Tag: Romance

Resgate do Coração – comédia romântica com pitadas natalinas

Como sugere em seu título original, “Holiday in The Wild”, o filme se propõe a trazer um conto natalino. No entanto, a festa de final de ano é pouco relevante. O foco se dá em Kate (Kristin Davis), uma dona de casa, esposa de um rico empresário de Nova York, que abdicou de sua carreira profissional de veterinária para se dedicar a família. Assim que seu filho parte para a universidade, ela recebe a notícia que seu marido quer o divórcio.

Abalada com o fim do relacionamento de décadas, Kate resolve ir para a África e curtir uma viagem que seria originalmente uma segunda lua de mel do (ex) casal. Durante um desvio pela Zâmbia, ela ajuda seu piloto Derek Holliston (Rob Lowe) a resgatar um bebê elefante órfão. Os dois permanecem cuidando dele em um Santuário de elefantes local, e Kate decide ficar para o Natal.

A atriz Kristin Davis (série Sex and The City) tem uma carreira muito mais marcada por seriados do que por produções na telona. No longa, ela é boa a que se propõe.

Davis e Lowe fazem um ótimo casal na tela, a química funciona e os atores entregam um genuíno carinho entre seus personagens. O roteiro constrói com eficiência a maneira com que eles se aproximam, não parecendo forçado, nem repentino demais.

Uma Dominique em Zâmbia

O acerto do filme é evidenciar que o caso de amor da mulher de 50 +, desencantada após ser cruelmente desprezada pelo marido, e a missão daqueles estranhos na Zâmbia, o relacionamento vivido com Rob Lowe é apenas conseqüência natural. 

Pode-se tirar de muito bom em Resgate do Coração a mensagem do terror – que ainda resiste nos dias atuais – relacionado à caça de elefantes, para obter suas enormes presa brancas, o marfim.

Kristin Davis, na vida real, trabalhou no programa de resgate e reabilitação de elefantes órfãos. Este projeto para a Netflix teve uma carga especial, algo perceptível no brilho em seu olhar nas várias cenas em que contracena com os animais. 

A delicadeza com que a atriz trata a relação com o elefante órfão, repetindo o ato materno de marcar na parede o crescimento do filho, torna crível a sua jornada, praticamente abandonando a vida social na cidade grande.

O filme consegue ser adorável e ser uma obra com reais sentimentos. Maravilhosamente sessão da tarde, oferece vários elementos para quem gosta de curtir uma narrativa que pode até ser simples e de fácil digestão, no entanto está repleto daquele sentimento de uma boa comédia romântica.

Prepare seu balde de pipoca e divirta-se no feriado com esse filme bonitinho demais!

Assista o trailer

Comédias românticas para feriado

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Cartas para Julieta


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Aliados: o espião que sabia de menos, disponível no Netflix

Hoje minha indicação é o filme “Aliados”, que se passa em Casablanca, onde o espião canadense Max Vattan (Brad Pitt) e a francesa Marianne Beausejour (Marion Cotillard) se conhecem para a missão de matar um embaixador nazista. Eles precisam se passar por um casal e, naturalmente, se apaixonam. 

Na segunda metade, os dois estão morando em Londres, com uma filha pequena. Tudo vai bem até que Vattan descobre que Marianne pode não ser quem ele pensa.

O longa começa no deserto marroquino, numa hábil e linda composição entre computação gráfica e realidade. Logo entra um letreiro afirmando que o filme se passa na década de 40 durante a Segunda Guerra. A dupla de espiões Max e Marianne se encontra num suntuoso bar, toca Jazz, poderia estar tocando As Time Goes By. Esse início de filme possui por si só muito material para a cinefilia, impossível não se lembrar de filmes como Casablanca, clássico absoluto da década de 40.

Como um filme clássico

Mas desde a primeira cena de “Aliados”, o diretor Robert Zemeckis deixa claro que seu projeto é justamente ir de encontro a esse desafio. “Aliados” não é uma revisão contemporânea do cinema clássico. É um filme clássico feito com ferramentas contemporâneas.

Zemeckis optou por uma narrativa clássica, em que esse jogo serve apenas para alimentar o romance e depois o suspense. Dentro dessa opção, “Aliados” não é “Casablanca”, mas sim uma obra bem sucedida, que nos faz acompanhar com emoção e surpresa o destino dos personagens.

Assim o longa mistura amor, drama e suspense num filme que ultrapassa esse gênero de forma fluida, tendo sua força na presença do casal de protagonistas.

Marion Cotillard é um espetáculo em cena. A atriz é quem eleva em todos os sentidos essa produção. A francesa é uma atriz do olhar, em que seus olhos dizem ou escondem tudo de sua personagem. 

Ambientar uma trama historicamente nem sempre é fácil e “Aliados” não deixa nada a desejar na reprodução dos cenários da histórica e charmosa Casablanca. Os carros, as casas, e, principalmente o figurino, são caprichadíssimos.

O figurino foi indicado ao Oscar, e não levou a estatueta injustamente. Mas é apenas esplêndido, rico em detalhes, atento com os tecidos, e maravilhoso em variedade. As camisolas e vestidos de Marion são de tirar o fôlego, como também os trajes de Pitt, simplesmente chiquérrimos.

Experiente o diretor conseguiu trazer um belo dinamismo para as cenas. O resultado é um filme de duas horas que passa voando e você nem percebe.

Filme recomendado para você que curte histórias que se passam durante a guerra, drama, romance, e aquele tom de suspense temperado com uma boa trilha sonora.

Bom programa para você nesse feriadão.

Confira o trailer

Outros filmes na Netflix

Mary Shelley

Amor a Toda Prova


1 Comentário
  1. Silvana disse:
    Seu comentário está aguardando moderação. Esta é uma pré-visualização, seu comentário ficará visível assim que for aprovado.
    Gostei do comentário!

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Mary Shelley: com direção sensível, longa conta a história da aclamada escritora que deu vida ao personagem Frankenstein

A cineasta Haifaa Al-Mansour, a primeira saudita a filmar em Hollywood, recriou o contexto histórico e um importante período da vida de uma das grandes escritoras britânicas da história, a criadora do clássico Frankenstein, Mary Shelley, que dá nome ao filme que escolhi para comentar hoje.

Mary Shelley teve um importante valor na literatura ao publicar um livro de tanto sucesso, uma vez que o gênero (e em muitos casos a própria escrita) era restrito aos homens. 

O longa nos apresenta a Mary Godwin (Elle Faning), uma jovem de dezesseis anos que escapa de suas tarefas domésticas para ler livros de terror. Por divergências com a madrasta, ela é enviada à Escócia, onde conhece o jovem e interessante poeta Percy Shelley (Douglas Booth), por quem se apaixona. Não demora muito até Mary descobrir que Percy já era casado e tinha uma filha, mas isso não a impede de seguir seus ideais de liberdade e paixão pelo poeta.

O sentimento de abandono é constantemente presente na vida de Mary, reforçado pelos descasos do poeta, o fato de ela não ter conhecido a mãe, que morreu poucos dias após seu nascimento, a vergonha do pai quando ela fugiu com o futuro marido.

A criação de Frankenstein

A diretora mostra detalhadamente como suas alegrias, dúvidas e angústias serviram para a criação de seu Frankenstein. E mostra também a luta de uma mulher contra o preconceito de uma sociedade que não apenas se recusava a reconhecê-la como autora, mas também se escandalizava diante de suas idéias muito a frente de seu tempo.

Todas essas variáveis, além de outros personagens que apareceram na vida de Mary, influenciaram a escritora a explorar suas emoções, escrevendo sem medo sobre a solidão e os monstros que enfrenta. Seus medos viram personagens, sua defesa são suas palavras. 

Um dos pontos fortes do filme é, sem dúvida, a ótima atuação de sua protagonista, Elle Faning. A Mary interpretada por ela retrata muito bem uma rebeldia contida através de um semblante sério e ações racionais, mesmo diante da loucura que seu mundo se tornou. E com muita delicadeza mostra a coragem, marca maior dessa mulher que chocou sua época.

Belo!

Muito bom!

Trailer

Outras escritoras

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A sociedade literária e a torta de casca de batata


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Amor a Toda Prova: os sentimentos masculinos diante do amor

Capaz de agradar a ambos os sexos, Amor a Toda Prova, essa diferente comédia se foca mesmo é em mostrar os sentimentos masculinos diante do amor. Se para os homens isso pode parecer constrangedor ou até embaraçoso, para as mulheres se mostra uma boa oportunidade para conhecer o lado sensível e nem sempre externados por seus companheiros. Promete uma reavaliada nos conceitos tradicionais de um relacionamento amoroso.

Na trama, a vida do pacato Cal (Steve Carell) muda completamente quando sua esposa (Julianne Moore) conta que teve um caso com um colega de trabalho (Kevin Bacon) e quer o divórcio. Sem rumo Cal conhece Jacob (Ryan Gosling), um especialista em conquistas que resolve ajudá-lo a sobreviver no competitivo mundo dos solteiros, ensinando suas técnicas para que ele consiga assim esquecer sua mulher.

Como é recorrente nas comédias românticas aquelas personagens femininas fortes e determinadas a se apaixonar, no caso do filme em questão há uma pequena inversão de prioridade – quem sofre luta e anseia pelo amor são eles.

Os homens e o relacionamento

Com uma esperteza ágil e divertida, os cineastas de Amor a Toda Prova colocam seus personagens masculinos no cargo de protagonistas e os submetem às mesmas neuras das mulheres. Agora é a vez de eles superarem suas dificuldades de relacionamento e sair por aí na difícil luta por um amor real.

Mas o que prende o espectador do início ao fim será mesmo o desenlace amoroso que se dá paralelamente aos protagonistas. Ninguém se pergunta se Carell e Moore ficarão ou não juntos. O que todos querem saber é como se dará a história entre Jacob (Ryan Gosling) e Hannah (Emma Stone).

Gosling está simplesmente perfeito com domínio total da situação, mostrando-se solto e encantador. Além de agradar o público feminino, exibe bastante carisma ao encarnar seu Jacob. A ótima química entre Carell – sempre convincente e Gosling é realmente o destaque. Quanto ao elenco feminino, Moore, adequada e correta, já Emma Stone comprova ser capaz de vôos bem mais altos.

A acertada direção da dupla de diretores sabe como utilizar os mais simples recursos cinematográficos de maneira correta e sem exagero.

A trilha sonora inserida no contexto oitentista, com direito a The Cure e Spandau Ballet, por exemplo, só melhora o acabamento além de embalar a galera.

Equilibrando-se bem entre comédia, o drama e o romance, Crasy, Stupid, Love ainda que não seja original é despretensioso e divertido. Um produto de qualidade e que merece ser visto. Um entretenimento rápido e risadas que duram até a última pipoca mastigada.

Divirta-se!!!

Mais dicas de filme:

Gloria Bell

A Favorita

1 Comentário
  1. Eu AMO esse filme! A cena do Ryan Gosling “imitando” a dança de “Dirty Dancing” é ótima!

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Mademoiselle Vingança – A vingança é um prato que se come frio

Hoje comento o filme “Mademoiselle Vingança”, uma produção original da Netflix. Adaptado pelo diretor Emmanuel Mouret, que escreveu o roteiro, do romance de Denis Diderot de 1784, “Jacques le Fataliste et son Maître.

O longa se passa no século XVIII, França 1750. 

Depois de um tempo resistindo às investidas do sedutor Marquês de Arcis, madame de La Pommeray, uma viúva reclusa, decide assumir um relacionamento entre eles. Passados dois anos juntos, o marquês se sente entediado e acaba o romance de uma maneira amigável. Madame, loucamente apaixonada e terrivelmente machucada, decide se vingar dele com a cumplicidade de Mademoiselle de Joncquières e sua mãe.

“Mademoiselle Vingança” é um drama romance de época como poucos. 

O diretor desenrola um elaborado plano para vingar a imperiosa madame do sofrimento causado pelo libertino marques, que não se cansa de cortejar e de descartar mulheres de respeito e ou nem tanto. Em um cenário bucólico, há certo prazer em ver pessoas manipulando pessoas, até que Madame de La Pommeray quebre o silêncio e torne o terceiro ato a parte mais interessante do longa. “Mademoiselle Vingança” é bom porque traz lições para um e outro lado.

O filme funciona muito bem por dois fatores: atuação e roteiro. Cécile de France e Edouard Baes estão excelentes em seus papéis de protagonistas. Cécile consegue imprimir em seu trabalho uma sutileza exemplar, apesar da história parecer um melodrama comum, ela mostra nuances da madame principalmente a partir da metade do filme, quando ela executa seu plano. Baer encarna o marquês com uma naturalidade absoluta. Seu personagem é tipicamente do homem que supostamente protege as mulheres para conquistá-las e depois quando se cansa simplesmente as deixa.

O roteiro vai te prender do começo ao fim.

Filme autoral de época, o drama romance conta com um vocabulário pomposo da aristocracia francesa – conseguindo extrair ao máximo, o humor dos cortejos expressados pelo marques, assim como a rigidez gestual nas respostas de madame.

O rigor formal dos planos dão unidade ao longa. Um pouco romance, um pouco drama cheio de reviravoltas vai desde uma abordagem mais romanesca entre o marquês e a madame, até uma história de vingança.

Os cenários maravilhosos na França do século XVIII chegam a deslumbrar com seus bosques, jardins e castelos, como também os cenários de interiores para lá de suntuosos.

A música clássica de época, belíssima, sem falar do figurino que vai deixar você embasbacada.

Este filme foge da regra dos filmes franceses, pois não é lento nem arrastado, é redondo e bem costurado e com um final surpreendente!

Um excelente entretenimento.

Um filme lindo e muito agradável de se ver!

Aqui fica minha dica.

Adorei!

Mais filmes franceses:

Jovem e Bela

O diário de uma camareira

2 Comentários

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