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2018 promete? Claro que não. Em 2018, EU prometo!

Dominique - 2018
2018 está chegando…

É inevitável todo final de ano chamam a gente (economistas, planejadores financeiros e gurus) para falar do próximo ano… Acho “bacanérrimo”. Curto essa época do ano!

Adoro Natal, encho a casa de pisca-pisca, pulo ondinhas no Reveillon, guardo sementes de romã na carteira, como lentilha, coloco calcinha nova da cor “necessária”. À meia-noite olho para o céu brilhando e é impossível não desejar coisas boas. Sonho com uma vida legal para nós e para o mundo inteiro. Só de pensar, sinto a brisa do mar e imagino “o” gato especial que vou conhecer no próximo ano, os quilos a mais que deixarei para trás, a sala de reuniões do meu novo escritório e minha família sorridente.

Gente! Minha família! Para tudo! As cachorrinhas estão em pânico com os fogos!

E assim começa mais um ano! Volto para casa e sou recebida como se não houvesse amanhã, ganho festinha, lambidas e muito carinho das minhas pequenas.

Feliz Ano Novoooooooo!!!

Ao invés de pensarmos “2018 promete…” deveríamos pensar “em 2018 prometo…”. Não quero ser chata não, mas a essa altura do campeonato já entendemos que não existe mágica e como diz a música: depende de nós…

Na hora de pular as sete ondinhas ou fazer os pedidos à meia noite, lembre-se de que a realização de cada um destes cairá na nossa conta… Um ou outro desejo Papai do Céu, Papai Noel ou Yemanjá poderão até dar uma força, mas o grosso mesmo… sabemos, não cai do céu.

Antes de começar a falar de 2018, quero contar aqui uma coisa que faço há 3 anos e me faz entrar o ano leve.

No primeiro dia do ano, coloco em um potinho com tampa, um bloquinho de anotações dentro, daqueles bem pequeninhos. Sempre que me acontece alguma coisa boa, escrevo o acontecido no papelzinho, dobro e guardo no potinho. Não precisam ser conquistas cinematográficas, apenas situações que me fizeram sorrir. No dia 31 de dezembro, reservo um tempo pra mim e abro cada um dos bilhetes.

Ao ler os bilhetinhos, volto no tempo e sinto a mesma emoção. Uma sensação deliciosa. Recomendo!

O potinho é para mim, uma caixinha de cases de sucesso. Não resisti e acabei de abrir um: Terraço Itália. Sou carioca e não conhecia. Amei!

Certa vez tinha um bilhetinho assim: “A xxx não está com câncer”, vocês não fazem ideia de como aquele bilhetinho me emocionou e me fez imediatamente agendar minha mamografia. Não precisei necessariamente passar pela experiência, aprendi com a experiência da minha amiga.

Na psicologia econômica, diriam que alguns dos bilhetinhos, poderiam ser considerados “nudges”, pequenos cutucões que nos orientam para boas escolhas, assim diz Richard Thaler, ganhador do Prêmio Nobel de Economia em 2017.

Um dos encantos do potinho, é que ao ler as notinhas, você não vai acreditar do que é capaz! A maioria das coisas que tem guardado ali, você fez acontecer, mereceu, buscou, pouquíssimas coisas simplesmente aconteceram! Isso conduz nossa autoestima e a nossa confiança às estrelas.

Tenho meus potinhos, você pode ter sua agenda, fotos, planilhas, o importante é registrar esses momentos felizes. Eles são pílulas estimulantes!

Ao fazer sua lista de desejos para o próximo ano, não conte com Papai Noel ou ajuda de outras pessoas. O que vier é lucro, mas só se comprometa com o que você puder fazer.

Identifique o que são sonhos e o que são objetivos. Alguns sonhos mudam com o tempo e não temos tanto compromisso com eles, até que os transformamos em objetivos. Esses sim, têm nome, preço, plano e data para realização; assim como uma viagem, um curso ou uma cirurgia. Planeje em etapas e celebre cada conquista. Isso vai te dar mais energia para continuar.

Otimismo é fundamental! Mas tenha cuidado: em excesso pode fazer com que os riscos sejam ignorados. Sonhe alto, mas mantenha os pés no chão, o controle de sua conta corrente, os seus exames médicos em dia e uma reserva financeira suficiente para sustentar suas contas por pelo menos seis meses.

Use protetor solar e ande perfumada sempre!
Deixe seu amor saber quem é mesmo o dono de quem…
Não acumule pendências, desaforos, nem roupas apertadas.

Nunca subestime o poder dos juros compostos, de um “carocinho” ou de uma mágoa.
Cuide-se. Ame-se todos os dias, inclusive nos mais cinzentos. Ouça música. Reduza as despesas desnecessárias. Use o tempo a seu favor, gaste com coisas que verdadeiramente importam.

Não acredite em tudo o que ouve. Se o assunto for dinheiro faça as contas com calma, não aceite pressão e tente não se precipitar. Peça a ajuda de uma pessoa de confiança e se o tema for muito “cabeludo” chame um planejador financeiro certificado.

Nos vemos mais em 2018! Feliz Ano Novo! Saúde, muito amor!

Agora clique aqui e aumente o som!
Com carinho,
Paula Sauer

Leia mais:

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Com Amor, Van Gogh: uma declaração ao criador e à Arte

Paula Sauer

Economista carioca, que trabalhou por 17 anos em uma instituição financeira, se apaixonou por psicologia econômica e não parou mais, lidar com o comportamento das pessoas em relação ao dinheiro para ela é muito mais do que falar de planilhas e juros, é falar de sonhos, medos e mudanças de hábitos. Paula que também é planejadora financeira não guarda o que estuda só para si, escreve em jornais, blogs e revistas de grande circulação no país. Com mestrado em finanças comportamentais, se realiza em sala de aula, onde aprende e se diverte muito com os alunos.

3 Comentários
  1. Paula, eu adorei o seu texto! Li como se estivesse conversando com vc!
    Sensação muito boa ! Obrigada! Um Beijo.

  2. Paula, parabéns pelo texto!!!
    Maravilhoso!! Que delicia ler algo tão bem escrito e no meio disso assim sem perceber, uma lição de planejamento financeiro!!!
    Muito bom!!! Beijo!!

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Com Amor, Van Gogh: uma declaração ao criador e à Arte

Dominique - Van Gogh
Escolhido pelo público como melhor filme de ficção na 41ª Mostra Internacional de Cinema de SP, o belíssimo Com Amor, Van Gogh, animação dirigida pela polonesa Dorota Kobiela e por seu marido, o britânico, Hugh Welchman.

Foram seis anos de trabalho para que o longa ficasse pronto. Cerca de 150 artistas pintaram cenários em telas, usando a mesma técnica de Vincent van Gogh. Ao mesmo tempo, atores de verdade eram filmados em estúdio. Depois a equipe ilustrou o elenco e seus movimentos. Por fim, cerca de 65.000 frames em pintura foram animados para resultar nesse maravilhoso filme em cartaz no Brasil.

Vincent van Gogh foi um dos mais notórios artistas a não ter o reconhecimento de sua genialidade em vida.

Van Gogh só começou a pintar em 1881, aos 28 anos de idade, e sua personalidade conturbada fez com que fosse encarado como louco, o que não o impediu de produzir fabulosas pinturas a óleo (cerca de 600 obras) que realizou até pouco antes de morrer aos 37 anos.

O longa conta a história através do personagem Armand Rouland, filho do carteiro responsável pela correspondência entre Vincent e seu irmão Theo. O rapaz fica encarregado de entregar uma última carta de Vincent para Theo, naquele momento ambos já falecidos.

O protagonista assim como o público, vai entrando na vida do pintor, descobrindo a cada cidade que passa e a cada encontro que vive mais uma faceta de Vincent. Os personagens do filme contam as passagens do artista fazendo uma viagem por sua biografia.

Dominique - Van Gogh

A narrativa serve mais para ambientar a vida do pintor e suas aflições, do que propriamente para desvendar o mistério de sua morte. O filme retrata antes de tudo, Vincent como uma alma sensível e atormentada, maltratado ao longo da vida, desde sua complicada relação com a mãe e que, no final das contas, hoje não seria mais considerado um louco, um esquizofrênico.

Com Amor, Van Gogh faz com que os flashbacks sejam em preto e branco, em passagens rápidas, sem diálogos entre os personagens, rastros das memórias de terceiros sobre o pintor. O filme faz questão de deixar claro que há ali uma visão estética e bem trabalhada, não uma simples animação através de uma técnica difícil.

Há uma transição entre narrativa e flashback para combinar o preto e branco da vida do pintor com a investigação colorida deixada por Van Gogh.

A exuberância cromática dos quadros reaparece ao longo de toda investigação que o jovem Armand Roulin faz para decifrar o fim trágico do artista.

Com Amor, Van Gogh é como entrar em um museu onde as telas expostas estão vivas e te contam uma história.

Não perca esse belo e sensível filme, uma experiência cinematográfica única! Merece ser visto no cinema, mas caso não consiga ir, o filme também está disponível na Netflix. Eu amei e achei imperdível!

Assista ao trailer:

[fve]https://youtu.be/3tslxWf9t5w[/fve]

Leia mais:

Barreiras: conflito feminino de três gerações
O mistério do Assassinato no Expresso do Oriente

2 Comentários
  1. Lara também gosto muito do Cumberbatch e esse novo filme eh atualíssimo mesmo, mas tbm não vi ainda. Vamos trocar comentários assim q assistir.

  2. Todos estes filmes sobre o van gogh são fascinantes. O que eu mais gosto deles é Pintando com Palavras com o ator Cumberbatch. Ele atua tão bem que quero ver logo seu novo trabalho, Brexit. Ele sempre nos fascina nos seus papeis e neste não parece ser diferente. Gostei muito do trailer que vi do próximo trabalho dele que vai estrear, o Brexit. Achei muito inusitado utilizarem um assunto tão atual para fazerem uma produção. Creio que o filme brexit deva ser bem revelador e intrigante devido sua história, parece não ser mais um filme enfadonho de política, mas que pelo contrário, tem um ritmo legal e bem conduzido, sem ser tão previsível quanto os demais da categoria.

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Passo a passo para montar um lindo arranjo natalino


Pensando em dar uma dica para decorar sua mesa de Natal e sair do lugar comum, pedimos para a Manu, da Fatto Manu, ensinar a montar um arranjo de flores diferente e bacanudo.

Ela sugeriu um arranjo tropical e ensinou aqui o passo a passo para você brilhar na noite natalina.

Material:

    • Tesoura
    • Plástico para proteção de mesa (usamos papel celofane)
    • Plástico para forrar (usamos papel celofane)
    • Cachepot (usamos um de 24 cm x 12 cm e 9 cm de altura) – pode ser qualquer recipiente que tenha em casa)
    • Esponja floral (encontrado em gardens ou lojas de jardinagem)
    • Balde com água
    • Arame (encontrado em loja de jardinagem)
    • Sementes de eucalipto
    • Bolinhas de Natal
    • Um pouco de folhagem
    • 3 flores de gloriosa
    • Spray dourado

Modo de fazer:

*Proteja sua bancada, pois vamos fazer um pouquinho de sujeira.

1. Encha um balde com água e deixe a esponja afundar sozinha – esta é uma dica de profissional*. A esponja floral deve ser colocada sobre a água e esperar que ela afunde sozinha. Nunca afunde a esponja ou jogue água sobre ela. Desta forma, sua esponja vai ficar molhada por inteiro, permitindo maior duração ao arranjo.

2. Forre seu cachepot com plástico ou celofane.

3. Corte a esponja floral do tamanho certo do seu recipiente . Dica: pode usar arame ou uma faca.

4 . Coloque a esponja no recipiente.

5. Comece a cortar as folhagens e espetar na sua esponja floral. Inicie pelas bordas e depois preencha o resto). O objetivo é dar um bonito acabamento nas laterais e criar um volume no centro.

6. Espete as flores de forma homogênea. Aqui nos usamos 3 flores na frente e 3 flores atrás.

7. Pinte seus galinhos de semente. Usamos papel celofane para protegem a bancada.

8. Corte os galinhos no tamanho certo e espete entre as flores e no meio do arranjo.

9. Coloque 3 bolinhas de Natal em um arame. Se preferir, escolha o enfeite que quiser e espete no arranjo.

Pronto! Seu arranjo tropical de Natal está finalizado. Gostou?

Leia mais:

Aprenda a fazer um lindo rato marcador de página – AMIGURUMI
O passo a passo da minha caixinha de chita

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Será que todo mundo gosta mesmo do Natal?

Dominique - Natal
Tá… Tá… Você é aquela que é feliz no Natal, que adora essa data. Entendi. Então pula esse meu textinho. Ele não é pra você.

Por que será que sempre que reclamo do Natal vem alguém dizer que adora? Afff…

O que eu sei é que a maioria esmagadora adoraria dormir no primeiro dia de dezembro e acordar no ano seguinte. Bom, isso não é possível minha querida Bela Adormecida.

Por alguns anos, todo dia 30 de novembro, me fazia a promessa de que levaria dezembro de uma maneira suave e que me obrigaria a me divertir. Adivinha? Óbvio nunca rolou, nunca consegui. Até o ano passado!

Achei uma receitinha pra ser feliz no Natal. Como? Fingindo que não é Natal! Brincadeiraaaa… Ou quase.

Bom, vou contar minhas dicas aqui:

1. Acabe com essa coisa de presente
Não dei presente pra ninguém. Avisei todo mundo de quem gosto muito que o presente de aniversário seria caprichado, porque teria mais tempo para escolher e mais $$$.
Acredita que ninguém se ofendeu? Bom, pelo menos ninguém me falou nada.

2. Faça um natal temático
Isso, escolha um tema! Tá… Tá… Natal já é o tema. Mas esse todo mundo conhece. Exemplo? Hummmm… deixa eu pensar… Ahhh, que tal um Natal tropical? Ou… um Natal laranja? Ou ainda, um Natal dos reciclados? Ou… um Natal de corações?

Sabe de uma coisa? Vou te ajudar. Montei essa pasta no Pinterest com ideias para um Natal temático. Clique aqui e inspire-se!

Sabe o que é bom do tema? Você disfarça. Não fica tanto pensando no Natal e muito mais no tema e na decoração. Descarta aqueles seus enfeites que te dão até depressão quando tira do quartinho. Faça novos!

Dica: envolva a família, peça ideias (mas só use se você achar o máximo). Pede pra cunhada fazer lembrancinhas e chame a criançada. Esta farra vai começar bem antes do dia 24 e vai contagiar a todos.

3. Prepare brincadeiras
Por exemplo, aproveitando aquilo que te contei no vídeo sobre meu Sonho de Consumo. Se ainda não viu, veja! Peça para cada um escrever seu sonho de consumo num papel e coloque num potinho. Vamos tentar adivinhar de quem é cada sonho de consumo?

Outra…
Prenda em alguma cortiça, almofada ou qualquer outra coisa cartolinas com frases prontas e chame de roda da fortuna. Quer exemplo de cartões?
Permita-se!
Vai que é sua!
2018: ou vai ou racha!

Não precisa fazer sentido, querida. Vai dar trabalho? Claro! Mas o que você queria? Moleza? No Natal? Ahhh… Nesse caso só dormindo no dia primeiro de dezembro e acordando em janeiro do ano seguinte mesmo.

Aliás, quem inventou esta bobagem de que só podemos desmontar a árvore no dia 06 de janeiro?

Genteeee… Tem coisa mais deprê do que ficar olhando pra aquela árvore DEPOIS do Natal?

Eu decreto e determino que todo mundo pode desmanchar a árvore quando quiser.

A minha eu desmonto dia 25 de noite! E tenho dito!

Leia mais:

Que roupa usar no primeiro encontro pós-separação?

Dominique

Nasceu em 1964. Ela tem 55 anos, mas em alguns posts terá 50, 56, 48, 45. Sabe porque? Por que Dominique representa toda uma geração de mulheres. Ela existe para dar vida e voz às experiências, alegrias, dores, e desejos de quem até pouco tempo atrás era invisível. Mas NÓS estamos aqui e temos muito o que compartilhar. Acompanhe!

6 Comentários
  1. Curti o Natal até os 08 anos. Voltei a curtir quando meu filho nasceu. Deixei de curtir quando ele entrou na adolescência. Ou seja, Natal só é divertido para quem é ou tem criança em casa. O resto é hipocrisia de tempo de paz, de união, de estar com a família….espalhar paz e amor com data marcada.

  2. Bárbaro!!! Estou contigo…Desejo ardentemente todo ano que passe esse dia bem rápido.
    Há 10 anos me casei com um Espanhol e neste tempo somente um ano passei no Brasil. Meu primeiro ano aqui foi estranho,não ficava deprê com as musiquinhas, são muito diferentes, sentia falta de não ouvir a Simone cantanto: “Então é Natal”…Aff que masoquismo!!Agora “curto” um pouco mais, simplesmente pq não se parece ao Natal que estava acostumada e que me entristecia.Feliz Navidad!!

  3. Texto excelente. Este “amor” pelo natal ? Sou eu. Pior de tudo são as doações, sacolinhas, cartinhas, etc … que muitas pessoas só lembram nesta época. Muita hipocrisia.

  4. Adorei o texto. Reflete o meu sentimento. O pior desta época são as pessoas que acham que devem fazer doações, sacolinhas para orfanatos, etc .. só nesta época!!! E o resto do ano?? É muita hipocrisia.

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Dicas de literatura para você se distrair e se encantar

Dominique - Literatura
Para o escritor turco Orham Pamuk, com a literatura, nos aproximamos de uma imensidão de pessoas e de lugares que não teríamos a menor chance de conhecer na vida real.

Quando mergulhamos nas profundezas de um personagem, isso nos ajuda a conhecer melhor as pessoas que estão à nossa volta.

Ler, diz ele, não melhora a nossa capacidade de julgamento e, sim, a de nos colocarmos no lugar do outro.

Escolha a poltrona, ajeite a almofada, ligue o abajur e experimente um desses cinco livros para mergulhar em novas vidas e mundos.

Stoner, John Williams
Eis a prova de que a literatura tem o poder de revelar o extraordinário em qualquer vida, mesmo a aparentemente mais inexpressiva. A narrativa vai da infância à morte do professor de literatura William Stoner, um sujeito inteligente, pacato e centrado.

O autor consegue nos envolver completamente nos pequenos e grandes dramas vividos por ele em 70 anos, das desavenças familiares e percalços do mundo acadêmico à descoberta tardia do amor e do sexo.

Curiosidade – o autor disseca a que ponto uma mulher pode ser cruel e nos faz ver que o mal pode estar bem perto.

A Amiga Genial, Elena Ferrante
Leitores brasileiros e americanos caíram de amores pela saga criada pela escritora italiana que mantém sua identidade escondida. Já são quatro volumes publicados no Brasil.

A história de duas amigas de infância tem como pano de fundo os acontecimentos que marcaram a Itália na época a partir dos anos 50 e passa pelos fenômenos sociais que marcaram a segunda metade do século 20, dos quais nós também fomos participantes ou testemunhas.

Com um ritmo empolgante e personagens inesquecíveis, é daqueles livros que fazem a gente dormir de madrugada e perder a hora do compromisso.

Suave é a Noite, F. Scott Fitzgerald
O fascínio pelas frivolidades dos ricos e famosos não começou com as revistas de fofocas. Escrito nos anos 1920, o livro retrata a rotina ociosa dos americanos que foram gastar seus milhões na Europa dos nobres decadentes, entre recepções, passeios de iate e compras sem limite de preço.

Cronista de um mundo em decomposição, prestes a quebrar com a crise econômica de 1929, Fitzgerald vai fundo na história de um brilhante psiquiatra que se casa com a paciente, uma herdeira milionária.

Sob a falsa euforia dos personagens, ele capta com profundidade a carga de tédio, frustração e sofrimento que habita cada um. Além do retrato de uma época, o livro foi um dos primeiros a tratar da recém-inventada psicanálise.

A Fugitiva, Alice Munro
O estilo despretensioso, recheado de situações corriqueiras, disfarça o que realmente a escritora está nos dizendo – a vida não é fácil e somos muito mais complexos do que podemos aguentar.

Momentos de felicidade, autoengano, escolhas erradas e máscaras caídas compõem o playback visto e revisto pelas personagens em diferentes momentos da vida. Ao nos provocar uma forte identificação com suas protagonistas, as oito histórias curtas quase valem por uma sessão de terapia.

Ganhadora do Nobel de Literatura de 2013, a canadense também é aclamada por ter levado uma nova densidade a esse gênero literário.

A Última Névoa: e a Amortalhada, María Luisa Bombal
A autora chilena é tida como um enigma na literatura. Escreveu poucas obras nos anos 1930 e nunca mais publicou uma linha, mesmo tendo conquistado a admiração de grandes escritores e influenciado muita gente pela inventividade e linguagem onírica.

O livro reúne duas novelas de fundo autobiográfico. Na primeira, uma mulher casada procura escapar de uma sufocante vida conjugal com a ajuda da imaginação. Entre outras qualidades, Bombal deu voz a mulheres frustradas pela falta de independência e pela rotina estéril. Na segunda obra, surpresa! Como Memórias Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis, traz o relato de uma defunta observando o ritual da própria morte e passando a limpo sua vida.

Deixe a literatura fazer parte da sua vida!

Se não encontrar as obras em livrarias, procure no site Estante Virtual.

Leia mais:

Os 10 melhores livros apimentadíssimos para a imaginação rolar
QUIZ – Será que você sabe o que esse emoji quer dizer?

 

Mila Quintana

Leitora persistente, adotou o livro como companheiro desde que foi alfabetizada. Usa os livros como um passaporte para mergulhar em pessoas, lugares e acontecimentos sem pedir licença. Entre uma leitura e outra, trabalha, namora, paga as contas e lava a louça.

2 Comentários
  1. Excelentes as dicas! Já conheço quase todas as obras citadas, com exceção da tetralogia A amiga genial, a qual pretendo iniciar a leitura nestas férias

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