Borgen é um seriado dinamarquês lançado em 2010 que chega agora na Netflix.
Apesar de seus 10 anos, não poderia ser mais atual tanto no seu tema quanto nos direcionamentos.
Trata-se da história da primeira mulher a ocupar o cargo de primeira-ministra no Reino da Dinamarca.
Sua eleição acontece de maneira inesperada, até mesmo para ela, Brigitte Noyberg – interpretada por Sidse Babett Knudsen).
A Família
A série mostra os conflitos pessoais de uma mulher casada com dois filhos num país em que ser político não garante regalias nababescas a que estamos acostumados a ver.
Vemos também todos os bastidores, negociações, relacionamento coma imprensa, jogos de poder que envolvem o alto escalão de um governo.
É bem verdade, que a politicagem, seja na alta esfera ou até mesmo em uma “instituição filantrópica sem fins lucrativos” no Brasil, faz Borgen parecer pueril e uma brincadeira de criança, mas ninguém tem culpa de vivermos num mar de lama.
Kasper Juul, interpretado por Johan Philip Asbæk, é o assessor de imprensa da primeira-ministra. Tem grande importância tanto na trama principal, quanto na trama paralela, em seu romance com a jornalista Katrina. Sabe aquela coisa, quando você torce para que um personagem apareça mais? Porque toda vez que Kasper Juul está em cena, é uma delícia de assistir.
E não é porque estamos falando da Dinamarca, país de primeiríssimo mundo, e que imaginamos estarem evoluídos em todas as questões, que não veremos um machismo escancarado. Sim, até lá, acredite se qiiser.
A parte pitoresca de Borgen fica por conta do idioma. Totalmente inusitado aos nossos ouvidos nos primeiros episódios, pode além de causar uma enorme estranheza, talvez até um certo desconforto, entretanto, a trama logo nos cativa e até quase esquecemos aqueles sons que não tem absolutamente nada de familiar com nossa língua latina.
Ahh, Borgen significa castelo em dinamarquês, e no caso, é o “apelido” utilizado para se referir ao Palácio de Christiansborg, onde estão sediados os três ramos do governo dinamarquês: o Parlamento (legislativo), o Gabinete do Primeiro-Ministro (executivo) e o Supremo Tribunal (judicial).