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Perfeitos Desconhecidos – A verdade através dos celulares na Netflix

Banner_Perfeitos DesconhecidosPerfeitos Desconhecidos, último trabalho do diretor espanhol Álex de la Iglesia, acaba de ser adicionado ao catálogo da Netflix.

O longa é um remake da comédia dramática italiana “Perfetti Sconosciuti, sucesso de crítica, público e euros arrecadados.

A versão espanhola também estreou nos cinemas de seu país de origem com grande êxito. Mesmo assim, este não deixa de ser um filme polêmico. Apesar de manter a sinopse original, o espanhol não deixou de revestir a obra com seu próprio tom de comédia.

Apesar de ter um começo lento, seu desenvolvimento é muito agradável. Mesmo que não se reconheça em algum personagem, você simpatizará com as opiniões dos temas discutidos, como monogamia, opção sexual e preconceito.

Numa noite de eclipse lunar, onde as ruas de Madrid parecem estar uma loucura, o casal Alfonso e Eva está nos preparativos para um jantar que será realizado em sua bela casa.

O que consistiria em apenas mais uma reunião entre amigos, como tantas outras antes desta, toma um rumo inesperado, quando no meio da conversa, surge uma ideia: “Porque não fazer algo diferente? Vamos jogar um jogo”. Todos os convidados deveriam deixar seus celulares destravados em cima da mesa, ao alcance de todos. Chamadas, Whatsapps, notificações no Instagram e Facebook, a vida compartilhada por um instante com todo mundo.

Seria um jogo inocente ou uma proposta perigosa?

Interna_Perfeitos DesconhecidosDurante quase duas horas, o diretor constrói uma atmosfera simultaneamente cômica e tensa. Risos provocados geralmente são risos de nervoso e a tensão fica a cargo, quase sempre, de situações absurdas e disparatadas.

O público fica curioso para saber qual será o próximo telefone a tocar, quem será o próximo amigo exposto e o que ele esconde de todos os outros. Como se dão essas relações tão socialmente mascaradas e forjadas é o grande fio condutor da trama.

Outro dos grandes méritos do trabalho do diretor – e que aqui se faz presente – é a habilidade em conseguir desenvolver toda a narrativa num único espaço cênico sem que a linguagem do filme flerte com o teatral.

Muito do projeto se deve à escolha de um elenco afiado que sabe trabalhar com uma trama calcada nas palavras.

A comédia de humor dramático também trata como lidamos com as redes sociais, a relação de dependência e ansiedade com o celular.

Polêmicas e gostos à parte, é inegável que a cada novo filme o trabalho autoral de Álex de la Iglesia se evidencia.

Essa produção espanhola surpreende e é uma ótima pedida para relaxar nesse fim de semana. Um filme divertido que te prende do começo ao fim.

Trailer:

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O Vazio do Domingo – Drama de reconciliação e redenção na Netflix

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O Vazio do Domingo – Drama de reconciliação e redenção na Netflix

Banner_O Vazio do DomingoEntre os títulos originais Netflix, O Vazio do Domingo, que comento hoje, é um filme denso, dramático, instigante e desafiador.

Mais de trinta anos depois de abandonar sua família, Anabel (Susi Sánchez) recebe uma visita inesperada de sua filha Chiara (Barbara Lennie). Ela cede a seu desejo de passar dez dias em uma vila remota entre Espanha e França.

Sob a refinada direção do catalão Ramón Salazar, O Vazio do Domingo aborda o vínculo entre mãe e filha, o reencontro após décadas de separação, tudo retratado sem obviedade. Seja pelo apelo emocional embasado na crença de um elo de sangue falar mais alto, seja em uma investida na raiva guardada durante tanto tempo e o desenrolar, portanto, de um grande drama de reconciliação.

O diretor deixa claro que ser mãe e filha é questão de conexão emocional e que esta é construída e não determinada.

Interna_O Vazio do DomingoEm momento algum O Vazio do Domingo dá respostas fáceis, muito pelo contrário, o diretor se mostra audacioso quando alimenta o clima de mistério, quando esconde de nós os segredos que estão por trás das complexas personagens. Realça de forma espontânea o texto enquanto uma relação marcada pelo peso da culpa, pela dor e pela esperança de redenção é construída.

Não sabemos as circunstâncias em que o abandono aconteceu e isso é um dos combustíveis para o filme se tornar tão reflexivo.

O retrato, que foge de romantizações acerca da figura da mãe – amável, imaculada, presente – é um acerto, e a história compreende abordar muito além da maternidade.

Salazar esbanja delicadeza ao realmente estreitar a relação entre mãe e filha, delicadeza encontrada nas poderosas atuações da dupla de protagonistas.

Direção fotográfica impecável, com enquadramentos dignos de se tornarem quadros emoldurados. Não se deixe enganar pelo ritmo vagaroso do filme, pois sua real narrativa é feita pelas imagens, gestos, luz e cortes.

Com DNA feminino envolvendo o abandono materno, O Vazio de Domingo se revela um drama intimista que aposta nos ciclos que se fecham e que trabalha as lacunas que infelizmente são impostas pelo afastamento.

Um filme inquietante capaz de julgar e compreender, de agredir e se compader.

O desfecho é arrebatador!!!

Aqui fica a dica.

Não perca!

Trailer:

https://youtu.be/TsGGP3tyls0

 

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Fome de Poder – Um filme sobre a maior rede de fast food do mundo

Banner_fome_de_poderA verdadeira história por trás do sucesso da maior rede de fast food do mundo

Hoje minha dica é o filme, disponível na Netflix, Fome de Poder.

Fome de Poder tem um ritmo ágil, diálogos enxutos, atuações e um ótimo Michael Keaton no papel principal, mas sem dúvida, sensacional é a história real.

Fome de Poder explora a história da criação de uma das marcas mais famosas do mundo, o McDonald`s.

Dirigido pelo cineasta texano John Lee Hancock, o filme apresenta argumentos sólidos, mostrando todo o início da empresa pelos olhos do ambicioso Ray Kroc (Michael Keaton) que guia a trajetória da rede de lanchonetes.

Kroc foi o homem que criou o império do fast food, porém em cima da ideia da inovadora dos irmãos Dick e Maurice McDonald.

Quem já comeu um Big Mac deverá ficar curioso para conhecer a história.

Interna_fome-de-poderKroc (1902-1984) era um vendedor que percorria as lanchonetes emergentes da América, nos anos 1950, oferecendo novos equipamentos para facilitar a operação daqueles pontos de vendas de hamburger. Ao ser surpreendido por um pedido enorme dos misturadores de milk shake que vendia, quis saber mais sobre o desconhecido restaurante na Califórnia que teria demanda para tanto leite batido.

A perseverança de Kroc para entrar no negócio e com seu conhecimento do mercado, transformar o McDonald`s em uma rede de franquias esbarrou na pouca ambição dos McDonald. Eram veteranos no ramo muito satisfeitos com o sucesso local. Quando o obstinado Kroc consegue sua parte na iniciativa, o filme começa a contar em detalhes saborosos como ele vai espalhando as lojas pelo país, não sem enfrentar um milhão de problemas.

A tradução literal do título americano, “O Fundador”, vende o filme de um jeito e o título em português “Fome de Poder”, vende o filme de outro. Ambos corretíssimos, mas o foco está mesmo na disputa jurídica pela rede.

Ver os irmãos literalmente perderem sua criação para um empreendedor esfomeado por dinheiro e poder é uma premissa excelente para um bom filme.

Uma surpresa é a trilha sonora que consegue dar conta do triunfante para o sombrio – quando o sonho dos McDonald aos poucos se transforma no sonho de Kroc – com uma variação sutil de temas ao piano.

Michael Keaton vive mais uma vez o homem dúbio e empresta carisma e energia ao seu personagem impiedoso, vilão meticuloso que abre suas verdadeiras facetas conforme é atacado. Destrói os sonhos dos outros para alcançar status e sucesso. Keaton na pele desse conturbado Kroc demonstra mais uma vez sua qualidade como ator.

Vale a pena conferir essa história real e incrível!

Bom programa para você!

Tags: 2016, Cinema, Fome de Poder, Biografia, Drama, História, Estados Unidos da América, John Lee Hancock, Título Original, The Founder, Michael Keaton, Laura Dern, MacDonald´s, História Real, Netflix

 

Trailer:

https://youtu.be/hpSRzLUFkN4

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Mamma Mia! – O Filme. Vale a pena ver ou rever.

Mamma Mia!- O Filme, ao som de ABBA, musical romântico, leve, divertido. Disponível na Netflix.

Filmes musicais não são bem vindos a todos os espectadores comuns de cinema. É um gênero que você ama ou odeia. A palavra que melhor explica “Mamma Mia!” (2008) é diversão.

A ideia de utilizar as canções dos suecos em uma história surgiu no século passado, sob os últimos resquícios dos anos 80, mas só veio a se concretizar em 1999, quando a peça estreou em Londres e depois exportada para a Broadway e rodou o mundo.

A trama de Mamma Mia! – tanto da peça quanto do filme – começa às vésperas do casamento de Sofia (Amanda Seyfried) com Sky (Dominic Cooper).

A jovem, de vinte anos, sonha com o dia mais importante de sua vida e com seu pai a deixando no altar. O único problema é que a mesma não sabe quem ele é. A única pista está no diário de sua mãe, Donna (Merryl Streep), que na época tinha três namorados: Bill (Stellan Skarsgard), Sam (Pierce Brosnan) e Harry (Colin Firth). Na dúvida ela chama os três, sem o conhecimento da mãe, para o grande dia, na expectativa que saberá quem ele é quando os olhares se cruzarem.

Assim que eles chegam, as confusões começam. Como cenário, uma iluminada ilha grega e como coadjuvantes especiais as duas melhores amigas da mãe que também aparecem para a cerimônia. Muita festa, música e trapalhadas conduzem o enredo sempre pontuado por sucessos do grupo sueco ABBA.

“Mamma Mia!” faz proveito de uma história de amor para ilustrar as melodias famosas de uma banda extremamente popular. Só que ao invés dos Beatles e dos seus lemas revolucionários, temos o ABBA com explosões de cor e energia.

Este não é um filme feito para mudar vidas com mensagens profundas e grandes reflexões. Por outro lado, será quase impossível alguém sair do cinema de mau humor ou bocejando.

Dirigido por Phyllida Loyd, também responsável pela direção teatral, Mamma Mia! é uma obra absolutamente contagiante.

Canções como Dancing Queen, The Winner Takes It All, entre outras e, é claro, a que dá título ao filme, Mamma Mia! colocam elenco e expectadores num mesmo ritmo, provocando risos, descontração e um envolvimento poucas vezes visto no cinema. Aliás se quiser escutar a música, clique aqui.

Outro fator de grande destaque são os protagonistas, todos muito à vontade. A versatilidade de Meryl Streep atinge novos patamares, comprovando porque ela é uma das mais completas, dominando a ação com aparência jovial e muita leveza. Ao lado de Streep, os veteranos Pierce Brosnan, Colin Firth e Stellan Skarsgard sustentam o bom nível do elenco.

A competente direção musical é feita pelos próprios Benny Andersson e Björn Ulvaeus, ambos da formação original do grupo ABBA e também são produtores do longa.

“Mamma Mia!” é um filme que pode ser massacrado por seus exageros oitentistas em cena. Buscando uma diversão rápida, o longa conquista pela harmonia dos atores e a capacidade de divertir do começo ao fim.

“Mamma Mia!” é um presente para todos aqueles em busca de algo que nos lembre que cinema é também entretenimento, porém respeitando a inteligência da audiência com méritos de sobra.

Para quem gosta de filmes do gênero e se deixar levar pela música, certamente terá bons momentos numa paradisíaca ilha na Grécia.

[fve]https://youtu.be/Kn0hM2QoKMs[/fve]

Bom programa!

Divirta-se!

Veja mais:

Festival Varilux de Cinema

A Amante

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Lista de Filmes no Netflix para Ver Durante os Jogos da Copa

Olha só a lista de filmes no Netflix para ver durante os jogos da Copa que a Elzinha fez para nós!!!

Queridas Dominiques
Para você que não vai sair de casa, e também não vai assistir aos jogos de futebol da Copa, fiz uma relação de filmes, da , que indico e recomendo. Todos os filmes são muito bons, escolhidos a dedo para agradar todo o tipo de gosto. São filmes para serem vistos e revistos sempre.

Um Conto Chinês
Beleza Americana
A Época da Inocência
Agnus Dei
A Garota Dinamarquesa
A Outra
Diário de Uma Camareira
O Lobo de Wall Street
Babel
Perdas e Danos
Marguerite
O Nome da Rosa
Suite Francesa
Vestígios do Dia
O quarto de Jack
Bastardos Inglórios
Whiplash
12 Anos de Escravidão
A Vida é Bela
A época da Inocência
Em Algum Lugar do Passado
Neve Negra
A Escolha de Sofia
O Menino do Pijama Listado
Os Meyerowitz
O Discurso do Rei

Espero que gostem. Um beijo da Elzinha!

Obrigada Elzinha. Não sei nem por onde começar. Mas acho que vou rever Em algum lugar do Passado que tem aquela música maravilhosa!! Trisssssssste, mas acho que preciso chorar um pouquinho hoje mesmo. Vou aproveitar.

E no dia do jogo do Brasil, vou ver a Vida é Bela. é aquele filme italiano, né? Tava louca pra ver mesmo. Que bom que você me lembrou dele.

Um Conto Chinês eu vou deixar para assistir na hora do jogo da Argentina. Não é aquele filme com o Darin? O da Vaquinha? Então está resolvido.

E você? Quais filmes desta lista vais assistir? Conte para Elzinha e para mim o que viu, de qual gostou, qual amou e se teve algum que preferiria não ter assistido.

Deixe seu comentário. Vai ajudar a conhecermos um pouco melhor seu gosto para filmes.

 

 

Veja também

Uma Janela Para o Amor

4 Comentários
  1. Adorei suas dicas…vi o Dircurso do Rei faz poucos dias…amei!!Com tb não sou fanática por futebol vou aproveitar pra conferir os outros fimes!

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