
    Está feliz e faz muitas outras pessoas felizes também.
    Que Deus, te dê muita saúde pra continuar nesta magia, que é a Dança.
    Um beijo.

  5. Sou uma apaixonada.
    Sempre procuro coreografias legais de músicas também bacanas.
    Jazz dança de salão são show.
    Me faz feliz me leva para uma balada com músicas anos 70 80 e um espumante cara viro uma pomba gira,sério e depois qdo vou dormir parece que estou flutuando.Detalhe chego em casa já deixo a roupa na máquina de lavar.
    E vamos dançar…….bjs

  6. Bernice falou tudo a gente está viva que seja de Feliz. Tenho muita vontade entrar para um grupo de dança. Tenho 61 anos mas sou muito ativa .

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Mudar o rumo da própria história

Eu sempre quis mudar o rumo da minha história, mesmo sem ao menos saber o que era ser Dominique.
Tentei essa mudança várias vezes, mas sem sucesso.
Até que, aos 31 anos de idade, resolvi voltar a estudar.
Tinha deixado os estudos 12 anos antes.
Mas estava sempre atenta ao que se passava ao meu redor…

Quando falei sobre essa ideia, a resistência apareceu, por parte do marido, que foi logo dizendo:
– Você tem os filhos para criar, casa para cuidar!
– Ah, “papagaio velho” não aprende a falar…
E com o meu jeitinho de quem não quer, mas querendo, fui dobrando essa resistência.

Entre criar os meus filhos e cuidar da casa, eu me desdobrei ao máximo que pude para realizar meu sonho engavetado: ser professora!
Minhas irmãs Gisélia e Gizelma ficavam a noite com os meus filhos para que eu pudesse fazer ir às aulas.
Foram três anos de luta e perseverança, mas recheados também de alegria e otimismo pela vitória que estava prestes a ser conquistada.

E não é que no último ano do curso era o marido quem fazia questão de ficar com os filhos?
Era sim! Kkkkkkkkkkkkk!!!!
Pois é, dei conta de tudo direitinho, inclusive do “papagaio velho” que não aprendia a falar e que aprendeu muito bem, modéstia a parte (sou eu)!

Tanto que agora, mesmo aposentada, ainda dou aulas particulares, “ensinando” muitos “papagaios” a “falar” para que possam também, num futuro próximo, mudar o rumo de suas histórias de vida!

Dominique

Nasceu em 1964. Ela tem 55 anos, mas em alguns posts terá 50, 56, 48, 45. Sabe porque? Por que Dominique representa toda uma geração de mulheres. Ela existe para dar vida e voz às experiências, alegrias, dores, e desejos de quem até pouco tempo atrás era invisível. Mas NÓS estamos aqui e temos muito o que compartilhar. Acompanhe!

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Funk: um grande up na relação

História enviada por Cecília Michelin

Moro em um bairro residencial há 20 anos. No começo, era uma paz tibetana, som de pássaros, folhas ao vento e um ou outro carro passando. Nem o cara da pamonha de Piracicaba, nem da Cândida tinham descoberto o paraíso. De alguns anos para cá, o silêncio ensurdecedor deu lugar a músicas, se é que posso considerar aquilo uma melodia, com o ritmo de bate estaca, urros e palavras que eu não sabia o significado. A vizinhança vem reclamando. O povo liga para o Psiu, Polícia, Anvisa (quem sabe o bar seja fechado por falta de higiene e para a música), até o Papa Francisco já foi acionado.

Descobrimos que é um elemento que tem uma mesa de som com alto-falantes gigantescos dentro do carro. Ele não tem um carro com som. O som dele é que tem um carro. Estaciona a viatura na frente de um bar e liga o inferno. E, todos, perto e longe, são obrigados a compartilhar do pagamento de promessa. Não preciso nem explicar que as canções não são exatamente letras de Vinícius de Moraes, Tom Jobim, Marisa Monte, Nando Reis ou Adriana Calcanhoto. Como o ditado “dance conforme a música” tem todo o sentido, às vezes, a solução é aceitar que dói menos.

Lânguida, deitada no sofá da sala, acompanhada por meu marido (agora ex) e meu sogro, tento heroicamente assistir um filme. Em vão! Mesmo com legenda é impossível prestar atenção. Resolvi dar uma trégua e prestar atenção na letra da obra-prima. Jesus do céu quase corri três dias sem olhar para trás. Nem vem ao caso o tamanho da baixaria, mas a maioria das coisas que o ser cantava, homenageando sua experiência sexual com a parceira popozuda (ele fez questão de bradar isso a cada refrão), eu nem sequer tinha ouvido falar.

Ora essa! Casada há 15 anos e tem coisa que ainda não sei neste seara?
Ah, me indignei e falei:
– Marcelo, tem posição que este cara está cantando que você nunca fez comigo. Como pode?
Um raio caiu na minha cabeça. Ele me fulminou e só não me jogou da janela, porque tem tela e está pela hora da morte trocar o material. Meu sogro, com cara de uva passa, sai assim meio de lado como um egípcio, fantasiado de árvore, para ninguém perceber. Era um cara muito engraçado, bem-humorado e teria entrado na brincadeira se não fosse a cara amarrado do maridão.

De vez em quando, o cidadão inescrupuloso volta com seu carro a atormentar metade da torcida do São Paulo, Corinthians, Palmeiras e, confesso, que às vezes tento prestar atenção na letra para ver se faço um up grade nas fantasias eróticas!

Dominique

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