Coisas de Dominique é onde histórias de mulheres são contadas. Histórias de mulheres que realmente têm o que contar.
Eliane Cury Nahas por vezes transcreve, por vezes traduz coisas que Dominiques (aquelas mulheres com 50 ou mais anos de histórias) contam. Surpreendentemente você se identificará com muitas delas, afinal #SomostodasDominiques
Nosso Próximo encontro de Dominiques acontecerá dia 29 de Janeiro de 2020. Estamos definindo tema e horário. Você tem alguma sugestão? Escreva na caixinha aqui embaixo qual o horário de sua preferência e qual tema você gostaria de debater, conversar, aprender, ensinar.
Deixe seu lugar reservado, que logo entraremos em contato
Nasceu em 1964. Ela tem 55 anos, mas em alguns posts terá 50, 56, 48, 45. Sabe porque? Por que Dominique representa toda uma geração de mulheres. Ela existe para dar vida e voz às experiências, alegrias, dores, e desejos de quem até pouco tempo atrás era invisível. Mas NÓS estamos aqui e temos muito o que compartilhar. Acompanhe!
Foi um relacionamento que não tinha como acabar bem.
Inesperadamente, tudo começou na quinta-feira em que me preparava para um final de semana cheio de atividades, mas que começaram e acabaram com modorrentas maratonas no Netflix.
O motivo inicial dessas maratonas foi uma súbita queda. Não, eu não me esborrachei pateticamente no chão. O que caiu porém, foi minha resistência e foi em queda livre.
E naquela madrugada de quarta para quinta-feira finalmente ela, a resistência, alcançou seu limite ao esbarrar num Vírus.
Esse sim, super-herói, pois venceu vacinas e descongestionantes chegando ao topo do pódio e derrubando essa que vos fala. Em princípio, eu resisti, tentando esquivar dos duros golpes desferidos pelo Vírus.
Reuni todas as minhas forças e fui ao Pilates. A pé. No entanto, ele é tinhoso e esperto e sabia que mal eu chegasse, já me faltaria o fôlego.
Guerreira que sou, encarei os alongamentos e torções controladas por elásticos. Mas as minhas pernas foram as primeiras a sucumbir aos encantos do Vírus e bambearam.
Ahhh, usei de minha astúcia e sagacidade a fim de dribla-lo. Bastava que eu me deitasse em um daqueles aparelhos e solicitasse a aula na horizontal. Pronto. Resolvida minha batalha particular com esse intruso.
Entretanto não, o vírus era um canalha e me fez suar frio, empalidecendo com gotículas frias all over.
Um GERME esse vírus, viu?
Voltei para casa desolada e exausta percebendo a derrota daquela batalha, imaginando que a luta ainda não estava perdida, pois um antitérmico estava a caminho para reforçar nossa equipe.
Que nada. Perdi a batalha, a guerra, os territórios e a dignidade. Fui para cama e lá fiquei completamente invadida pelo inimigo.
Depois de passado o choque da luta perdida, resolvi me render definitivamente. O maior sinal dessa rendição foi o cochilo que tirei ainda pela manhã, enquanto o coquetel de remédios fazia seu trabalho.
Já como uma resignada prisioneira segui as normas da situação: Netflix e cama. Resolvi obedecer as regras à risca porque assim teria a chance de me libertar mais cedo. Precisava muito, porque a Luciana, minha amiga de outras batalhas, chegaria no sábado para uma rápida intervenção em São Paulo.
Dá-se início a minha primeira maratona. A série inglesa After Life. Bom aquecimento, porém meu estado de exaustão causado pelas batalhas já descritas prejudicaram meu tempo. Levei um dia inteiro para assistir 6 míseros episódios de 22 minutos cada.
Noite do cão e aquela sensação de que a situação nunca acabará. A certeza de que ficarei com o nariz entupido pro resto da vida. Na manhã seguinte, sem notar melhoras, arrasto-me pela casa como se carregasse grilhões.
Liliiii lembre-se que a Lu está chegando. Comporte-se!!
Isso posto, vamos a outra série indicada, só que desta vez na HBO – Years and Years. Já me sinto um pouco melhor só de saber que no dia seguinte teria direito a famosa saidinha.
Sábado chegou junto com meu susto ao olhar o espelho. Aqueles dias de cativeiro me abateram. Olheiras profundas. Fazer o quê? Uma escova e uma base teriam que resolver. Ahhh, e sempre temos os indefectíveis óculos escuros, né?
Bem, sem lamentações e vamos pra fexxxtaaa…
Que gostoso colocar a conversa em dia e saber as novidades. É impressionante como a Luciana SEMPRE tem novidades eletrizantes.
Demos um belíssimo de um rolê e acabamos o passeio num restaurante modernoso e bacanudo.
Lá ficamos sem notar o tempo passar. Já devia ser quase 1h da matina quando dei por mim que o toque de recolher já tinha sido tocado há tempos e eu continuava lá, longe de minha cama, longe de meus antitérmicos.
Não deu outra. Meu vírus enfurecido veio cobrar minha saidinha abusada e os 3 Gin Tônicas que tomei achando que poderiam ser bactericidas. Minha cabeça pesava e rodava.
Lúcida que sou mesmo quando doente e bebinha, deixei o carro por ali e peguei um Uber para voltar para casa. De fato, noite lotada de Blitz.
Ahhh como fui esperta….
Você acha que eu daria esse mole ao meu hóspede. Imagine a festa que o vírus faria com aquele sereno todo que eu pegaria do lado de fora do carro tentando convencer o guarda que tinha sido só um bombom de licor. Posso ser teimosa, mas não sou burra.
Chego em casa já tarde, aceitando as punições decorrentes de meu abuso, jurando não mais sair do meu quarto até 2025.
Exageros à parte, passei o domingo inteirinho assistindo a duas outras séries e a vida seguiu.
Ahh, e o meu carrasco? Pensa que ele esqueceu de mim? Nananinanão. Fez-se presente todas a noites daquela semana em forma de uma irritante tosse.
Odeio germes com pretensões a vírus. Como todos os wannabe que conheço, eles são vingativos.
Nasceu em 1964. Ela tem 55 anos, mas em alguns posts terá 50, 56, 48, 45. Sabe porque? Por que Dominique representa toda uma geração de mulheres. Ela existe para dar vida e voz às experiências, alegrias, dores, e desejos de quem até pouco tempo atrás era invisível. Mas NÓS estamos aqui e temos muito o que compartilhar. Acompanhe!
UPDATE: Gente, esse é um dos posts de Dominique que faz mais sucesso. Então, para facilitar mais ainda sua vida, resolvi fazer um e-book com todo o cardápio, as receitas e a lista de compras prontinha!!!! Uma super ajuda para você, sobretudo nessa correria de final de ano.
Clique no link abaixo, deixe seu e-mail e baixe o e-book. Mas em primeiro lugar leia as sugestões.
Vem chegando o verão. Obaaaa! Ano novo. Calor. Férias. Praia. Família e amigos. Casa cheia. Descanso. Descanso? Que nada minha filha. Vamos pro ralo novamente. Três refeições por dia para esse monte de gente. Cardápio para todo este período.
Seja a casa sua, seja a casa alugada, toda vez que penso em ano novo na praia, a primeira coisa que me vem à cabeça, não é a caipirinha, nem o pôr do sol. Pelo contrário! É aquele supermercado lotado e inegavelmente com cheiro meio de azedo. Enfim, naquele calor insuportável que sou obrigada a frequentar quase todos os dias.
Era! Isso mesmo.
Há uns cinco anos, desenvolvi uma técnica para evitar ao máximo aquele festival de chinelos de dedo mal humorados, aquela dança de mulheres de saída de praia com carrinhos apressados na certeza de que estavam perdendo o melhor do sol.
Tenho um cardápio superflexível de final de ano, bem como planejado para nove dias. Além disso, fica fácil fazer a lista de compras e antecipar. O grande segredo é antecipar.
Tento fazer isso tudo antes da loucura, deixando apenas pequenos detalhes para a semana da praia ou grandes e brilhantes alternativas para emergências. Olha isso tem me salvado e me aliviado um bocado!
Tudo vai depender apenas da sua organização. Vou dar uma ideia, mostrando para você o MEU cardápio. Claro que ele vai variar de família para família, de casa para casa, dependendo da quantidade de pessoas e dos costumes das mesmas.
Vamos lá?
Aperitivo e café da manhã
Um bom café da manhã pode muitas vezes substituir um almoço. Um belo aperitivo pode fazer as vezes daquele lanche, uma noite mais tranquila.
Café da manhã – Pães – Torradas – Pão sírio médio – Pão de forma integral – Filão de pão italiano para bruschetta – Formas pequenas de queijo branco – Baldes de requeijão – Leite – Café – Chá… etc.
Capítulo dos frios Compro em porções de 150g e peço para que embrulhem a vácuo. Dizem que não precisa guardar na geladeira, nem no freezer. Eu nunca arrisquei. Mas aí, eu tiro um pacotinho por café da manhã e, se tudo dá certo, nada volta para geladeira, porque frios no verão e na praia costumam azedar com muita facilidade. – Mussarela light – Presunto magro – Salaminho – Peito de peru – Mortadela Ex: 1 kg de “mozarela” embalados em 8 pacotes de 150g cada
Aperitivo Caso você queira uns petiscos em vez de lanche: – Salmão defumado já fatiado – Carpaccio com rúcula – Pastas árabes – quebram o maior galho, todo mundo gosta e podem ser congeladas: chancliche, homus, babaganuche, coalhada seca – Bolas médias de “mozarela” de búfala com tomatinhos cereja e manjericão – Brie pequeno – Provolone pequeno – Semente de abóbora – Queijo parmesão – Amendoim e similares
Agora o cardápio!
Com ele a lista de compras fica superfácil vai. Claro que tem que ser flexível. Ah, hoje não quero comer peixe. Ok! Ah, hoje vou almoçar na vizinha! Obaaaa…
DIA 1
Almoço Todos chegarão a noite!
Jantar Frios e pães variados para sanduiches deliciosos. Folhas de alface lavadas Tomates cortados em fatias. Maionese etc..
DIA 2
Almoço Salada de manga com kani Picadinho Couve Arroz Milho
Jantar Salada sem temperar para que se possa usar no sanduba Carne louca Pão francês e folhas de alface
DIA 3
Almoço Casquinha de siri (que pode ser no pirex) Pescada com molho limão e alcaparras Couscous marroquino
Jantar Salada de batata Salsichada*
DIA 4
Almoço Salada Frango com molho de tangerina e gengibre Couscous marroquino
Jantar Pizza de pão sírio ou do delivery. Ou gente, vamos dar uma volta?
DIA 5
Almoço Salada Churrasco (suas carnes de preferência) Farofa ou apenas uma farinha Arroz branco ou biro biro
Jantar Saladinha com molho de iogurte Torta de palmito
DIA 6
Almoço Aqui tem que ser algo bem leve e fácil Salada de legumes cozidos Uma lasanha que você tenha no freezer
Jantar A ceia fica por seus costumes e hábitos. Veja nosso texto sobre decoração de mesas.
DIA 7
Almoço Recuerdos de Haier (o que sobrou de ontem)
Jantar Salada com tudo picadinho Massa com molho ao pesto*
DIA 8
Almoço Moqueca de peixe ou camarão para acabar em grande estilo Pirão Arroz Farinha no dendê
Jantar Torta de frango
DIA 9
Almoço Salada de folhas e melão com presunto Peixe assado Batatinha cozida
Jantar Risotinho de legumes (rapa na geladeira para ir embora)
Outras sugestões!
Salsichada Não é qualquer salsicha. Você vai comprar uns 6 ou mais tipos de salsichas chiques. Sabe como é? Salsicha branca com ervas, salsicha de vitela com algo…etc. Pão francês fresquinho, pão de cachorro quente e algum outro a sua escolha. E superimportante! 3, 4 ou até 6 tipos de mostardas diferentes.
Não invente muito, senão o que era simples fica complicadíssimo. Onde já se viu comer cachorro-quente com batata palha, purê, ervilha, feijão tropeiro? Não É pão, salsicha e mostarda. Quando muito uma maionese e um ketchup para os hereges.
Dia dos espetinhos. Aí dá um pouco mais de trabalho, mas a mesa fica linda. Eu, como sou louca, vou à Liberdade, sim, o bairro. Mas vou num sábado perto do Natal que é para estar beeeeeem cheio. É, sou estranha assim mesmo. E vou lá só para comprar palitinhos decorados. Qualquer hora eu mostro. E aí fico inventando.
Comida de tigelinha: Já sirva nas tigelinhas. Não tem que por mesa, não tem que nada. E depois são só algumas tigelinhas para lavar.
O que vc pode ter pronto para uma emergência: Pesto! Um bom pesto para uma massa ou para um sandubão gourmet. http://diana212m.blogspot.com.br/2012/03/italian-simplicity.html
Receita de pesto ingredientes: 4 dentes de alho 1 colher de chá de sal 1 xícara de chá de folhas de manjericão fresco 3 colheres de chá de pinoli ou nozes, sem casca 100g de queijo pecorino ou parmesão ralado 1/2 xícara de chá de azeite Pimenta do reino a gosto.
Outras opções de pratos para almoço e lanche além das do cardápio:
Saladas e quiches Frios e sanduíches Escondidinho Risoto de funghi Espaguete ao vôngole Macarrão com carne desfiada e molho de tomate Lasanha de abobrinha Empadinhas/miniquiches/enroladinho de salsicha Salada caprese com pesto Couscous baiano
Agora que o cardápio já está pronto, é só aproveitar e descansar!
Economista, trabalha com tecnologia digital desde 2001. Descobriu o gosto pela escrita quando se viu Dominique. Na verdade Dominique obrigou Eliane a escrever. Hoje ela não sabe se a economista conseguirá ter minutos de sossego sem a contadora de histórias a atormentá-la.
Nossa…arrasou!!! Adorei o cardápio você pensou em tudo…até os dias bateu rs
Vou fazer pequenas adaptações para minha família, acrescentando uns dias a mais de churrasco. Obrigada pelas dicas.
Era o dia. Dia de apresentar o projeto para a última instância de aprovação: o presidente da empresa. Tinha muita confiança no trabalho. Era excelente. Matador.
Mas não custava um cuidado extra na hora de me arrumar. Já sabia há semanas o que vestiria. Aquela calça escura, muito bem cortada, nem justa nem larga. Escolhi uma blusa decotada de alças finiiiinhass, daquela seda que é quase um bijou de tão delicada, como diria minha avó. Branca. Branquíssima. Tinha que, de alguma maneira, valorizar aquele colo bronzeado e tão tratado.
Um cinto mais largo que o normal, com uma fivela bacanuda, era o toque de informalidade da roupa. Agora o blazer. Seriedade é fundamental. Não basta ser. É preciso parecer! Peguei meu melhor blazer, aquele que se compra uma vez na vida. Digamos que seja uma daquelas peças definitivas que você nunca mais comprará, sabe como é?
Um colar extravagante. Mas não muito. Afinal, sou uma profissional antenada e moderna. E, para arrematar o look, aquele sapato preto podre de chic e de salto altiiiiiisssiiimo. Uma escova lisa superbem feita que só a Neuzinha sabe fazer. Maquiagem leve, com uma pele sedosa contemplando e valorizando todas as marcas dos meus 50 anos. Uma última conferida geral e até o espelho, rotineiramente imparcial, aplaudiu o resultado!
Encontro as outras duas pessoas do escritório já no cliente. Sala de reunião pomposa. Devem ter trazido uma montanha inteira de Carrara para fazer aquela mesa. Cadeiras brancas de couro é coisa de gente que não tem medo de ser feliz, né? Bom…
Chega o presidente com sua entourage. Cumprimentos, cinco minutos de amenidades e começa o show. Estou confiante. O projeto é forte. Minha apresentação, apaixonada! Vejo o interesse na postura dos espectadores. Tenho controle total sobre a audiência.
Sei disso. Três décadas na profissão me deram esta sensibilidade.
Que delícia. Chego ao último slide e um enorme obrigada sorri na tela. As luzes se acendem. Começam as dúvidas. Não há pergunta que eu não tenha resposta.
Estou tão segura que reclamo jocosamente do ar condicionado. Que calor amigos. Será que não podemos aumentar um pouquinho este ar? Uma moça muito prestativa atende ao meu pedido. Mas se passam alguns minutos, e continuo sentindo um calor que na verdade só aumenta.
Começo a transpirar. Olho em volta, e vejo que todos estão à vontade em seus espaços. De repente, sinto algo inexplicável. É como se um vulcão dentro de mim entrasse em atividade. Uma explosão de calor dos pés à cabeça. Minha primeira reação automática é tirar o blazer.
Mas, péra. Não posso tirar!! A blusa é de alcinha! Meus braços!!!! Lembra que falei lá em cima que tenho 50 anos? Nãooooo! Mas não dá.
Está começando a aparecer no meu rosto esta revolução térmica. Vou tirar o casaco. Dane-se o braço! Mas aí noto que aquela minha blusinha branca de palha de seda, tão delicada, não só está molhada, mas encharcada de suor e pateticamente grudada ao corpo. Desespero!
Escuto ao longe meu nome. Quando dou por conta, todos estão olhando para mim, aguardando minha resposta. Mas qual foi a pergunta? Olho desesperada para meu colega. Ele assume e responde. Ufaaa…
O presidente interrompe e pergunta se eu estou bem. Constrangedoooorrrrrrr. Abro um largo sorriso e continuo o assunto de onde meu colega parou. Porém, continuo pingando. De vulcão passei a me sentir uma cachoeira.
Cataratas!
Meu Cabelo molhou! Ai meu Deus… Meu cabelo ‘nãoooooo’! 10,9,8,7,6,5,4… Pufffff! O pixaim! O pixaim! Começando pela nuca. Sabe aquele cabelinho danado de ruim que a gente tem perto da nuca? Pois é… O meu é especial! Ele encrespa e arma com um gigantismo assustador.
Ainda falando e tentando ser natural, discretamente enfiei a mão na minha bolsa em busca de uma piranha, grampo, fivela, durex, clips, fita isolante, arame farpado, qualquer coisa para prender o que já se podia chamar de juba naquele momento. Obviamente minha concentração e foco já tinham ido pro Iguaçu. Não sabia o que estava acontecendo.
Bem, na verdade sabia sim. Tive meu primeiro fogacho. É esse o nome? PQP!! As fichas começam a cair na velocidade que as gotas escorriam pela minha testa. Olho em volta, para ver se alguém estava reparando. E ora veja, sim… todos estão! Saco!
As mocinhas, novinhas, com um sorrisinho no canto da boca. Até imagino o que estão pensando. “Aí tia… ficou nervosa?? Tá que nem minha mãe. Velha suando é dose!” Os homens da mesa fingem que não estão notando. Mas não conseguem parar de olhar para meu cabelo pingando, e minha base matte da Mac derretendoooooo… Matte… tá bom..
E pensam que são discretos! Os colegas, ambos homens, boquiabertos ao perceberem que, pela primeira vez, me viam insegura e titubeante. A coisa só piorava. Quanto mais tentava disfarçar, mais suava. Viscoso, ciclo vicioso dos infernos. Interminável show de horror.
Mas, na ponta da mesa, vejo uma mulher que não tinha notado ainda. Também pudera… Como notá-la? Ela tinha quase 60 anos! Sim, sim, sim, sim… sou péssima!! Mas, ao cruzar com seu olhar, vi imediatamente um sorriso de acolhimento. Um sorriso de entendimento e compreensão.
Uma generosidade que naquele momento acho que nem Madre Tereza seria capaz.
Ela pediu a palavra. E começou a comentar o projeto. Tirou os olhares de cima de mim. Deixei de ser o foco. Juro, não lembro uma única palavra que ela disse. Consegui respirar, me acalmar e, lentamente, voltei ao normal. Normal é maneira de dizer, né? Meus cabelos… ai, ai, ai… Recomposta, olhei com cumplicidade para minha mais nova amiga de infância, retomei a palavra serenamente.
Finda a reunião, vieram as congratulações e as despedidas. Não conseguia pensar em outra coisa que não fosse agradecer aquela santa. Mas não lembrava o nome dela. Angela? Não! Não, não era com A. Mas era nome de música. Gabriela? Dindi?? Li-gi-aaaa… Ufaaa… Tom não me deixaria na mão! – Lígia! Chamei com uma intimidade que só parceiras de infortúnio podem ter.
Ela olhou para mim, abriu um sorriso e veio em minha direção. – Lígia – falei novamente com grande cumplicidade – Antes de mais nada, obrigada! Não sei como retribuir sua gentileza durante a reunião! – Ora, ora, não há de quê! Já estive em seu lugar. – Mas, Lígia, ninguém me contou que seria assim. – Não. Ninguém conta. E, pior, poucas de nós são solidárias. Nem nesta nossa fase da vida. Parece que não reparamos ou não queremos ver nas outras as mazelas que logo serão nossas. – Lígia, querida, independente do projeto, vamos manter contato. – Vamos sim. Será um prazer. Mas meu nome é Luiza!
Economista, trabalha com tecnologia digital desde 2001. Descobriu o gosto pela escrita quando se viu Dominique. Na verdade Dominique obrigou Eliane a escrever. Hoje ela não sabe se a economista conseguirá ter minutos de sossego sem a contadora de histórias a atormentá-la.
oi bom dia!passo por esta situação,percebi q era os sintomas da menopausa porquê,qualquer vento sentia frio,agora estou sempre suando, desanimada, não queria usar o chá da Folha de amora,porque emagrece mas vou tomar,se não der certo vou tentar a soja,q contém isoflavona estou sempre cansada,o pior pra mim é tomar alguma coisa q me faça perder peso,
Sou uma felizarda.
Ou uma exceção para confirmar a regra?
Nunca senti nada no climatério.
Nunca fiz reposição hormonal.
Nem tive cólicas qdo menstruava.
Estou agora com 86 anos.
Minha menopausa foi antecipada, quimioterapia e radioterapia aos 34 anos e aos 40 iniciou tudo; calores, falta de libido, engordei pra caramba, mas até hoje estou dando a volta por cima e vivendo bem, graças a Deus.
Minha menopausa foi fabricada, esterectomia,aos 41 anos, não passei por muitos sintomas, mas tive uma depressão horrível e tbm não tinha ninguém para me ajudar, foi barra mas superei. O que eu não entendo é porque o maior inimigo de uma mulher na maioria das vezes é outra mulher
Baita texto! Amei, mas o que me assusta é a falta de cumplicidade entre as mulheres (mais jovens) e o que mais me surpreende é exatamente cumplicidade entre as Dominiques, Luisas, Ligias. Meninas, fiquem espertas, vcs chegarão lá e tomara que com nossa elegância e bom humor.
Tenho 54 anos e no ano passado comecei a ter os temíveis calorões mais intensamente. Nao faco reposição hormonal e sempre achei que não ia passar por isso pois minha mãe me contava que não teve nenhum sintoma da menopausa. Durante o inverno é tranquilo mais já estou me preparando para o verão. Haja lenço e leque, não saio de casa sem…
É a vida, a vida das mulheres! Mas, é bonita é bonita e é bonita! Vamos em frente, voltando a usar lenço (de algodão) leques, ar condicionado no mais gelado
e vento muito vento.
Adorei. Sei bem o que é isso. Falavam que era só no início e depois diminuiria mas que nada. E com esse verão de 40 graus do Rio eu derreto. Cabelo só curtinho. Dizem que a amora faz bem. Realmente diminui. Mas ser mulher é sofrer no paraiso. Então quanto mais relex menos suor e o calorão diminui. Qto a solidariedade só tive de quem passou por essa situação. É tentar brincar e ir levando.
Tenho 59 anos e já passei por muitas situações desagradáveis, os fogachos aconteciam nos melhores momentos, nas reuniões com amigos, com a família na mesa, na faculdade da terceira idade, parece não ter fim. Faço reposição hormonal há 10 anos e só tenho trégua no inverno que diminuem um pouco mas no verão eu sofro. Não sei até quando vai durar e super entendo quem passa por isso. Força mulheres!
Simplesmente verdade tudo o que foi exposto. Discordo apenas de que não fui informada sobre esse cemitério,ironizando o climaterio, rs. Minha falecida mãe sofreu muito,falava sempre sobre essa famigerada fase, mas eu, jovem, pensava que fosse um certo exagero.
Mas não é não! Pior fase que estou vivendo é essa. Situações como a do texto são rotineiras no meu dia a dia. Maquiagem fica borrada, cabelo que é muito liso, fica oleoso com o suor. Não faço reposição hormonal. Optei por produtos naturais. Nada adiantou.
O que fica, são as sensações de forte calor, depois frio. Uma tristeza sem fim. Vontade de largar tudo e sumir do mapa. Solidão.
Realmente, eu acho que nós mulheres poderíamos ter uma velhice menos conflituosa. Uma sacanagem com a gente.
Oi já vai fazer 5 anos que estou com esse fo cachos não tem remédio que cure e horrível não sei o que fazer e ainda tem hipotiroidismo tome hormônio se alguém encontrar algum remedio q cure me avise Abraço Obrigada.
Imagino seu sofrimento nunca passei por um dilema desses mas os fogaçaos não me abandonan tenho 54 anos e tenho sofrido kkkkkkkk sua estória me desculpe mais deu graça
Sensacional!!! Gargalhei lendo seu texto porque me vi nesse cenário…. Parabéns, você conseguiu colocar muito bem o que é o estado dá menopausa e com muita bom humor. Beijos
Além de não serem solidárias ainda exclamam, “nossa, não, eu ainda não estou “”nessa”” idade…
“Nossa, vc não faz reposicao?”…
“Credo, é menopausa precoce ?”
Aí gente eu já escutei cada uma…
E a cunhada que, muito gentil, coloca um VENTILADOR do lado do meu lugar a mesa, na reuniao de familia….Hoje nem me importo mais, levo um leque japones na bolsa !
Adorei! Já passei por muitos momentos desses! O pior são os olhares de ironia que rola aqui em casa. Rolavam, rolavam! Porque, Dominique, acredite em mim, isso passa! Enquanto esse dia mágico não acontecesse, o melhor é manter esse seu bom humor.
Quando me dei conta estava lendo e estava presa aos textos. Sou bem mais velha, nos anos 50 ja tinha 11, mas estou encantada com
o que li. Parabéns! Nasceste para escrever com certeza. E eu vou te acompanhar pela leitura. Um abraco
Sim, sim sim… Ele chegou. Dezembro começou e o Natal já está na nossa fuça.
Você que me acompanha há algum tempo já estava esperando eu começar a reclamar, né?
Mas deixa eu explicar para as Dominiques que estão chegando… Queridas, eu não sou muito fã dessa época do ano. Reclamo pra caramba. Já escrevi váárioooos textos a respeito. (vou colocar os links no final desse texto, tá?)
Mas no final acabo sempre encarando, até porque não dá para pular as festas de final de ano e já ir pra janeiro.
Então meninassss, vamos lá… Coloquei até uma playlist de músicas Natalinas para ver se me inspiro (kkkk).
E essa coisa da árvore de Natal?
Entrou dezembro e na minha casa (e provavelmente na sua) é hora de montar a árvore. Preguiçaaaaaaa. Ahhh gente, esse ano não, vai…
Então hoje cedo falei para os meus filhos (adultos) que não montaria árvore. Parecia que eu tinha dito que ia matar o Papai Noel. Eles urraram. Disseram que eu não podia fazer isso com eles, etc… etc… etc… Adultos…
Pois é… me ajudar que é bom nenhum deles podia. Então falei que esse ano iria inovar. Pra eles tanto faz, contanto que tenhamos árvore e eles não tenham que fazer nadica.
Então por que não me divertir um pouco? Comecei a procurar ideias de árvores diferentes. Olha só cada uma que achei.
Árvore de Natal de fotografias
Olha que legal essa árvore feita de retratos grudados na parede, com luzinhas piscando entre as imagens! Essa deve ser fácil de fazer. Sem dúvida, será uma diversão a parte de procurar as fotos.
Árvore de quina
Ahhhh, para essa aqui, você vai precisar ter uma quina na sua sala. Mas bico também, hein? E olha só o efeito…
Árvore Escada
Ameiiiii essa… Muito charmosa. Aproveitar o triângulo a escada faz e enfeitá-la. Mas será preciso caprichar bastante. Senão, é capaz de ficar bem mambembe, sabe como é?
Árvore Bolas
Ok… Ok… Essa sugestão não é de fato uma árvore de Natal. Aliás isso não é nada de Natal. Mas achei festivo.
Árvore de presentes
Agora comecei a complicar um ‘cadinho, né? Ah, achou que ia ser fácil? Mas muito fofa e lindinha, fala verdade?
Árvore de Cestos na Parede
Agora caprichei né? Se alguma de vocês fizer, por favorrr me ensina? Tira foto? Faz o passo a passo? Muito legal. Mas para minhas habilidades, simplesmente impossível.
ÁRVORE ÉBRIA
Essa aqui deveria ser uma árvore pós Natal… Com todas as garrafas dos happy hours, festas de final de ano e do próprio Natal. Só pra pesar a consciência. Ou não…
Árvores de ripas de madeira
Esses dias uma Dominique postou sua árvore de Natal feita com ripas de madeira no nosso grupo e eu amei! Simples e ainda reaproveita material. Adorei!
E aí? Inspirou-se? Teve alguma idéia diferente? Manda pra mim.. Manda vai?
Vou adorar receber a foto de uma ideia ou de sua árvore, mesmo se ela for aquela linda arvore artificial branca com bolas vermelhas. Tanto faz.
Manda aqui, ou pro meu e-mail : [email protected] ou pro meu Instagram : @dominiquehip
Nasceu em 1964. Ela tem 55 anos, mas em alguns posts terá 50, 56, 48, 45. Sabe porque? Por que Dominique representa toda uma geração de mulheres. Ela existe para dar vida e voz às experiências, alegrias, dores, e desejos de quem até pouco tempo atrás era invisível. Mas NÓS estamos aqui e temos muito o que compartilhar. Acompanhe!
A minha filha ganhou uma árvore de Natal para quem tem gato.
Eu e a Frida (a minha neta gata) amamos. 🙂
Pena que não dá mais pra ela bagunçar tudo e terminar emaranhada com os enfeites no chão, rsrs. .-.
Acho que só muda o endereço né, pq aqui tbem, todo mundo ( adultos) ficaram bravos qdo disse
que não iria montar árvore de Natal.
Pra que?? Quase fui expulsa da mesa… bom vamos lá tirar tudo da caixa, ver se está em ordem e mais uma vez montei, mas esse ano tive a ajuda do Pedrinho meu neto de 5 anos, que no meio da árvore já me disse” nossa vovó isso cansa né”…
Mas terminei claro, enfim suas ideias de árvores são ótimas , mas fiquei na tradicional mesmo, quem sabe o Papai Noel reconheça meu trabalho e
Me traga um presentão de Natal!
Feliz Natal a todas Dominiques!