Tag: Relacionamento

Oh Cupido vê se me deixa em paz e para de atrapalhar o destino

Dominique - CupidoA Cynthia Camargo mandou uma história superengraçada sobre uma vez que deu uma de cupido. Cupido desastrado, claro.

Ela fez que eu lembrasse da vez que fui eu o cupido.
Quando a gente casa, sei lá porque, acha que todo mundo que está do nosso lado TEM que casar.
Que estes seres infelizes só conhecerão a luz quando a alma gêmea aparecer iluminando o coração.
Yesss…Cafona assim mesmo. E surreal também.
Mas esta era eu há 30 anos e recém casada.

Uma superamiga, a Bia, tinha acabado de brigar com o namorado e um primo do Guilherme estava correndo o risco de ficar solteiro para sempre se eu não fizesse alguma coisa.
Então obviamente bolei um plano perfeito! Apresentá-los! Claro!
Mas obviamente, como sou muito, muito esperta, resolvi contar para ambos e consultá-los antes:
– Bia, o Gui tem um primo superlegal que adoraria que você conhecesse, topa?
– David, você sabe quem é minha superamiga Bia? Aquela, bonita de cabelos compridos… Então, vou convidá-la para jantar aqui semana que vem. Você gostaria de vir?

Pronto. Marcado. Avisei Guilherme que sempre odiou esse tipo de coisa.
– Dominique, Dominique! Os caras sabem errar sozinhos! Não precisam da sua ajuda para quebrar a cara! Que mania!
– Ai Gui… Para. Que pessimismo!

Chega o dia do jantar.
David chega antes de Bia, perfumado e arrumadinho.
Bia, como sempre um tantinho atrasada, vestida para matar. Decote sob medida num vestido provocador. Sabe aquele cabelo que dá vontade de passar a mão? Então… O da Bia.
Sempre lembrando que na época não deveríamos ter mais que 26 anos, tá? Lindas e gostosas. Como sempre.

Um aperitivo com um pouquinho de álcool (não tomávamos vinho naquela época, eu acho) para quebrar o gelo.
O papo flui fácil entre nós. Mas principalmente entre eles.
Servi o jantar e na sobremesa, os dois já tinham engatado um papo olho no olho meio que ignorando a presença dos donos da casa.

Tirando a mesa, Bia foi me ajudar e ficamos excitadas conversando na cozinha:

– E aí? – Perguntei eu já me imaginando de chapelão e vestido fúcsia como madrinha no casamento daqueles pombinhos!

– Ahh Nick… Gostei, né? Gatinho. Parece ser um cara legal.

Pronto match maker. A casamenteira.

Despedidas. Afinal era dia de semana e já passava da meia noite.
Vi que Guilherme puxou David num canto e cochichou alguma coisa.

Mal fechei a porta e perguntei o que ele tinha cochichado.

– Falei para Davi que acompanhasse a Bia até em casa. Que a seguisse com o carro, pois já é tarde.
– Claro… mas meio óbvio, não?
– Não. Conheço meu primo. Quando se trata destas coisas, melhor desenhar para ele.

No dia seguinte, mal acordei e liguei para a amiga. Será que tinha rolado beijo?
Ou ela tinha convidado ele para entrar para um último licor?
Sairiam novamente esta noite?

– Biaaaaa…Me conte tudo!
– Contar o que Dominique?
– Como assim?
– Não tem o que contar. Quando dei seta que entraria na minha rua, David buzinou, acenou pelo vidro e seguiu reto.

Nãooooooooooooooooooooo. Não podia crer nisso.
Contei para Guilherme que determinou que naquele momento se encerrava minha carreira de cupido. Na verdade estúpido cupido.

Você acha que a história acaba aí, né? Não, colega.

Três anos depois, num sábado à tarde, toca o telefone.
Guilherme atende o primo David e me avisa que ele passará em casa para tomar uma cerveja de noite. Estranhei muiiiito, porque ele nunca tinha feito aquilo.

Well… Chegou, sentou, bebeu, enrolou enrolou e perguntou:
– E aí Dominique? E aquela sua amiga a Bia? Gostei dela, viu?
– O que? Vc tá brincando, né? Cara, ela já até casou!
– Ah, jura? Que pena!
– Não estou acreditando, David! Só 3 anos depois? Mas o que aconteceu na época?
– Na verdade, eu percebi no jantar que a Bia era moça séria e que não dava para fazer besteira.
– Pera. Pera. Eu te liguei e disse que ia te apresentar uma de minhas melhores amigas. E você só sacou que ela era “séria” quando a conheceu?
– ……
– David, para o seu controle, Bia não é uma moça séria. Nem ela nem eu, tá! E sabe quem levou a melhor? O marido dela e o meu!

Essa Dominique… Mas e você? já tentou ser cupido de alguém?

Leia Mais:

Piloto de avião Tereza Paz e uma verdadeira Dominique com asas!
Traição e aprendizado – É sim uma relação possível!

Dominique

Nasceu em 1964. Ela tem 55 anos, mas em alguns posts terá 50, 56, 48, 45. Sabe porque? Por que Dominique representa toda uma geração de mulheres. Ela existe para dar vida e voz às experiências, alegrias, dores, e desejos de quem até pouco tempo atrás era invisível. Mas NÓS estamos aqui e temos muito o que compartilhar. Acompanhe!

2 Comentários

Comentar

Your email address will not be published.

You may use these HTML tags and attributes: <a href="" title=""> <abbr title=""> <acronym title=""> <b> <blockquote cite=""> <cite> <code> <del datetime=""> <em> <i> <q cite=""> <s> <strike> <strong>

Casada sim, cega não – Sou comprometida, mas não estou morta!

Dominique - Cega
Quem nunca olhou para o lado, por pura curiosidade, que atire a primeira pedra, o primeiro brinco, o primeiro salto, a primeira bolsa.

Somos fiéis, leais, longe de ser santas, mas uma olhadinha singela faz parte do show, afinal que mal faz? Olhar não tira pedaço…que pena.

Às vezes, não é só a beleza estonteante daquele homem sentado justamente atrás do seu marido no restaurante o que mais chama a atenção, mas o charme irresistível dele cada vez que leva a taça de vinho à boca, ai…e que boca.

E aquela camisa branca maravilhosa contrastando com o bronzeado da pele? A calça jeans  despojada, o sapato sem meia que pouquíssimos sabem usar. Ai Jesus me abana!

Amo homens com barba. Não aquela barba de um dia, tipo o cara tá tão gripado que nem a barba fez. Mas aquela barba levemente displicente que deixa o dito cujo com cara de mau (não confunda com sujo, pelamor!) e que quando roça no pescoço, ai meu Deus, me dá um frenesi. Sei lá o porquê parece que caras assim tem pegada.

Talvez porque meu marido nunca tenha usado barba, embora eu tenha pedido inúmeras vezes. A desculpa sempre era – tenho falhas na barba, dá trabalho, os pelos encravam…ah tem algo que acaba mais com tesão do que falar em pelo encravado?

Com o tempo a gente vai perdendo o macete da paquera. Que delícia a arte da sedução, uma espécie de dança do acasalamento. Olhares furtivos. Uma frase solta aqui, outra acolá. Mas é como andar de bicicleta. No começo até dá umas pisadas na bola, mas depois…vai longe e como vai.

Como mulheres sérias, recatadas e quase do lar, adoramos pensar ao menos numa fantasia, concordam? É só fantasia, não faz mal a ninguém. Não vamos realizar mesmo, mas sonhar? Não custa nada e pode até dar uma apimentada e tanto na relação, quem sabe!?

Já aconteceu de ser paquerada pelo amigo do meu marido numa reunião de casais. Foi sutil, até porque esse cidadão de bobo não tem nada, mas os olhares, rápidos e sorrateiros, entregavam o jogo. Um elogio inocente – nossa, nunca te vi tão bonita!, um apertãozinho no queixo para brincar com você, um abraço um pouco mais longo.

No começo, achei que eu estava vendo peruca em ovo, mas depois da terceira taça de champagne, comecei a curtir muito e minha autoestima foi para as nuvens.

Acabou ai. Nada que tenha comprometido. Nenhum deslize, nem mão boba.

Soube de marido que até gosta quando a mulher é paquerada e adoro alardear aos quatro cantos que é ele quem está com ela, o grande vencedor. No meu caso nada disso rolou, porque minha cara metade era a pessoa mais desligada do universo.

E quer saber, adorei, minha autoestima foi lá no céu. Cega jamais!

Leia Mais:

Piloto de avião Tereza Paz e uma verdadeira Dominique com asas!
Quiz Anos 80 – A época que deixou saudade para nossa geração

9 Comentários
  1. A mulher me olhou..

    Já peço o Telefone..e depois vou pro Motel..

    Se um Homem me olha… Significa.. que me achou bonito e ele É GAY… ou a Mulher dele…olhou pra min..
    KKKKKKKKKKKKKK
    É a vida.. toda mulher olhou praticamente está dando em cima……onde quer que você anda e chega..
    Sempre a MULHER vai olhar o que gostar.. não há como negar…..

    1. Se a mulher levasse isso pra cama em forma de fetiche seria uma delícia, o casal ia pegar fogo, e vice versa também.

  2. Você é ótima adoro seus posts!! Olhares inocentes muito bom p apimentar o casamento de quase 23 anos!!

  3. Concordo ! Melhora nossa auto estima e o desejo de nossos maridos por nós !!! Vamos combinar que ,é bem difícil manter o desejo ( desejo mesmo ) em relações muito longas …

Comentar

Your email address will not be published.

You may use these HTML tags and attributes: <a href="" title=""> <abbr title=""> <acronym title=""> <b> <blockquote cite=""> <cite> <code> <del datetime=""> <em> <i> <q cite=""> <s> <strike> <strong>

Traição e aprendizado – É sim uma relação possível!

Dominique - Traição
As pessoas tem ideias e conceitos diferentes sobre o que consideram traição e essa linha do que é certo e errado nesse campo é bem subjetiva. De alguma forma bem primitiva, queremos ser especiais e prioritários para nossos parceiros, a não ser que viver um relacionamento aberto e com o envolvimento de terceiros seja algo de comum acordo aos componentes do casal.

O que significa trair? Será que trair significa somente ter um relacionamento com outra pessoa? Ampliando essa perspectiva, traição significa o rompimento de um pacto emocional e de suas regras e envolve muito mais do que apenas se envolver com alguém; seja sexual e/ou afetivamente. A partir dessa compreensão, casais não monogâmicos também lidam com a traição por se tratarem de relacionamentos com regras específicas passíveis de serem rompidas.

Descobrir uma traição pode ser algo intenso e doloroso para muitos. As pessoas traem por desejo de viver algo novo, de resgatar sentimentos e a dimensão do sentir-se desejado(a), de sentir-se ativo(a) e “no jogo” da sedução e da paquera novamente, por autodescoberta, fetiche, carência entre outras razões. Mesmo que por um momento fugaz e com arrependimento depois, houve abertura afetivo-sexual e disponibilidade de viver algo com outra pessoa.

O que motivou a abertura para que o encontro extraconjugal acontecesse é uma grande pista sobre as necessidades emocionais da pessoa que traiu, além de funcionar como termômetro sobre a dinâmica do relacionamento. Nem todas as pessoas que traem o fazem porque não amam seus parceiros. Parece difícil de entender, mas nem todas as traições acontecem porque o amor acabou. Sentimentos, emoções, amor e desejo não funcionam segundo a lógica racional. Escapam facilmente à lucidez!

A grande questão é que a traição carrega um forte estigma, permeado de preconceitos religiosos e morais. É muito comum que as pessoas que traíram sejam julgadas, seja pelas outras pessoas ou por si próprias.

A traição terá o peso do significado que atribuirmos a ela, de acordo com nossos valores e o que aprendemos ao longo da vida. É sempre delicado julgar uma atitude sem entendermos o contexto ou mesmo os motivos que culminaram na traição. Para alguns é algo banal, perdoável e de pouca carga emocional; já para outras pessoas, a traição é algo mais sério, doloroso e profundo. De qualquer forma, é fato que o casal vai se deparar com conversas, discussões, negociações ou términos.

E a superação seguirá nessa direção, se o casal decidir permanecer junto ou não. Se desejam permanecer juntos, é importante que reconheçam o quanto a traição impactou seus sentimentos, a confiança e o desejo de reconstruir a relação. Talvez, nada seja como antes, nem as pessoas e nem a relação. Mas pode ser também que grandes aprendizados sejam gerados a partir daí.

A compreensão dos motivos que levaram à traição pode abrir caminhos de comunicação e autoconhecimento riquíssimos entre o casal, além de propiciar crescimento às pessoas. Ao entendermos os motivos e disparadores do comportamento, somos capazes de nos conhecermos e de entendermos o que fez sentido em todo o processo.

Abre-se então uma grande oportunidade de abordar os problemas de cada um e da relação e tudo fique ainda melhor do que antes. Diferente, mas melhor. Dependerá de como os acontecimentos serão assimilados e do que a traição representou e evidenciou. Não podemos controlar o que nos acontece, mas podemos manejar o que fazer com tudo isso.

Não é simples, principalmente em se tratando de uma situação cheia de emoções, preconceitos, elementos culturais e cobranças sociais que podem interferir nas decisões. Nesses momentos, tente abaixar o volume do mundo e se ouvir…perceba seu coração e sua razão. Para onde te levam? É lá que você vai encontrar suas respostas!

Sempre achei impossível entender uma traição mas esse texto da Alcione esclareceu me muita coisa, e para você?

Leia Mais:

Todos têm direito a uma segunda chance, até mesmo os cupidos!

Alcione Aparecida Messa

Psicóloga, Professora Universitária e Mediadora de Conflitos. Doutora em Ciências. Curiosa desde sempre, interessada na beleza e na dor do ser humano. E-mail: [email protected]

4 Comentários
  1. Ana,

    Sofre todo mundo! Não é nada fácil, mas talvez uma terapia ajude a eliminar os sentimentos que nos fazem andar para trás: raiva, culpa, mágoa….Eu acredito que só assim seja possível viver novamente uma vida plena.

    beijo grande

  2. Gostei do texto…mas na realidade é uma situação horrível de viver e administrar. É mto difícil essa administração que sempre encontra-se com feridas, ressentimentos e percas. Percas talvez pra sempre! Convivo com esse dilema a algum tempo e sinto não só na pele mas na minha alma tão difícil processo de administrativo de vidas. Pois é vidas pq não sofro sozinha…sofre a família, e quem estiver por perto pois até agora não consigo entender e resolver esse problema dentro de mim…

  3. E quem está do outro lado? Como funciona o mecanismo para quem é o vértice do triangulo? O julgamento social e pessoal levam a dolorosos momentos de culpa e castigo. Um interminavel rosário de justificativas. É insano, pertubardor. É como estar seduzido por uma ratoeira. É como entrar em areia movediça. Nem sempre se entra num triangulo sem querer. Mas é necessário ter consciência e maturidade p perceber seu lugar de lugar nenhum.

    1. Silvana,

      Acredito que seja um barril de pólvora para todos os envolvidos. Não é situação ideal e ninguém,imagino eu, gostaria de entrar num relacionamento assim.
      Por isso, a maturidade, responsabilidade, autoestima e autoconhecimento são fundamentais para não cair nesta roubada e, principalmente, para sair dela, seja quem for no triângulo amoroso.

      beijo grande

Comentar

Your email address will not be published.

You may use these HTML tags and attributes: <a href="" title=""> <abbr title=""> <acronym title=""> <b> <blockquote cite=""> <cite> <code> <del datetime=""> <em> <i> <q cite=""> <s> <strike> <strong>

E aí – Alto padrão é um elogio ou desqualificação?

Dominique - Alto Padrão
Sabe aquela história de executivos que perdem o emprego aos 50 anos e não conseguem se recolocar o mercado de trabalho simplesmente porque são muito qualificados?
Não são poucos os casos. Tenho vários bem próximos a mim inclusive. E acontece com mulheres e homens. A tendência, se a conduta das empresas não mudar, é que o número de desempregados superexperientes aumente muito já que a longevidade está cada vez maior.

O que causa mais estranheza é que o mercado precisa de profissionais experientes, que resolvam e não caiam de quatro diante da primeira crise, que tenha embasamento, equilíbrio e discernimento, certo? Mas esta pessoa custa e as empresas não estão dispostas a pagar.

Muitos destes profissionais, ciente de que os boletos batem à sua porta todo santo dia implacavelmente, estão sim dispostos a ganhar menos, não raro, muito menos. Pouquíssimos conseguem um emprego mesmo para receber um terço do salário que ganhavam.

E o discurso é quase sempre o mesmo, o empregador não tem coragem de oferecer um salário tão baixo para um profissional experiente. Acreditam que ninguém aceitaria uma proposta tão indecorosa.

Fazendo um paralelo, a situação é a mesma para várias das Dominiques que pensam em começar de novo no quesito relacionamento.

Fala a verdade, na altura do campeonato, somos mais exigentes e menos tolerantes. Acho que preferimos menos em quantidade, mas com mais qualidade. Daí o nível de exigência ser mais apurado.

O que temos de mais precioso na vida agora é o tempo. Para que perder um só segundo que seja com quem ou com o que não vale a pena? Nem a pau Juvenal! Mas, muitas de nós, estão dispostas a recomeçar e não é por carência não!

Claro que só posso falar por mim. Adoro namorar. Andar de mãos dadas, fazer amor, morrer de rir e até ter uma pitadinha de ciúme tenho um pouco saudade de ter. Mas não é com qualquer um. Tem rolar química. Rolar papo. Pelo amor do santo padre ter que explicar a piada.

Depois de acabar com um namorado, entrei num app de relacionamento, destes que rastream por GPS quem cruzou o seu caminho.

Deu match com vários caras, mas com poucos a conversa desenrolou. Aliás, o papo, depois da foto, é o primeiro filtro para mim. Dependendo do andar da carruagem, a coisa acaba nos primeiros parágrafos.

Não conheci nenhum amor, não tive nenhuma paixão, mas conheci alguns homens educados e divertidos.

Escutei de três homens, preste atenção, três, que sou qualificada demais. Você deve estar pensando que eu me acho a última Coca-Cola gelada do deserto. Não, garanto a você, que eu não me acho.

Para tentar decifrar a colocação, fui a fundo na conversa. Um deles tentou me explicar:
– Você tem nível.
– Não entendi, como assim?
– Você demonstra ser independente financeiramente, articulada, parece ser bem resolvida, sabe se vestir, bonita. Seu padrão é muito alto.
– Continuo não entendendo. Tenho centenas de amigas assim, isso não é um diferencial!
– É sim. Seu padrão é acima da média nos app, logo você deve ser muito exigente. A maioria dos homens não procura mulher assim.
– E o que eles buscam?
– A maioria que está nos aplicativos busca sexo e você não se encaixa nos parâmetros.
– Quem disse que eu não gosto de sexo, meu filho? De onde você tirou isso?
– Não falei que você não gosta de sexo. Mas com você não dá para ser só sexo. Você vem junto com aquele caminhão de coisas que os homens não querem, isso sem falar que acompanhar você não deve ser nada fácil.

Enfiei minha viola no saco e fui embora.

Em tempo, vale aqui uma ressalva, tenho alguns amigos, poucos, que estão firmes em relacionamentos que começaram através de aplicativos, logo há exceções.
Por um tempo fiquei pensando no teor surreal da conversa. Ter ou ser de um alto padrão é um elogio ou uma desqualificação?
20 dias foram suficientes para eu bloquear meu perfil.
E vamos que vamos!

E ai? Para você ser considerada alto padrão e elogio desqualificação? Diz para mim.

Leia Mais:

Dia de São Longuinho – Quem nunca deu três pulinhos?
Tom & Jerry & Lewis – Deliciosas lembranças daqueles sábados

3 Comentários
  1. Visto por esse lado…achei ótima a colocação…rsrs…a longo prazo é melhor ser alto padrão.

  2. Para mim, é elogio. Com certeza, há homens que também sejam alto padrão! Beijo!

  3. ah não desista!!!
    conheci muito cara bacana nos app.
    namoro um que conheci lá e te garanto que meus requisitoa são bem altos.

Comentar

Your email address will not be published.

You may use these HTML tags and attributes: <a href="" title=""> <abbr title=""> <acronym title=""> <b> <blockquote cite=""> <cite> <code> <del datetime=""> <em> <i> <q cite=""> <s> <strike> <strong>

Nossos filhos, nossos sonhos? E se as escolhas deles forem diferentes das nossas?

Dominique - Filhos
Muitas mulheres idealizam e imaginam que seus filhos irão fazer escolhas perfeitas que elas consideram adequadas e aceitas socialmente. E esquecem do detalhe mais importante: o fato de que os filhos tem seus caminhos e motivos próprios. E acabam fazendo escolhas que nem sempre correspondem aos projetos dos pais….

Desde cedo os filhos vão internalizando aprendizados, regras, valores e significados extraídos da convivência com a família, amigos, da inserção nos grupos, na escola e com as diversas experiências da vida. Esse repertório é único…basta imaginar que dois filhos, que cresceram e viveram na mesma família, passaram pelas mesmas situações e, mesmo assim, são diferentes na sua forma de ser, agir e ver o mundo. Nossa história de vida e nossos aprendizados são elementos essenciais na forma como decidimos viver.

A relação entre pais, mães e filhos atravessa constantes reformulações ao longo da vida. Os pequenos se limitam a fazer escolhas em algumas esferas da vida e, na maior parte das vezes, são direcionados pelos pais. As crianças se tornam jovens e querem alçar voos com maior independência, arriscar, tomar decisões. Nessa fase, muitos já decidem suas carreiras profissionais, descobrem como desejam se comportar afetivamente e sexualmente, e fazem outras tantas escolhas importantes que podem perdurar vida afora.

Os pais precisam encontrar o sábio equilíbrio entre apoiar e impulsionar os filhos para a autonomia. Essa é uma arte que requer desprendimento, principalmente para compreender que não controlamos tudo, que nossos filhos se tornaram ou se tornarão seres únicos, adultos e independentes (que bom!) e irão fazer escolhas próprias que podem não corresponder ao que a mãe considera certo ou que seja o melhor caminho a ser seguido.

Deve-se confiar nas sementes lançadas na criação dos filhos, acreditando na capacidade de desenvolvimento deles em gerenciar a própria existência. Mesmo que se discorde das escolhas dos filhos, é necessário respeitá-las, pois somente o próprio indivíduo é capaz de avaliar a melhor forma de viver o seu dia-a-dia.

Obviamente que isso se torna muito mais preocupante quando os filhos fazem escolhas destrutivas como o uso de drogas, cometimentos de crimes e outras questões mais graves que necessitam atenção específica e especializada. Tais condutas podem significar que não estão conseguindo conduzir suas vidas com equilíbrio e responsabilidade. Ainda assim, escolhas foram feitas. E as mudanças vão depender de esforço e da força de vontade da própria pessoa para que aconteçam.

Considerar os filhos como extensão dos próprios sonhos pode ser frustrante; torna-se essencial que possamos olhar para as pessoas e aceitá-las como são e desejam ser. Os filhos crescem, evoluem e devem trilhar caminhos próprios e de bem (entendendo que há diversos bons caminhos) para que sejam autônomos e felizes. Cabe às mães refazerem seus projetos, remanejar suas expectativas e seguirem em frente com paz no coração.

Para algumas mulheres talvez esse seja um ponto difícil. A escolha de como os filhos querem viver. E os sonhos dela? E se ela é louca para ser avó e esse filho(a) não quer ter filhos? E se ela sonha com um filho(a) médico(a) e ele(a) decide ser músico(a)? Muitos conflitos surgem nessa hora, porque todos querem ser contemplados nos seus anseios.

Mas se o nosso sonho depende do outro, como podemos decidir sobre ele? Como obrigar os filhos a terem filhos se não querem? Como obrigá-los a estudar medicina se isso os tornará infelizes?

Em algum momento dessa trajetória, os filhos também tiveram que lidar com suas idealizações sobre seus pais. Os filhos também desejaram que os pais fossem diferentes ou fizessem coisas que não fizeram. Relacionamentos são vias de mão dupla…os filhos também tiveram que lidar com os pais que seus pais nunca foram.

A vida é feita de realizações e frustrações. Lidar com a frustração de um sonho não realizado pode ser doloroso, mas é extremamente importante e pode conduzir ao amadurecimento.

A energia emocional ligada ao que não foi realizado conforme idealizamos fica presa, impedindo que outros projetos e sonhos possam surgir e tomar forma. Quando nos desprendemos e superamos, passamos a enxergar novas possibilidades, a respeitar o movimento da vida. A ressignificação abre os caminhos: Quem deseja ser avó pode exercer esse papel com outras crianças da família ou filhos de amigos e que tal assistir a um recital do filho músico? Pode ser divertido descobrir novas afinidades e caminhos!

Como você lidou essa questão com os seus filhos? Conta para mim!

Leia Mais:

Não sou nada fácil, mas alguém aí quer ser minha amiga?
Jamais diga desta água não beberei – Sim eu fiz uma tatuagem – Parte 1

Alcione Aparecida Messa

Psicóloga, Professora Universitária e Mediadora de Conflitos. Doutora em Ciências. Curiosa desde sempre, interessada na beleza e na dor do ser humano. E-mail: [email protected]

4 Comentários
  1. Ótima reflexão! Não sou mãe, mas passei momentos difíceis como filha. Adorei o texto!

    1. Oi. Boa noite. Criei meus filhos até uma certa idade, mostrando a eles as consequências entre escolher o certo é o errado é nesse meio conduzindo- os com a palavra de Deus. Minha filha é inteligente, educada,consumista. Tem um bom coração. O que estou engolindo é a opção sexual que ela escolheu que faz a gente ficar em desarmonia. Meu filho trabalhos, rígido, namorador e vive achando que vai ser rico. Ele na parte reliosa aceita oração acredita na Bíblia. O que eu peço no pé dele pata respeitar e amar com verdade a namorada e não ficando com mais. Escolha uma e ama- la e respeita-,,lá, Se não vai colher o que plantou.

Comentar

Your email address will not be published.

You may use these HTML tags and attributes: <a href="" title=""> <abbr title=""> <acronym title=""> <b> <blockquote cite=""> <cite> <code> <del datetime=""> <em> <i> <q cite=""> <s> <strike> <strong>

QUER MAIS CONTEÚDO ASSIM?
Receba nossas atualizações por email e leia quando quiser.
  Nós não fazemos spam e você pode se descadastrar quando quiser.
CADASTRO FEITO COM SUCESSO - OBRIGADO E ATÉ LOGO!
QUER MAIS CONTEÚDO ASSIM?
Receba nossas atualizações por email e leia quando quiser.
  Nós não fazemos spam e você pode se descadastrar quando quiser.
CADASTRO FEITO COM SUCESSO - OBRIGADO E ATÉ LOGO!
QUER MAIS CONTEÚDO ASSIM?
Receba nossas atualizações por email e leia quando quiser.
  Nós não fazemos spam e você pode se descadastrar quando quiser.
CADASTRO FEITO COM SUCESSO - OBRIGADO E ATÉ LOGO!
QUER MAIS CONTEÚDO ASSIM?
Receba nossas atualizações por email e leia quando quiser.
  Nós não fazemos spam e você pode se descadastrar quando quiser.