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12 dicas para lidar com os calores da maspassa, a maledeta da menopausa

Dominique - menopausa
Antes dos calores eu nunca tinha pensado ou nunca tentaria fazer algumas destas coisas. Mas o climatério e a menopausa estão aí para mudar mais algumas coisas. Fiz uma listinha pra te ajudar, sem passar pelo sufoco que eu já vivi.

# 1
Nunca pergunte para a pessoa ao lado se ela está com calor. Ela não estará.

# 2
Farmácias ou lojas com ar-condicionado ajudam! No desespero, entre em uma loja e finja que está comprando algo. Fique até o calor passar.

# 3
Está em casa? Abra o freezer e coloque a cabeça dentro! Ajuda bastante.

# 4
Sabe aquelas compressas de gelo pra tratar torção de pé. Tenha uma… não… várias… pra colocar na cabeça, pescoço, rosto, peito…

# 5
Invente um nome… você pode precisar alertar alguém para não cair em enrascada (leia este post aqui)

# 6
Se estiver decidindo um lugar para tirar férias, se for em dezembro, no Canadá, em julho, na Patagônia. Ah, pense até em começar a esquiar.

# 7
Fique de olho nas liquidações de jogo de cama 100% algoodão. Você vai precisar de um por dia. Melhor, né!

# 8
Nunca e quando eu digo nunca, é nunca mais mesmo, saia com uma roupa que você não possa tirar. Nunca saia com um blazer sem nada em baixo. Nunca saia com um casaco para disfarçar a blusinha justa que marca os pneus.

# 9
Gola rolê, olímpica ou o nome que invetarem para isso agora, é só para europeias. Querida, você consegue imaginar aquela coisa esquentando o pescoço?

# 10
E lã? Acho que nunca mais na vida comprarei uma peça de lã. Só de pensar em uma malha em contato com a minha pele já começo a me coçar.

# 11
Existem prioridades de gastos em uma família. Todos sabemos disso. Talvez seja tarde para eu te falar isso. Mas se você tiver uns 40 anos coloque na lista, nem que seja em 10° lugar, o tal do AR-CONDICIONADO. No seu quarto. Só, no seu quarto!

# 12
Ok… Não rolou o ar-condicionado. Sabe aquele borrifador de água? Então. Antes de dormir, borrife água no lençol e no travesseiro. Mas apenas borrife, não ensope a cama e nem o lado do parceiro, né, santa? Só o seu.

Ninguém merece sofrer com os calores da menopausa não é amiga? Se tiver outra dica conta para gente!

Leia Mais:

Histórias da Praia 1 – Amigas na reunião de condomínio
Sobrevivi aos anos 80 e 90…com cabelos crespos

Eliane Cury Nahas

Economista, trabalha com tecnologia digital desde 2001. Descobriu o gosto pela escrita quando se viu Dominique. Na verdade Dominique obrigou Eliane a escrever. Hoje ela não sabe se a economista conseguirá ter minutos de sossego sem a contadora de histórias a atormentá-la.

3 Comentários
  1. É exatamente isso…e as dicas…..ah as dicas maravilhosas…. dei risada da gola rolê, nunca mais…. cachecóis de lã?? Acabei com todos, hoje só echarpes para compor o visual….rss

  2. Olá, Domininique!
    Já passei por isso e sei que é assim mesmo. A gente fica parecendo um saquinho de chá que alguém coloca e tira da água fervente na xícara.
    E não é só isso, a gente engorda, dorme mal, fica tudo ressecado (olhos, pele, vagina, etc.)
    Mas passa. E quando passa a gente emagrece, dorme o melhor dos sonos e com a alimentação certa e exercícios (de Pompoar, inclusive, tudo volta – ou fica ainda melhor!)
    Parabéns pela matéria! Amei o site. Vou recomendar para as loucas amigas, rs

    1. Amália,

      Você também tem amigas loucas???? KKKK, tenho várias. E que bom saber que a Meno….MASPASSA passa mesmo, é um bálsamo saber isso! E vamos à luta, lindas!

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Paredes sem graça em casa? Veja dicas super charmosas e fáceis aqui.

Banner_paredes-DominiqueA decoração de paredes pode ser uma tarefa bem angustiante para algumas pessoas. Surgem dúvidas e inseguranças de onde e como colocar, sejam quadros, pratos, ou outro tipo de peças.

Muitos fatores cooperam para que a decoração de uma parede se torne interessante e impactante, ao invés de um desastre, e temos várias situações a serem consideradas, também.

Quando se trata de obras de arte ou de peças importantes, o melhor a fazer é contratar um profissional para orientar quanto a melhor maneira de apresentá-las de forma a lhes dar a importância devida. Mas essa situação talvez não seja a mais comum para a maioria das pessoas.

Falando sobre situações mais corriqueiras, vamos supor que vários quadros estão espalhados pelas paredes da casa, sem muito critério, e que não estão acrescentando valor à decoração. Que tal ter um novo olhar de como organizá-los? Você pode se decidir por repaginar uma parede com uma composição de quadros.

O ponto de partida é definir um critério na reunião das peças, para o resultado ficar harmonioso, equilibrado e agradável.  O critério usado pode ser uma cor predominante, um tipo de técnica artística empregada, um tema etc.

Sempre é bom fazer uma pesquisa antes, observando imagens de composições de quadros em paredes, para nos inspirar. Também há bons tutoriais na internet, explicando passo a passo como instalar quadros.

Vamos a alguns exemplos abaixo:

  • Uma composição bem clássica é a utilização de fotos enquadradas, todas do mesmo tamanho, como na imagem 1.
  • Já na imagem 2 há mais dinamismo na composição, onde as litografias apoiadas em estreitas prateleiras dividem o espaço com livros de arte e objetos.
  • Na imagem 3, a composição em tons de areia não segue um alinhamento rígido das peças. O ponto focal é o quadro maior, fora de centro do balcão. Note que a parede é revestida com um tecido ou um papel listado, proporcionando um grande aconchego ao ambiente.

Reparem que nas imagens há critérios que dão harmonia às composições: o uso da cor predominante e as técnicas empregadas nos quadros.

Uma estratégia utilizada nas imagens 1 e 2 e 4 e que realça as composições é a cor escura das paredes.

Dominique - Paredes

  • Um quadro grande e importante, em geral, deve estar sozinho na parede.

Dominique - Paredes

  • Um corredor pode se tornar uma galeria.
  • Não esquecer que a iluminação dos quadros é muito importante.

Dominique - Paredes

  • A composição dos quadros não precisa ocupar o centro da parede ou estar alinhada com o centro do sofá.

Dominique - Paredes

Às vezes acontece de a arte ser linda, mas, infelizmente, ser desvalorizada por uma moldura inadequada. Troque a moldura e o resultado será surpreendente.

Mas quero lembrar que nem só com quadros se decora uma parede. Há várias ideias interessantes e muitas vezes já temos em casa objetos que estão guardados, esquecidos e sem uso, que podem dar vida nova à decoração.

  • Coleção de pratos.
  • Coleção de bandejas de prata.

Dominique - ParedesConheça o trabalho  da Turna Beck em Sabendo Decor.

Leia mais:

Escolhas do passado interferem no seu presente. Dá tempo de escolher melhor.

Os 50 trazem de tudo, mas nada como a sensatez e a ousadia! 

 

Turna Beck

Turna Beck é arquiteta da Sabendo Decor // Fones: 11-949921000/11-37585128 // turna@thbeck.com.br

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Dica de filme cheio de emoção no cinema – Uma Casa à Beira-mar

Banner_Uma Casa à Beira-marSem pieguice, com narrativa simples, fluida e elegante, Uma casa à Beira-mar fala de solidariedade e humanismo.

Hoje minha dica é o emocionante longa, Uma Casa à Beira-mar, em cartaz nos cinemas.

Ambientado na região de Marselha, sul da França, o drama francês, Uma Casa à Beira-mar, dirigido por Robert Guédiguian, narra a história de três irmãos que se reencontram depois que o pai fica doente, em estado vegetativo.

O patriarca construiu um restaurante próximo à praia e fez do local o seu paraíso particular. Quando ele adoece, os filhos voltam à região para cuidar dele.

Angèle (Ariane Ascaride) é a última a chegar. Ela não guarda boas lembranças do lugar e precisa lidar com medos e rancores que a fizeram ficar longe dali e do pai por 20 anos.

Armand ficou por lá e tenta tocar o restaurante “bom e barato” fundado pelo pai.

Joseph é um desempregado amargo, escritor frustrado e namora uma mulher bem mais jovem (Anaïs Demoustier), que, aliás, parece estar à procura de novas emoções.

Com o passar dos dias, os irmãos precisam enfrentar a doença do pai e decidir o que fazer com a herança deixada, a casa e o restaurante.

Os irmãos discorrem sobre o passado, ficar ou não na pequena cidade, sobre lutar para sustentar os sonhos ou aceitar a realidade cruel das sociedades contemporâneas.

O cineasta olha para o passado, não por pura nostalgia ou para tirar conclusões apressadas sobre o presente, porém com a certeza de que algo bonito e de valor ficou para trás.

Guédiguian atinge uma leveza em que o menos é realmente mais. Sem alarido e com a melancolia que só os diretores na maturidade conseguem alcançar, eleva ainda mais seu humanismo em Uma Casa à Beira-mar.

Existe um tema de fundo que se revelará dominante – a dos refugiados que deixam seus países por causa da fome, da guerra, da falta de oportunidades. Eles são um tema da atualidade europeia e representam um desafio para governos e para quem ainda defende a existência de uma sociedade civil solidária.

Como cineasta, Guédiguian mantém um idealismo romântico, o apego às coisas simples, aos laços familiares, à ideia de comunhão entre os necessitados.

O longa é sobre vidas sociais versus individuais, que aprendem a cada dia o poder da tolerância em aceitar os limites, tempos, quereres, defesas, fragilidades, vulnerabilidades, solidões e outras consequências existencialistas das convivências interpessoais.

Os diálogos são realmente inteligentes. Todos parecem ter uma forma profunda e final de dizer as coisas sobre a vida e o que a resume, o que pode fascinar ou afastar.

O trabalho de Guédiguian consegue entreter e nos fazer apaixonar pela história da vila e seus ideais. Talvez a paixão esteja concentrada no próprio ser humano e seus debates internos, entre trabalho e relacionamentos.

Uma Casa à Beira-mar é apenas simples e neste olhar empático ao ser humano encontra-se uma sofisticação que poucas obras conseguem alcançar.

Belo!!!

E o desfecho emocionante!

Veja o trailer:

Leia mais:

O Orgulho – Preconceito, intolerância e o valor da palavra – nos cinemas

Desobediência – Um filmaço cheio de emoção. Imperdível!

2 Comentários
  1. Grata pela Dica ….! Amei este filme ! Realmente o Mundo girou …e o charme???Filme extremamente real! e, atual….sonhos, verdades, ….Evouimos para muito mais tristezas … econômicas e sociais …Lindo trabalho .., muitas emoções..,e nos leva a importantes reflexões

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Penélope Charmosa da atualidade – Uma pré-Dominique com certeza!

Penélope Charmosa
Numa manhã de terça-feira, saindo de Vinhedo rumo à São Paulo para trabalhar, vejo em uma rua movimentada da cidade, uma mulher, loira, dava para ver os cabelos embaixo do capacete numa dessas motos enormes. Parecia a Penélope Charmosa!

Foi impossível não grudar os olhos nela tamanha a agilidade que pilotava aquela moto gigante.

Confesso que a persegui por um bom tempo. Não é comum ver uma mulher em cima de uma dessas máquinas enormes e resolvi abordá-la!

Acelerei, fiz um gesto que precisava falar com ela. Sem muito entender, a moça parou a moto, estacionei o carro, desci e me apresentei. Pedi para ela compartilhar sua experiência, coragem e história com nós, Dominiques!

Marcela Scala, tem 36 anos, é enfermeira de Home Care e Enfermeira Autoridade Fiscal na Vigilância Sanitária, em uma cidade no interior, e a sua moto é uma Yamaha Midnight 950 cc. Maravilhosa por sinal!

Dominique - Penélope Charmosa

Pilota desde os 23 anos de idade, idade que tirou sua habilitação, desde então, nunca mais parou.

Ela confessa que sempre teve medo de moto e tem até hoje. Para Marcela, o dia que perder o medo de pilotar uma moto ela para, porque sem o medo vai abusar.

A paixão por moto está no sangue. Seu pai também é apaixonado por moto. Por milhares de vezes ele vai na sua garupa e bora pegar estrada, almoçar em outra cidade. Passeios fantásticos e inesquecíveis!

Para ela, o mundo do motociclismo é encantador, embora os motociclistas tenham fama de mal encarados ou de roqueiros drogados. As pessoas não sabem o significado da caveira que carregam. Aliás, eu não sabia também.

A caveira representa irmandade, igualdade. São todos iguais, independente da cultura, profissão, cor, renda familiar e estão sempre à disposição para ajudar o próximo.

Você sabia que a maioria dos encontros de motociclistas acontece para coletar doações e serviços beneficentes?

Marcela curte mesmo a moto Custom, então a velocidade não é o que a atrai. Os grupos andam em comboio, organizadamente, respeitando o outro e numa velocidade confortável e segura. Ela faz parte do “Nós, os Renegados” em Bom Jesus dos Perdões.

Mas nada se compara à sensação total de liberdade. Em vários lugares, a motociclista, linda e loira, grita mesmo, dentro do capacete, é uma espécie de limpeza de alma. O vento batendo, em meio a uma paisagem encantadora, nossa é indescritível!

Mas, nem tudo são flores, a dificuldade para pilotar uma máquina dessa se deve ao peso da dita cuja. Um desequilíbrio, por menor que seja, já era, jamais conseguirá segurar. A cautela e cuidado são o carro-chefe para ela montar em cima da moto.

Para Marcela é requisito fundamental ter conhecimento muito claro da máquina que se tem nas mãos, seja uma moto 125 cc ou 950 cc.

O limite da moto não existe, basta controlar seu próprio limite e estar ciente da onde a máquina é capaz de alcançar. Em fração de segundos a moto gigante dela chega a 200 km e é o limite da Marcela que controla isso e não um piloto automático.

Mesmo com todo este cuidado e responsabilidade, já sofreu três acidentes, nada grave, algumas leves escoriações. Como todas as mulheres, levantou, sacudiu a poeira e seguiu em frente. É preciso nervos de aço, concordam?

Há também dificuldade para estacionar, moto não tem marcha ré. Não é raro ela não conseguir empurrar a moto com as pernas para ir para trás, mas sempre aparece um cavalheiro simpático e gentil para ajudá-la. Uma das várias vantagens em ser mulher, certo? Sempre tem uma forcinha de um homem. Será que um homem em cima de uma moto grande seria ajudado por outro homem? Viu só, mais um grande negócio mulher pilotar moto!

Como não é comum ver uma mulher pilotando uma máquina desse porte, muitos dos homens que a abordam ficam indignados e surpresos. Para a maioria da ala masculina, esse tipo de moto não é para mulher, o sexo frágil e sensível. Sabe o que ela fala com seus cabelos esvoaçantes? – Pois é, isso é para macho!

Fiquei intrigada em relação ao cuidado com a pele e cabelos, mas ela me tranquilizou. Sem dúvida, a pele fica muitos mais suja, mas nada que um produto de limpeza facial não resolva. E quanto aos cabelos, um coque é a solução!

Eventualmente, Marcela usa a moto para trabalhar quando o carro está no mecânico ou com o marido, mas dá preferência ao carro. O que ela curte mesmo é passear com a moto, se divertir, apreciar a estrada. A locomoção de moto para ir trabalhar foge totalmente aos seus princípios. A cabeça não está focada, preocupação com horários, problemas profissionais, a mente começa a pensar em tantas coisas e um vacilo pode ser fatal.

Quando se está passeando, as intenções são outras e a viagem é mais segura e prazerosa. A cabeça está ali, curtindo o momento.

O marido dela também pilota, mas adora ir na garupa. Aliás, ela acha que pilota melhor que ele. Claro, né! Mulher é mais atenta, perfeccionista, responsável e linda! Quando fazem viagens longas é perfeito. Eles revezam para aliviar o desconforto da garupa. Assim, a viagem fica mais tranquila e gostosa.

Amei conhecer esta Penélope Charmosa dois tempos modernos!

Marcela é a Penélope Charmosa dos tempos modernos! Ousada, corajosa, responsável e feminina demais! Uma pré-Dominique.

Leia Mais:

10 plataformas que ajudam a ganhar ou economizar um dinheirão
História do dia: Adoro me casar por Lila Leal

Marot Gandolfi

JORNALISTA, EMPRESÁRIA, AMANTE DE GENTE DIVERTIDA E DE CACHORROS COM LEVE QUEDA PARA OS VIRALATAS.

4 Comentários
  1. Marcela realmente é gata, tive o prazer de trabalhar com ela e presenciar ela em cima dessa linda moto, garanto que me deu inveja, pois amo moto, mais sem coragem para tentar, prefiro as menores,kkkkkk

    1. Leila, como a Marcela disse e eu chorei de rir, é preciso ser muito macho para montar numa moto daquelas. E isso tudo com aquele charme e simpatia dela! Foi incrível!

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Vestido para mãe do noivo é quase um pagamento de promessa

Dominique - mãe de noivo
Meu filho marcou o casamento para julho de 2017. Compartilhou esta felicidade com a gente em novembro de 2016, tempo suficiente para encontrar um vestido bacana e que tenha tudo a ver com o estilo descolado do casório, certo?

Ledo engano. Comecei a fuçar aqui, acolá. Recebi indicação de alguns lugares que alugam e, cá pra nós, considero o preço um acinte – R$ 2000,00 para alugar um vestido que nem me alegrou levemente, apenas ameaçou um esboço de sorriso assim meio amarelo de canto de boca.

A saga começa na verdade com a numeração. Quem entra naqueles vestidos, conta pra mim?

Que mãe de noivo usa naquela numeração?

Só se sofrer de anorexia. A pessoa não precisa ser mignon, mas sim ter vivido os últimos anos em missões na África.

Na primeira loja, comecei a separar alguns modelitos e a vendedora se apresentou perguntando:

– Para qual ocasião você está procurando?

Respondi toda pomposa:

– Para o casamento do meu filho, sou a mãe do noivo.

Ela deu um giro no meio da loja, achei que ia me aplicar um golpe de capoeira e me levou correndo para outra sessão.

Pensei que era uma filial do Cemitério São Paulo ou uma prévia do Baile da Saudade. Predominavam o azul marinho (que eu acho chiquérrimo), marrom (adoro, mas para a ocasião achei um pouco pesado), cinza (não o Fendi) e vinho.

ABSOLUTAMENTE TODOS com bordados ou aquela telinha que me deixa muito, mas muito nervosa.

O casamento aconteceria no pôr-do-sol, em um lugar supertransado, a cara dos noivos, na Vila Madalena em São Paulo.

Não rolaria algo com tafetá, muito brilho, babados, MANGA PRESUNTO, paetê e afins.

Sem contar que nada disso combina com o meu jeito.

Sou alta, ombros largos, falo com as mãos e com um modelo desses pareço um peru num pires. Forget!

Para festas sempre optei por algo simples e impactante – sabe aquele vestido liso, com caimento perfeito, com as costas de fora, uma fenda bem charmosa na perna e que, pelo amor do santo padre, disfarce a barriga (drapeadinho básico)?

Para, sua louca! É casamento do seu filho, esqueça qualquer tipo de sedução.

Comecei mais uma etapa da saga, experimentando os vestidos e querendo correr três dias sem olhar para trás.

O primeiro foi um cinza que a vendedora forçou em chamar de Fendi, mas vá lá que seja.  Todo em renda (sem brilho, condição inegociável para mim) em estilo sereia.

Quando olhei no espelho realmente tive vontade de cortar os pulsos, mas me faltava uma lâmina enferrujada, porque se não fosse por hemorragia, seria por tétano a passagem dessa para melhor.

Sereia? Eu era uma baleia com um laço. Depressão total.

Bem, seria muita sorte acertar no primeiro.

Vamos em frente, gostei de um ombro a ombro num tecido adamascado fosco, fendi/marrom.

O 42 não fechava nas costas. A moça prontamente trouxe outro, 46.

– Desculpe-me, mas não tenho 44, mas podemos ajustar.

Vesti o dito!

Depressão parte II – O Retorno.

Eu parecia um abajur da casa do meu ex-sogro.

Partimos para o terceiro modelo, um verde mais escuro, musgo talvez, com leves traços de flores em um tom mais claro.

Quando eu me vi não pude acreditar, eu era uma cadeira Bèrgere.

Desisti, fugi e comecei a pensar em faltar na ocasião.

Sem a opção de colocar uma fantasia de árvore, a novela se repetiu em várias outras lojas.

Aí, eu cai e acordei!

É um casamento, é o casamento do se filho criatura, às 4 da tarde, menos é mais.

Bárbaro, onde eu encontro mesmo o “menos é mais” para mãe de noivo? Talvez na Babilônia.

Passei noites a fio caçando a salvação da lavoura no Pinterest e no Instagram e, madrugadas e madrugadas,  quase sem esperança alguma a acalentar minha alma.

Não é que achei um lindo, exatamente como gosto, charmoso sem ser vulgar, nude, cor lindíssima para mãe do noivo e que aparentemente não precisaria vender parte do fígado (que graças a Deus se regenera), nem o rim (este ninguém compraria, é uma fábrica de pedras).

O mais surreal é que ele estava numa loja em Piracicaba, sim, a terra da pamonha. Nem precisei ir à Babilônia. Chama-se Set Poin e a vendedora excepcional é a Lea, uma querida.

A loja vende modelos de uma grife mineira lindíssima, é maravilhosa, vestidos superbonitos, atendimento bárbaro e eu nem tive que elaborar um power point para explicar para a vendedora o que eu queria e o que eu abomino.

Sem eu falar qual vestido que tinha gostado no Instagram, em meio a centenas de modelos, qual ela me mostrou?

O nude, liso, charmosíssimo, com o tal drapeado e, para alegria geral da minha nação, com as costas nuas.

AÍ QUE ALEGRIA!

Agora basta colocar um brinco de arrasar e uma sandália show. Pronto!

Há esperança para mães de noivos que fujam do esterótipo da senhorinha indefesa.

Péra lá, tinha 51 anos, meu filho 33 (somente 18 anos nos separam), mato um zoológico e desvio das antas (o que dá muito mais trabalho) todo santo dia.

Na época estava namorando, me visto de um jeito legal, nada formal, mas nunca querendo parecer uma menininha.

Até quando eu era garota não tinha muito a ver com meu estilo.

Quanto às cores, Jesus nos Salve, nós somos mães, não madres enclausuradas.

Lembrando que, se seu rebento está ali, alguma coisa você aprontou, a melhor coisa do mundo. Portanto, de santa a gente não tem nada!

Ufa! Finalmente a Marot achou o vestido perfeito, você já passou por uma situação assim?

Leia Mais:

 CURTO x LONGO
Papo de mulher! Vamos falar de laser íntimo e rejuvenescimento?

Marot Gandolfi

JORNALISTA, EMPRESÁRIA, AMANTE DE GENTE DIVERTIDA E DE CACHORROS COM LEVE QUEDA PARA OS VIRALATAS.

24 Comentários
  1. Adoro seus textos! Sempre com muito bom humor e tiradas fantásticas! Bem vc!! Obrigada por me fazer rir alto sozinha!!! Kkkkk aguardando novos textos!

  2. Também viu ser mãe de noivo em marci/2018. Final de tarde, num restaurante à beira da praia…cerimônia ao ar livre!!!O que devo usar???visto 44/46 lutando pra perder peso! ! Socorro!

    1. Maria Ines,

      A grife é a Arte Sacra. http://www.artesacramoda.com.br/

      Endereço: R. Lavras, 605 – São Pedro, Belo Horizonte – MG, 30330-010
      Telefone: (31) 3287-1417

      Acredito que você vá encontrar uma excelente opção.

      E prepare seu coração, ver o filho casar é uma das emoções mais fortes e lindas que eu já senti.

      Depois me conta.

      beijos

  3. Amamos que vc gostou e citou nossa loja em seus comentários, temos muitos modelos lindos para mães, madrinhas e convidadas, muitas felicidades ao casal e agradecemos a vc ter vindo de longe (não tão longe rsrsr) para nos prestigiar.. bjssss❤️

    1. Vocês da Set Point são tudo de bom e mais um pouco. Há uma pessoa, uma seguidora nossa, que está em BH e quer conhecer a grife Arte Mineira. Onde ela pode encontrar lá?

  4. Independente de mãe é madrinha de cadamento ,vc fica exposta achando que todo mundo está reparando vc.
    Essa maratona infeliz que essa numeração no Brasil 44 é 42
    Ou tamanho único.
    Aí encontra um que te agrada mas vc sente que está faltando algo.
    Chegando vc se depara com cada peça rara aí vc vai para a galera. TÔ MUITO É ESTILOSA.
    Realmente o menos é mais e não tem como errar.BJS

    1. Salomé,

      É isso mesmo. Meu vestido não nada e é tudo. O que vai ter que vai arrasar mesmo é o brinco que é o máximo!
      Menos é sempre, sempre mais! beijos

  5. Amei o texto, ri muito, identificação massiva apesar de não ter filhos casando. Faltou o nome da loja em Piracicaba, Instagram…

    1. Maris,

      Eles sendo felizes é condição básica para a gente também ser, nao é?
      Momento mágico! beijo

    2. Maris,

      É uma felicidade tão grande, mas tão grande que é difícil explicar. E eles sendo felizes, a gente fica feliz, né? beijo

      1. Simone do céu adorei “identificação massiva, se me permitir vou usar em outros textos esta expressão sensacional!
        Chama-se Set Point Boutique é multimarcas e fica em Piracicaba duas horas de São Paulo. Procure pela Lea que nunca me viu na vida e sacou o que eu queria. E ainda foi uma fofa, pq aguentou as opiniões nada a ver do meu ex, Aff! Como falei num comentário acima, se você nao for da região de Piracicaba, programe um passeio para lá e depois vá almoçar o peixe no tambor na Rua do Porto. E estou em São Paulo e valeu a pena cada quilômetro da ida e da volta! Fica na Rua dos Operários, 361 – Cidade Jardim – @setpointboutique telefone 19 3432-4527. Depois me conta. beijo

  6. Muito bommmmmm adorei. Já passei por isso. Mas minha filha se casou em uma noite fria de Junho. Isso ajudou muito meu modelito foi bem sóbrio.Mas de muito bom gosto. Momento muito da vida…

    1. Angelica, você concorda que menos é mais? E o inverno ajuda uma barbaridade, ficamos lindas e não precisamos nos preocupar com o “tchauzinho! Esse momento é tudo! beijo

    1. Maria Ines,

      A loja é multimarcas e fica em Piracicaba, no interior de SP. Duas horas de carro pela Rodovia dos Bandeirantes. Chama-se Set Point Boutique e fui atendida pela Lea que nunca me viu na vida e entendeu exatamente o que eu queria. Sem falar que teve uma paciência de Jó para aguentar os pitacos do meu ex que não entende nada do assunto e insistia em emitir sua opinião. Aff! Se você nao for da região de Piracicaba, programe um passeio para lá e depois vá almoçar o peixe no tambor na Rua do Porto. E estou em São Paulo e valeu a pena cada quilômetro da ida e da volta! Fica na Rua dos Operários, 361 – Cidade Jardim – @setpointboutique telefone 19 3432-4527. Depois me conta. beijo

  7. Kkkkkk Adorei!!!
    Que bom que a saga “vestido de mãe de noivo” , acabou!!!!!
    Quero ver quando chegar a minha vez!!

    1. Cassia,

      Você vai amar, embora o perrengue do vestido seja um caminho que parece interminável! Mas ver os dois tão felizes! Haja Prosecco, vou dançar até…. beijo

  8. Muito BOMMMMMM!!!!!
    Ri mto pq eu devo ser uma mãe de noivo atípica ….meu manequim é 38/40 então tudo q vestia ficava mto bonito(sem falsa modéstia Kkkkk) e o outro ponto foi q comprei exatamente o primeiro vestido q experimentei…..juro q não sou anoréxica ….mas claro , não sem antes me divertir experimentando um milhão de vestidos , só p sacanear.,detalhe: nude TB !!!!!!!.
    Sabe que até me achei o máximo no casamento ??????? Hahahaha bjs

    1. Yara, estou roendo as unhas dos pés, porque as das mãos eu já comi de inveja (brincandeira!) do seu manequim. Eu acho que nunca vesti 38/40, pulei para o 42/44 direto! Nude é tudo de bom, não é? Sabe por que você se achou o máximo? Simplesmente porque você é o máximo! beijo grande

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