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Que tal começar o ano com a vida mais organizada? Veja que ideias incríveis.

Você já ouviu falar que ser organizada significa ser capaz de focar no que é mais importante e, assim, fazer aquilo que é prioritário na sua vida?  Esse bordão é bem comum pra quem trabalha. Ainda por cima dizem mais: quem não define os seus objetivos abre espaço para outras pessoas decidirem o que será a prioridade. Dá-lhe mais trabalho… e mais estresse também!

A organização no dia a dia é fundamental para ter maior controle sobre as suas atividades e prioridades. Assim sendo, pra quem quer se aprofundar no tema, tem o livro bem interessante A Mente Organizada, do neurocientista americano Daniel Levitin. Aliás, ele diz que a organização é a chave para lidar nesse mundo hiperconectado.

Certamente, há esse plano para lidar com a programação do dia a dia, tanto em casa quanto no trabalho. Mas e a organização das pequenas coisas da vida, ou seja, daquilo que é rotineiro, mas mesmo assim negligenciamos? 

Eu me organizo muito bem nas tarefas de casa e do trabalho. Mas sabe uma coisa que me deixar estressada? Papel ou gaveta bagunçados. Ahh… eu fico louquinha. Contas diversas espalhadas na escrivaninha de casa. Igualmente, cabos de computador e celular todos amontoados. 

Organizar para ser organizada

Essas são as pequenas coisas capazes de atrapalhar o meu dia, acredita? Ora eu preciso tirar rapidamente meu cabo pra sair pra uma reunião, ora tenho de achar um comprovante de pagamento. Se essas tarefinhas do dia a dia não estão à mão, eu tenho bloqueios momentâneos que me tomam um tempão. 

É por isso que todo começo do ano eu aproveito para colocar alguma coisa em ordem na minha vida seja pessoal, seja do trabalho. Esquematizar algumas coisas me ajuda a manter a rotina organizada. Assim, todo o restante flui super bem e sem estresse.

Quer ver só? Ano passado decidi organizar as contas em envelopes. Cada envelope tem uma etiqueta identificando do que se trata e o ano. Todos os meses eu coloco a conta paga por cima. E no início do ano, eu abro cada um dos envelopes e só confiro se está tudo certinho. Depois, grampeio todos eles e arquivo. Novo ano, novos envelopes.

Novos projetos em organização

Pra não acumular – daí ficar mais estressada – eu escolho um ou dois projetos para o ano. E eu me policio para seguir à risca o método que eu criei. Não adianta nada gastar um tempão organizando algo e ao longo do ano bagunçar tudo de novo, não é?

Já tenho a minha listinha de projetos que gostaria de fazer para o ano. Só não me decidi ainda qual deles fazer. Veja só:

Cabos e Fios organizados

Essencial. É de computador, celular, ipad, bateria externa… É tanto cabo e fio que já não sei mais quais são meus e quais são da família. Adorei essas duas ideias. A primeira delas é a caixinha etiquetada com a função correta do cabo. Dá para reaproveitar caixas de sapato ou de presentes e encapar com tecido ou papel adesivo. Também adorei colocar etiqueta no fio, quando ele está ligado na tomada. Olha que fácil fica para desplugar, sem a necessidade de percorrer cada um deles vendo no que está ligado. Acho que funciona fazer com papel colorido, protegido com um durex mais resistente. 

Maquiagem

No dia a dia uso pouca maquiagem. Mas como eu gostaria de ter os meus itens preferidos como nessa sugestão! Eu até que mantenho a gaveta organizada, mas como sempre temos mais cores, dá um trabalhinho identificar o que gosto para o dia a dia. Não é um projeto difícil. Funcionar com uma placa de metal, como as usadas para pendurar fotos. Depois, é só colar um imã nas embalagens das maquiagens. Deixaria apenas os itens preferidos, que uso todos os dias.

Remédios

Tenho de confessar: está tudo bagunçado em gavetas e caixas de plástico pela casa. De vez em quando eu dou uma olhada e jogo fora alguns deles, vencidos há alguns anos! Como não sou hipocondríaca, não tenho tantos remédios assim. Mas tenho vários deles, para finalidades diferentes. Gostei da  ideia de separar em plásticos, com etiquetando a finalidade. Bom, mas isso não me eximirá de tempos em tempos dar uma olhada geral e jogar fora os vencidos.

Plásticos na cozinha

Marca que virou sinônimo de categoria. Quem não tem dezenas de tupperwares na cozinha? E quando você menos espera surgem novos! São essenciais pro nosso dia a dia, mas que bagunça deixam no armário. Quer me deixar estressada é guardar separada a tampa. Será que é fácil achar esses separadores, como nessa ideia da imagem? Acho que dá para comprar separado e apenas acoplar na gaveta. Adorei. 

Cápsulas de café

Ok, eu aceito que não é fundamental para a vida. Mas não seria incrível ter uma gaveta com as cápsulas organizada e separadas por sabor? Olha… virou o meu novo sonho de consumo tanto para a minha casa quanto para o escritório. Além disso, fica super bonito visualmente. Amei.

De fato. Organizar pequenas coisas da vida podem nos ajudar a ter mais tempo para realizar as grandes tarefas, muito mais importantes. 

E você? Animou-se para organizar algo? Conta aqui.

Para terminar, outra revelação. Adorei esse board todo furadinho perto da cama. Ficou ótimo na decoração e ainda por cima dá pra pendurar muitas coisas. Vou colocar na minha lista de desejos quando puder mexer na decoração do meu quarto. 

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Você gosta de séries? Eu prefiro minissérie!

Prefiro minissérie. Ahhh, você gosta de séries, né? Eu gosto. Quer dizer, gostava. De fato, o que gosto mesmo é de minissérie, ou seja, histórias com começo meio e fim. FIM!! Dá pra entender?

Não importa quantos episódios ou capítulos, desde que sejam numa mesma temporada.

Tô parecendo meio radical? Então vou explicar meu ponto de vista.

A minissérie é uma boa história. Essa história pode render um longa metragem ou 8, 9, 15 episódios de uma minissérie, dependendo da criatividade do roteirista. Se conseguimos contar uma boa história em 2 horas, por que havemos de contá-la em 15 episódios?

É simples. Porque gostamos de continuação. Escritores e roteirista podem ser muito bons, criando uma trama muito envolvente, entretanto numa temporada já conhecemos os personagens, qual o centro da história, as possíveis reviravoltas e o melhor de tudo é quando temos um fim. Sempre temos um fim.

Esse foi o caso de Big Little Lies, uma das minissérie que mais gostei em minha vida. Gostei da minissérie que não apenas teve uma trama super envolvente, mas desfecho espetacular. Pra mim tava bom. Me satisfiz com os 8 episódios e tive muito prazer em saber que tinha acabado.

Em virtude de um enorme sucesso, os produtores decidiram que uma segunda temporada, que não estava prevista, deveria acontecer, tornando Big Little Lies numa série com muitas temporadas.

Só um detalhe: a história da primeira temporada fechou tão redonda de tal forma que não deixou gancho para uma continuação. Sem problemas! Inventaram um gancho e enfiaram a inegavelmente atriz das atrizes, Meryl Streep, para tentar renovar a magia da trama, o que em minha humilde opinião, não deu certo.

Você assistiu Método Kominsky?

Primeira temporada maravilhosa sempre com diálogos fantásticos assim como uma amarração perfeita. Segunda temporada? Decepcionante, encheção de linguiça, lugares comuns. Justamente porque a surpresa e expectativa já tinham sido totalmente exploradas na primeira temporada. E mesmo assim deixaram um gancho para a terceira temporada que provavelmente não assistirei. Aliás, assisti a segunda de teimosa, porque há tempos que só assisto a primeira temporada de qualquer série.

Você lembra da Praça é Nossa? Tinha a surdinha da praça, que já sabíamos que todos os programas ela apareceria do mesmo modo e que ela escutaria as coisas de uma maneira diferente do que tinha sido dito. Em todos os episódios ela teria dificuldade para sentar e levantar assim como acabaria toda cena com seu indefectível bordão.

Assim como a Dona Bella (Zezé Macedo, na Escolinha do Professor Raimundo) toda cena acabaria espernenado no chão e gritando pois entendeu uma ingênua frase de maneira maliciosa. Toda vez. Não estou dizendo que esse humor é ruim, mas é previsível e tem com certeza seu público. É dessa maneira que eu vejo as segundas temporadas das minisséries. Em conclusão, são esticadas desnecessárias em boas histórias.

A excessão disso são os SitComs.

Pelo menos na minha opinião, por mais que se tenha uma trama permeando todas as temporadas, todos os episódios têm começo meio e fim. Você pode perder um, quatro ou eventualmente até cinco episódios que sempre se encontrará quando voltar a assistir. Pode perder uma temporada inteira, que provavelmente não fará diferença.

Os personagens ficam em nossas memória e deixam saudade. Quer ver?

  • Big Bang Theory
  • Friends. Você acredita que friends já tem 25 anos? Vira e mexe eu me pego vendo reprises.
  • Fran Nanny
  • Mash
  • Seinfeld
  • A Feiticeira
  • Jeanny

Diga-me você. Gostaria de saber. Quais séries você ficou triste quando acabou depois de 9 temporadas? Assistiu a todas?

E minissérie? E Sitcom?

Com toda certeza essa é apenas a minha opinião. E deve ter um monte de gente que não vai concordar. Isso é muito saudável. Quero saber.

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Eliane Cury Nahas

Economista, trabalha com tecnologia digital desde 2001. Descobriu o gosto pela escrita quando se viu Dominique. Na verdade Dominique obrigou Eliane a escrever. Hoje ela não sabe se a economista conseguirá ter minutos de sossego sem a contadora de histórias a atormentá-la.

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Do fundo do baú do Netflix, filmes antigos que valem a pena rever

Um bom filme é para sempre! Até pouco tempo atrás, nós dependíamos de alugar o video na locadora (quando tinha!) ou esperar pelas repetições na televisão. Aliás, você imagina qual foi o filme mais reprisado na sessão da tarde, da Globo? Errou se apostou em Lagoa Azul (foi o mais votado na enquete feita emissora!). Ghost foi exibido 25 vezes, enquanto o romance adolescente passou “só” 20 vezes. 

Agora ficou um pouco mais fácil rever grandes produções do cinema. O Netflix de tempos em tempos relança na plataforma alguns filmes antigos e outros clássicos não tão antigos assim, mas que valem ser vistos ou revistos. A nossa crítica de cinema Elzinha Lucchesi sempre descobre as melhores indicações para as Dominiques e já escreveu sobre alguns filmes antigos.

O Profissional

O filme de 1994, com Jean Reno e Gary Oldman, marca a estreia no cinema da Natalie Portman. A princípio, o longa conta a história de um assassino profissional de Nova York que salva a vida de uma garota. Assim sendo, ela teve a sua família assassinada por policial corrupto e quer vingança. Um dos melhores filmes do diretor Luc Besson.

Um Crime Perfeito

Um Crime Perfeito, de 1998, é uma versão interessante do filme Disque M Para Matar, do grande mestre do suspense Alfred Hitchcock. No longa, um acionista da bolsa logo descobre que sua esposa está tendo um caso com um artista, então faz ao rapaz uma proposta milionária. Tem no elenco Michael Douglas, Gwyneth Paltrow e Viggo Mortensen. Um achado!

Alguém Tem Que Ceder

Essa comédia romântica foi sucesso absoluto de bilheteria em 2003. Enfim, narra a história do charmoso o produtor musical, que se relaciona apenas com mulheres de 30 anos. No entanto, tudo sai dos trilhos após uma viagem com a nova namorada e a visita surpresa da mãe dela. A química entre Diane Keaton e Jack Nicholson é perfeita. Um filmão para ver e rever!

Diário de uma Paixão

O filme de 2004 conta a história de amor de um casal que se conheceu nos anos 40 bem como as dificuldades que enfrentaram ao longo dos anos. Dirigido por Nick Cassavets, é sem dúvida um filme sobre um amor intenso e envolvente. Ryan Gosling e Rachel MacAdams estão perfeitos em seus papéis. Uma dica: é bom reservar o lenço para o final do filme. Lindo!

Match Point

Dominique - Match Point

Match Point é um thriller de suspense que usa a metáfora do jogo de tênis para mostrar a importância da sorte na vida. É uma trama envolvente, ousada, além do que promove uma forte crítica social. Dirigido por Woody Allen, o filme foi indicado ao Oscar de melhor roteiro em 2005. Tem no elenco Scarlet Johansson e Jonathan Rhys-Meyers. O desfecho é sensacional. Vale muito a pena!

Acompanhe sempre as recomendações de filme da Elzinha Lucchesi aqui no blog. Ela também comenta os lançamentos em cartaz. Veja só:

Filmes no Oscar 2020

Parasita

A Odisséia dos Tontos

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Viúva aos 40 anos. Como recomeçar?

Dominique estava prestes a chegar a suas Bodas de Porcelana com apenas 40 anos de idade. Quem diria que já eram 20 anos de casamento e 3 filhos, duas meninas e um rapaz. Guilherme, seu primeiro e único namorado, estava com 45 anos. Casaram-se muito cedo mas não se arrependiam pois era uma união feliz, com mais altos do que baixos.

Com os filhos crescidos, a vida estava entrando numa gostosa velocidade de cruzeiro. Claro que Guilherme continuava trabalhando demais, talvez mais do que o necessário, entretanto esse era dele e jamais pararia.

Até o dia que parou.

Naquela manhã de abril de 1979, em que a TV narrava a revolução Iraniana, bem como a queda do Xá e a volta dos Aiatolás, Dominique ouviu um baque surdo vindo da garagem apesar do volume da TV.

Estava lá, ao lado do Opala, Guilherme caído no chão com as chaves de casa na mão.

Foi um infarte fulminante. Sem a menor chance para Guilherme.

Dominique não sabia e nem ao menos suspeitava quando acordou naquele dia, que as mulheres do Irã perderiam o que conheciam como vida. Assim como ela.

Passados o enterro, a missa, um mês, as pessoas se afastaram e as contas chegaram.

Dominique nunca tinha trabalhado tampouco se preocupado com o futuro com a certeza que Guilherme cuidaria de tudo. Não tinha ideia do que era preciso para manter uma casa com 3 filhos quase adultos, muito menos de onde tiraria isso.

Descobriu que Guilherme tinha um seguro de vida que daria conta da situação por uns 6 meses se ela controlasse as despesas direitinho, mas e depois? Como faria?

E foi naquela agonia que aquela jovem viúva passou o ano de 1979. Tentando saber como recomeçaria ,ou melhor, como continuaria sua vida e de seus filhos.

Não achou emprego porque não tinha formação ou experiência. Tentou trabalhar em uma loja como vendedora. Mas sempre fora compradora e acabou demorando para se adaptar ao novo papel. Pena que a dona da loja não teve a paciência necessária para sua curva de aprendizado.

E o ano ia acabando assim como o dinheiro do seguro.

Foi quando inesperadamente, como que se enviado pelos deuses, recebeu um telefonema de seu vizinho de chácara. Sim, tinham uma pequena chácara para lazer de final de semana mas não pisava lá desde quando o Xá Reza Pahlevi e sua Farha Diba saíram do Irã rumo ao exílio naquele longínquo janeiro de 79. Parecia que décadas tinham se passado, porém eram só 10 meses, 10 meses que a separavam daquele alegre fim de semana de janeiro na piscina com os filhos, sobrinhos, irmãos e com Guilherme.

Bem, seu vizinho, o Sr. Lázaro estava ao telefone fazendo uma proposta para a compra de sua chácara. Dominique não negociou. Não sabia se era bom ou ruim o valor. Sabia apenas que não teria como pagar a conta daquele mesmo telefone em que falava no mês seguinte.

Fechou negócio naquele momento. Anos mais tarde descobriria, por acaso, o significado do nome Lázaro: Socorro de Deus.

Bem, Dominique agora tinha que fazer esse dinheiro sustentar sua família. Mas como?

Separou uma parte pequena e começou a procurar um imóvel comercial em São Paulo. Perguntou, fuçou, rodou e acabou comprando uma loja no centro da cidade. Alugou rapidamente e assim garantiu uma modestíssima renda mensal. Isso já era alguma coisa.

Todos ficaram surpresos quando tempos depois Dominique resolveu vender a casa confortável em que moravam em Alto de Pinheiros inesperadamente. A família próxima chegou a aventar a possibilidade dela estar passando necessidades.

Não estava. Ela sabia o que estava fazendo. Mudou-se com os 3 filhos para um apartamento super pequenininho e com o que sobrou do dinheiro, comprou outro imóvel.

E assim foi a vida de Dominique pelos 10 anos que se seguiram a morte de seu marido.

Trabalhou dia e noite. Aprendeu muito. Quebrou a cara algumas vezes mas não se abateu, até porque não podia parar. No final das contas, mais ganhou do que perdeu. Era uma mulher com tino comercial, quem diria! Tanto que em 1989, depois de finalmente conquistar uma certa segurança financeira, deu-se ao luxo de pensar até quem sabe namorar. Não estava nem com 50 anos ainda. Imagine, ficou viúva com 40.

Muitos perguntavam por que ela não tinha refeito sua vida amorosa. Dominique respondia:

– Quando se dorme sem saber com que dinheiro será comprado o almoço dos filhos, a última preocupação e arrumar um namorado.

Bem, foi naquele novembro de 1989 tomando uma caipirinha com uma amiga no Bar Supremo, que Mateus puxou papo, comentando a queda do Muro de Berlim e suas implicações.

Dominique não imaginava que assim como as Alemanhas, ela também estava começando uma nova história aquele dia. Uma história de união e prosperidade sem deixar que o passado fosses esquecido, porém sem deixar que ele tomasse conta do presente.

Aliás, sabe o que quer dizer Mateus? “O Presente de Deus”.

Leia também : Nossas Noites

Eliane Cury Nahas

Economista, trabalha com tecnologia digital desde 2001. Descobriu o gosto pela escrita quando se viu Dominique. Na verdade Dominique obrigou Eliane a escrever. Hoje ela não sabe se a economista conseguirá ter minutos de sossego sem a contadora de histórias a atormentá-la.

3 Comentários
  1. Essa é uma história real ou ficticia
    De todo modo, serviu-me de esperança, me vejo na mesma situação, porém sem filhos.

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Recomeços aos 50 anos. Existem? Sim senhora.

Dominiques me pedem para falar sobre recomeços aos 50 anos.

Recomeços….

Fico eu pensando cá com meus botões. Todo dia que acordo é um recomeço porque sou uma nova pessoa, com novas dores pelo corpo.

Mas acho que não é a isso que elas se referem.

Imagino e só imagino o tipo de recomeço de que estamos falando.

Chegamos aos 50, 60 anos. Mais do que recomeçar, decerto, muitas vezes temos que nos reinventar.

Palavrinha meio que na moda essa, que quando acompanhada da palavra resiliência chega a me dar frio na espinha e visões de bruxos da auto ajuda.

Verdade é que nessa idade parece que mudamos de patamar, dessa forma, coisas que faziam sentido antes, deixam de fazer.

Só para exemplificar, vou falar de um fato bem bobinho, quer ver?

Suas compras de supermercado. Como era sua compra de supermercado quando você tinha os filhos em casa? E agora depois que eles saíram de casa, como é? Com toda a certeza aquela compra monstruosa deixou de fazer sentido, aquela geladeira abarrotada, os Toddynhos e os Gatorades, né? Confesso que ainda hoje, passo pelas gôndolas dos Danoninhos com uma certa nostalgia.

Quantas de nós não chega aos 50/60 anos com questionamentos existenciais?

E agora? Já trabalhei, aposentei-me, já criei meus filhos. Minha missão acabou? O que vou fazer do resto de minha vida?

Bem, a resposta eventualmente estará no recomeço.

Ah, existe outro tipo de recomeço. Não raro, vemos mulheres que estavam casadas há 25,30 anos, inesperadamente ficando sozinhas.

Mas como assim? Passei mais tempo com ele do que com meus pais. Como ficar sozinha justamente agora? Conseguirei refazer minha vida amorosa? Vou ter dinheiro não apenas para meu plano de saúde mas para para minha velhice? Vou ter companhia para ir a um teatro, um cinema, uma caminhada? Para quem vou contar as miudezas de meu dia? Por mais que eu fique tentada, não vou ligar para uma amiga para contar que acordei gripada justo no dia que a faxineira faltou.

Bem queridas amigas, casadas ou não, com ou sem filhos, a verdade é que estamos numa fase de recomeços. Em todos os sentidos. E por onde começar?

Affff, como é difícil até de pensar nisso.

Não tenho fórmulas e nem cases de sucesso prontos e formatados para apresentar. Mas conheço algumas histórias. E você deve conhecer outras. Que tal se contássemos aqui algumas delas? Pode ser inspirador.

Sabe o que eu acho? Podemos contar todo tipo de história. Com final feliz ou não. Sabe por que? Porque somos humanas e não somos feitas só de sucessos.

É importante saber que outra colega se deu bem, mas também alguém entrou numa roubada. Isso faz com que nos sintamos mais próximas.

O que vocês acham? Acho que eu vou começar contando aqui uma história sobre recomeço, tá?

E para que todas tenhamos voz sem constrangimento, vou dar o nome de Dominique para todas as personagens de nossas histórias. As histórias de recomeços aos 50 terão sempre uma Dominique como protagonista.

Eliane Cury Nahas

Economista, trabalha com tecnologia digital desde 2001. Descobriu o gosto pela escrita quando se viu Dominique. Na verdade Dominique obrigou Eliane a escrever. Hoje ela não sabe se a economista conseguirá ter minutos de sossego sem a contadora de histórias a atormentá-la.

3 Comentários
  1. Conheci agora o blog. Apaixonei!!!tenho muitas histórias. Hoje aos 58 anos tenho que me reinventar todo dia.

  2. Existem, sim senhora !
    Recomecei em um outro continente… trazendo comigo só meus filhos e algumas roupas, sapatos, bolsas e maquiagens.
    O restante ficou tudo no meu apartamento no Rio. Deixei, com saudades, minha família e meus amigos.
    Mas Andréa, mudar para outro país, em outro continente, com 50 anos ? Isso, exatamente… completei meio século, olhei para trás e não parecia ter vivido tanto tempo… Chegou a hora de uma mudança radical. E foi.
    Hoje, moro em Gaia, em Portugal, com o meu casal de filhos adolescentes, minha mãe vem me visitar mas foge do inverno, mas ano passado já não queria voltar para o Brasil – agora já tem, até autorização para moradia até 2024 !!!!!
    Foi tudo fácil ? Claro que não, mas valeu a pena e vale, sempre, recomeçar, se reinventar…
    Eu fiz com 50, a minha mãe com 87 !

    1. Andrea querida…Que história bacana. Inspiradora e corajosa. Mudar de país nao é para qualquer um. Conheco de perto algumas das dificuldades que deve ter passado. Nao todas. Mas conheco também a sensacao de liberdade, de felicidade, de êxtase misturado com frio na espinha, de passar a régua e comecar do zero. Comecar do zero é maneira de expressao, uma vez que a nossa bagagem e nosso passado nos acompanham onde quer que estejamos. Beijo grande e obrigada por seu depoimento..

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