Tag: Liberdade

E agora, José? Somos eu e tu e tu e eu

Dominique - Eu e tu
Mesa posta para dois.
Naquela copa que por muitos anos 4 jantaram.
Hoje, somos só dois.
Aliás, não sei nem porque ainda ponho a mesa.
Seria tão mais fácil jantarmos na bandeja.
Em frente à TV.
Mas algo em mim diz que tenho de manter este ritual.
Tenho que fazê-lo para que tentemos nos olhar e nos enxergar.

Verdade é que, depois que os meninos saíram de casa, eu e o meu companheiro de jornada de mais de 30 anos estamos tendo de nos readaptar.
Seria esta a palavra?
Readaptar?
Ou reencontrar?
Ou reconhecer?
Ou redescobrir?
Não sei.

Foram tantos anos de correria, trabalhando, lutando, educando.
Sempre com ele. Sempre com o meu único e amado parceiro de vida.
Mas, pra falar a verdade, nem sempre o mesmo.
Tenho a certeza de que ele e eu mudamos muito ao longo destes anos.
Casamos e descasamos várias vezes.
Mas sempre um com o outro.
E sempre, além da vontade de estar com ele, do amor, do carinho, foram os projetos em comum que nos traziam de volta para a união.
E o maior destes projetos foram os nossos filhos.

Filhos estes que alçaram voo de tão bom que foi o trabalho que fizemos.
Sempre tivemos os nossos projetos individuais.
Mas os projetos conjuntos é que fazem os laços do casamento serem refeitos pelo tempo.
Muito fácil embarcar em algum sonho pessoal e ir navegando, deixando o outro a ver navios.
Difícil mesmo é voltar e atracar no mesmo cais.
Os filhos sempre são um motivo a mais para que voltemos.
Mas, cada vez que voltamos, voltamos diferentes. E encontramos pessoas diferentes.

Assim é a vida.
Aí, um belo dia ao chegarmos em casa, encontramos o silêncio.
As camas arrumadas.
As almofadas no lugar.
As luzes apagadas.
O fogão desligado.
O que vemos é aquele parceiro ou parceira de tantos anos sentado na poltrona, ansioso nos esperando, perguntando por que demoramos tanto.
Pergunta nunca antes perguntada.
Preocupação?
Não…Solidão.

Aí, olhamos um para o outro.
A mesa posta para dois.
E percebemos que daqui pra frente o que teremos serão grandes vazios e silêncios.
Ou não.

Eu e tu. Tu e eu.

Vem me conhecer.
Vou te descobrir.
Tenha paciência.
Não sou mais uma menina.
Mas tenho meus encantos.
Sei que você também, apesar dos anos, continua um rapagão.
Ambos faremos uma forcinha.
E reaprenderemos.
Só não podemos é deixar o silêncio e o vazio vencerem.

Você já viveu ou esta vivendo está fase da vida? Conta a sua experiência aqui.

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Até a BBC falou

 

Dominique

Nasceu em 1964. Ela tem 55 anos, mas em alguns posts terá 50, 56, 48, 45. Sabe porque? Por que Dominique representa toda uma geração de mulheres. Ela existe para dar vida e voz às experiências, alegrias, dores, e desejos de quem até pouco tempo atrás era invisível. Mas NÓS estamos aqui e temos muito o que compartilhar. Acompanhe!

15 Comentários
  1. É a vida que segue…
    Calma e sossegada, sem pressa rsrs
    Por entre flores e pássaros não vejo o dia passar, só escuto uma vos baixa me chamando para o almoço,pois agora trocamos as preferências. ..ele vai cozinhar e eu cuidar do Jardim.Ah!quanto tempo esperava por isso.
    Não Hã filhos pra cuidar, não ha horários a cumprir, a melhor idade chegou, e por que não aproveitar o que temos de melhor.TEMPO…

  2. Lindo ! Bom momento para se redescobrirem e criarem novas expectativas! Novos objetivos? Conhecer aquele país que só os dois gostam…. infinitas possibilidades e quem sabe descobrirem novos gostos e cheiros? Fantástico texto!

  3. Há muita felicidade e alegria em cada ciclo e momento da vida! Não devemos deixar desperdiçados por falta de um olhar de amor!!

  4. A doçura existe em cada diferente fase da vida, a sensação de feliz percurso permanece e a eterna alegria de descobrir e se encantar com o novo!!

  5. É, a vida do casal é mesmo assim começa a dois, daí vem os filhos que crescem vão cada qual para a sua nova moradia e o casal volta ficar a dois.!!! É o ciclo normal.

  6. Não é mais eu e tu. Tu e eu. Você se foi, para outra mesa, para outros braços. Ficamos somente alguns dos nossos filhos e eu. O mais velho casou… A caçula foi trabalhar e morar em outro Estado … Criaram asas e voaram. O ninho não está vazio, ficaram dois filhos. Não coloco mais os pratos à mesa – cada um tem horários diferentes de sairem para o trabalho, de almoçarem, de voltarem para casa, inclusive eu – a não ser quando os quatro filhos estão em casa, em visitas rápidas, e são tantos os assuntos conversados, os papos colocados em dia… As promessas de se passar mais tempo juntos… As recordações da infância, as lembranças de momentos passados na companhia uns dos outros… Aí chegamos à conclusão que não valorizamos o tempo que os tivemos junto a nós, que hoje só temos as migalhas de seu tempo – escassos, corridos, sempre na azáfama de novos caminhos, novas rotas, que eles hoje percorrem sozinhos…

  7. Belo texto e reflexão, estamos também nesse exato momento passando por esses períodos de silêncio em casa e a mesa posta para nós dois, eu e minha esposa.

    E pior também é a distância que estamos, pois moramos em Manaus e temos uma filha que mora no RJ e o filho morando em SP, ainda bem que temos uma filha casado, que mora em Manaus.

    Mas creio que é assim mesmo que a vida faz conosco, outro dia eram todos crianças que estavam sob nossas responsabilidades, e o tempo passa e cada um vai seguindo seu caminho.

  8. Nesse momento também ! Os silêncios são tão tristes…parece que não sabemos mais o que dizer…não tem mais boletim para ser discutido , broncas para serem dadas, noites para levar e buscar na balada…sobre o que vamos conversar ? Alguém por favor me dá uma dica? Parece que a copa ficou enorme e estamos cada qual em um cômodo separado, olhando para seu próprio celular e falando com pessoas que o outro não conhece…triste, muito triste.

    1. Ana querida, projetos. Projetos em comum. Do mais simples ao mais…
      Quem sabe combinar um cineminha num dia fora de rotina?
      Ou convidar uns amigos para uma caminhada num parque ou trilha com caipirinhas e petiscos depois? Os projetos nao precisam ser grandiosos. Basta que sejam a dois. Combinados, planejados e executados a dois…

      1. Adorei as sugestões. Aqui somos eu e eu. E para piorar, pedi demissão da empresa onde fiquei por 10 anos. Me mudei para uma cidadezinha com 19 mil habitantes, onde ñ conheço ninguém. Ha dias, que penso que fiz a maior loucura da minha vida, e em outros me sinto uma aventureira

        1. Geane,

          Eu acredito que você tomou a melhor decisão. A chave está em aproveitar o tempo juntos, seja numa metrópole ou numa cidadezinha do interior. Reencontre seu amor, namore, morra de rir…pode ser no coreto da pracinha!

  9. Estou passando por isso neste exato momento. E a expectativa de redescobri-lo e ser redescoberta está enorme!

  10. Já me acostumei com este silêncio.
    Estranho a família separa e multiplica.
    Os filhos criam asas e acham outras asas pra acompanhá-los.
    Ai vem genro, nora e mais tarde as asinhas mais lindas os netos.
    Acho q este período de silêncio e para reaprendermos a viver a dois e se fortalecer pras novidades q a vida nos prepara.
    Afinal de contas fizemos estes mesma caminhos, e como pensamos na época?
    Vida q segue…

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Vestido – CURTO x LONGO

Dominique - Vestido
E chega uma fase na vida que amiga é mais importante que o marido.

Tá bom. Exagerei. Mas é quase.

É que tem coisas que só com uma amiga.

Você consegue imaginar seu marido te ajudando a decidir se você deve ir de longo ou curto naquele casamento?

Não, né?

Mas pra isso você tem amiga.

Você liga pra ela conta seu drama e ela fica realmente preocupada.

Pensa no seu problema sempre que tiver um tempo.

Vai te ligar umas 10 vezes pra dizer os prós e contras do longo.

Vai na tua casa pra ver como os vestidos estão caindo em você, além de levar quase todo o armário dela para você experimentar.

Vai largar tudo no sábado para ir procurar com você “a roupa”.

Que marido faz isso?

Pior. No dia da festa, depois dele reclamar e chiar que não entende o que você fica fazendo uma tarde inteirinha no salão, olha pra você prontinha, linda e maravilhosa e pergunta se seu sapato é novo.! Aff!

– Não querido… A única coisa que não é novo aqui é justamente o sapato.

Mas é pra isso que você tem amiga.

Nessa altura, você já mandou umas 10 selfies para ela e ela já levantou sua autoestima à enésima potência.

Tks Best friend.

Ah! Você quer saber se fui de longo ou de curto, né?

Pois então…

Aqui algumas dicas de uma daquelas amigas que toda mulher deveria ter:

– Se for convidada, opte sempre pelo curto.

– Longo apenas se o convite sugerir traje black ou longo explicitamente.

– O vestido curto é muito versátil, pode ser usado em diversas ocasiões dependendo dos acessórios.

– Vestido curto para uma Dominique significa comprimento na altura do joelho, um pouquinho acima (pouquinho, hein), um pouco abaixo, dependendo do estado de suas pernocas.

– O grande segredo é mostrar o que temos de melhor. Por exemplo, valorizar o colo com um decote bacana.

Ah! Não tenha preguiça na hora de experimentar. Experimente muitos! É assim mesmo. Não acertamos de primeira. Nem de segunda. Nem de…

Mas de repente, você veste um que pimmmm!  Você achou aquele vestido que te deixou com um colo lindíssimo, cintura fina, costas alinhadas, sem barriga e com o bumbum arrebitado!

Se o vestido não for tudo isso, é quase tudo isso. Tá bom!

Leia Mais:

Independência Financeira – A rota para a liberdade
A Lua, Santinho… Finalmente, a Lua.

Eliane Cury Nahas

Economista, trabalha com tecnologia digital desde 2001. Descobriu o gosto pela escrita quando se viu Dominique. Na verdade Dominique obrigou Eliane a escrever. Hoje ela não sabe se a economista conseguirá ter minutos de sossego sem a contadora de histórias a atormentá-la.

1 Comentário
  1. Muito bom.
    Me foquei no detalhe acima do joelho pois não me adapto com abaixo do.
    Respeitando cada um com seu estilo e e de bem com o que está usando.
    Valeu a dica.bjs

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Histórias da praia 3 – Uma Dominique se descobrindo no Rio Chico

Dominique - PraiaComo disse no primeiro texto sobre as histórias da praia, uma das melhores coisas da minha praia são os papos, os causos, as histórias. Lembra que falei no segundo texto da Marianne que andava de manhã cedinho roubando minha exclusividade?

Bom, fato é que nos tornamos boas amigas de temporada, quer dizer, só nos encontramos lá. E só batemos papos daqueles de lavar a alma de vez em quando.

E foi isso que aconteceu semana passada.

Nos encontramos no fim da tarde para um daqueles famosos cafezinhos.

Papo vai, papo vem, disse que nunca mais a tinha visto com sua câmera fotográfica. Companheira inseparável.

Ela falou que tinha dado um tempo. Não sabia bem porque. Mas tinha aposentado dentro de uma gaveta. Máquina, lentes e parafernálias.

– Sabe? O digital facilitou muito, mas me fez perder o tesão. Esse negócio de poder tirar muitas fotos para poder escolher a melhor tirou a beleza das fotos na minha opinião.

– Mas porque Marianne? É uma enorme facilidade.

– Porque o custo da revelação impedia que tirássemos esse monte de fotos. Quando fotografamos, o que importa é a primeira, é o nosso olhar naquele momento, é o que capturamos, é o que aquilo nos fez sentir. Aí vem o momento da revelação, sendo que na maioria das vezes já tinha até esquecido de algumas fotos. E aparece a delícia de descobrir aquele registro. Bem, posso ser anacrônica ou saudosista, mas acho que não tem mais a mesma graça.

E aí ela começou a contar como foi o processo dela de descoberta pela paixão pela fotografia.

Por volta dos 50 anos, (affff sempre por aí, né Dominiques?) ela quis fazer algo que fosse só dela, só para ela e que a libertasse um pouco dos papéis de mãe filha, esposa, profissional. Estava se sentindo oprimida nessa casca.

Ahhh Mariane, como eu te entendo.

A história de seu desenvolvimento como fotógrafa, eu vou pedir para ela contar pessoalmente.

Foi fazer cursos com feras. Cursos que precisava ser aceita. Mas como assim? Nunca fotografei. Como farei um teste? Well, ela foi aceita, porque sempre teve e sempre terá o espírito do artista. O olhar diferenciado.

E assim passaram-se anos fotografando e estudando.

Até que surgiu a dúvida. Mas o que é que eu fotografo?

Para que eu fotografo?

Sou mais uma fotógrafa de por do sol de Insta?

E resolveu realizar um antigo sonho. Conhecer e fotografar o Rio São Francisco.

Mas precisava fazer isso sozinha.

Precisava deste tempo. Precisava deste encontro com ela mesma.

Fez seu roteiro.

Colega, sério, eu jamais teria encarado essa viagem. Roots demais para meu estilo.

Mas Marianne, na época com 54 anos, partiu decidida de avião até Aracajú. De Aracajú, 5 horas de ônibus até Penedo. E de Penedo mais 6 horas de ônibus até Piranhas.

Você já ouviu falar de Piranhas? Pois é eu nuuuunca tinha ouvido falar.

Mas a descrição de Ma foi de dar água na boca.

Uma cidade muito organizada, com casinhas coloridas, ruas de paralelepípedos, às margens do Velho Chico, mas ainda cheia de grutas e com histórias riquíssimas sobre o cangaço, afinal lá foi feita a emboscada final para maria Bonita e lampião. N-U-N-C-A poderia imaginar. Afff! Quanta ignorância!

Mas voltando. Ma hospedou-se numa pousada, simples e acolhedora. Estamos falando de 2005. Muita coisa deve ter mudado de lá pra cá.

Mas lá vai ela fotografar e procurar sua essência.

Até que numa certa sexta-feira, Marianne começa a passar mal. Tontura, dor de cabeça, vómitos e febre.

– Ah!  Já já passa. Vou ficar quietinha no quarto hoje.

Aí começa a diarreia. Na madrugada de sexta para sábado percebe que a coisa só piora.

Que está sozinha, no meio de lugar desconhecido sem conhecidos.

O que adiantava ligar para família naquela altura? 4 horas de avião mais 11 horas de estrada?

Arrastou-se até a entrada da pousada, chamou a dona, que muito solicita, a levou ao hospital da cidade.

Para uma paulistana, chamar aquilo de hospital não parecia apropriado. Pela falta de equipamentos e tamanho, mais lhe parecia um posto de saúde.

Foi quando apareceu um médico.

Não. Ele não estava de branco. Não, ele não tinha cara de experiente.

Mas ela estava desmaiada. Oscilava momentos de lucidez com apagões totais.

Soro na veia e internação.

Internação??? Sozinha?

Não tinha jeito. Na verdade, quase agradeceu ter alguém, para cuidar dela.

Mas não deixava de estar com medo.

O médico acalmou-lhe. Disse que tudo ficaria bem. E falou que faria uma acupuntura nela.

Sua primeira reação?? Não! Acupuntura não? E as agulhas?

O médico sorriu complacente e pediu mais uma vez que ela não se preocupasse. Apenas que descansasse.

Bem, Marianne não tinha o que fazer. Estava entregue. Nas mãos daquele Doutor. Já tinha sido indelicada o suficiente. E tinha que acreditar nele.

E assim passou o sábado. Entre soros e agulhas. Entre pequenos apagões. Acordada se sentia num sonho. coisa estranha.

Mas passou. E veio o domingo. Que continuaria internada se recuperando. Embora já sentisse melhor. Bem melhor. Já tinha até fome!

Conseguiu sentar na cama e ver que estava numa enfermaria com outros dois pacientes. Tudo muito simples, mas muito limpo e organizado.

Ainda se sentia fraca demais. Mas já conseguia pensar. Bateu-lhe uma enorme tristeza.

Pela primeira vez sentiu-se sozinha e repensando se aquela tinha sido uma boa decisão mesmo.

Será que não tinha a capacidade de viver aquela experiência?

Quanto mais pensava, mais triste ficava.

Mas de repente, entra uma pessoa no quarto. Um estranho. Um senhor.

Cumprimenta-a. Pergunta se ela precisa de algo. Segura em sua mão. Vai buscar sua refeição na copa. Não… Não era ninguém do hospital.

Ele sai e chega uma senhora, trazendo uma santinha para presentear-lhe. Senta na beira da cama. Olha em seus olhos. Passa mão em seus cabelos. Oferece-se para ligar para família. Pergunta seu nome. E foi assim todo o domingo.

Ela viu que não era só com ela, mas também com os dois outros pacientes.

Na verdade, aquelas pessoas tiravam o domingo para consolar, ajudar, conversar, fazer companhia aos doentes e principalmente estranhos. Sabiam que eram pessoas que estavam precisando de conforto. E que uma palavra e um carinho poderiam fazer a diferença.

Neste momento, Ma começa a chorar e disse que nunca mais foi a mesma. A certeza de que precisamos de muito, muito pouco, para viver. Que existem sim pessoas que fazem o bem pelo bem.

Acredito. Acredito nela. Porque a Nanny é tudo isso.

Uma emocionante história de praia não acha?

Leia Mais:

Histórias da Praia 1 – Amigas na reunião de condomínio
Histórias da praia 2 – Ela e seus deliciosos segredos

Eliane Cury Nahas

Economista, trabalha com tecnologia digital desde 2001. Descobriu o gosto pela escrita quando se viu Dominique. Na verdade Dominique obrigou Eliane a escrever. Hoje ela não sabe se a economista conseguirá ter minutos de sossego sem a contadora de histórias a atormentá-la.

4 Comentários
  1. Bom dia. Não tem continuação? Curiosa pra saber cm foram os dias que Ma passou em piranhas, o que ela sentiu fotografando o rio…

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Jamais diga desta água não beberei – Sim eu fiz uma tatuagem – Parte 1

Dominique - Tatuagem
Nunca tive medo de envelhecer, acho pouco provável que aconteça comigo.

Nenhuma encanação com rugas ou marcas de expressão, já as tenho e convivo bem com cada uma delas.

Gosto de me cuidar. Ser escrava da vaidade, jamais.

Tenho sede mesmo é de viver. Sorrir com os olhos, sempre.

De tempos em tempos, a vida me prega surpresas ao dobrar uma esquina e quando menos espero, vivendo na velha e boa zona de conforto, não tem outra escapatória, senão mudar.

É uma epopeia e tanto enfrentar o pavor da mudança? Lidar com o desconhecido é uma aventura que a maioria dos seres humanos não tem preparo para vivenciar, por mais Dominique que seja. Mas é justamente este o grande lance! Ta aí o pulo do gato.

Aos 50 vivi esta fase: MUDANÇA. De visão, paradigma, ideias preconcebidas, verdades absolutas e, por que não, também de opiniões.

Não é feio mudar, perigoso é permanecer sempre com a mesma ideia, a ponto dos olhos não sorrirem mais. Sim, o primeiro sorriso é com o olhar. Por muito tempo minhas pupilas ficaram sob lentes escuras, meio assim no lusco fusco, mas algo mudou quando fiz 50.

Nesta fase de balanço, morte de crenças e renascimento, subi o primeiro degrau rumo à transformação. Veja só que surreal, fiz uma tatuagem. Quem diria, eu que detestava tatuagem.

Há muito tempo não sentia o que era transgredir uma regra. E, a maioria destas regras quem impôs fui eu! Cá pra nós, sei como ninguém ser cruel, principalmente quando é comigo mesma.

Sabe o que senti? Liberdade, uma adolescente. Foi tão bom, doloroso e incrivelmente fascinante. Por que? Simplesmente porque mudei de ideia. Além da tatoo ter ficado linda e chiquérrima. Isso não tem preço, tem valor e quanto valor!

Continuo em busca do novo, de sensações e emoções diferentes, não precisam necessariamente serem doloridas como a tatuagem, mas sempre inéditas.

Tenho como propósito fazer a diferença para melhor na minha vida e na de quem eu cruzar, então vambora, bola pra frente que atrás vem gente!

Você ja passou por uma mudança de opinião como essa da Marot com a tatuagem? Conta para mim!

Leia Mais:

Eu pulei as 7 ondas. Não pedi nada, mas ganhei muito!
Amor em mechas – Um ato de solidariedade entre as mulheres

Marot Gandolfi

JORNALISTA, EMPRESÁRIA, AMANTE DE GENTE DIVERTIDA E DE CACHORROS COM LEVE QUEDA PARA OS VIRALATAS.

5 Comentários
  1. Ah, Dominiques.

    Amei a matéria e como não acredito em acasos, veio na hora certa, pois estou ensaiando desde o ano passado. E conto mais, ter 50 e mais alguns não tem preço, quebrando barreiras, liberdade de ser e querer… E o mais importante é sentir-se absoluta. Somos todas Dominiques. Beijos

  2. Oi. Tenho 65. Sempre fui muito séria!! KKKK!!!De não sair da linha !! Fazer tudo certinho sempre!! Masss fiz minha primeira tatuagem aos 58. E depois dos 60 fiz mais 2 !! Adoro!! Ficaram lindas!!!Ia fazer nas costas! Mas EU queria um lugar que pudesse vê-las!! Então fiz no ombro!Adoro!! Abraços

  3. Qué máximo!!! Duas coincidências: Tb fiz uma tatoo dias antes dos 50.
    Meu propósito é igualmente fazer diferença na vida das pessoas.
    Ao final, descobri que ambas estão ligadas de alguma forma.Qdo marcamos ou qdo nos deixam marcados, o que fica é uma “tatuagem invisível”.

  4. Hoje tenho 76 anos e fiz minha primeira tatuagem aos 74. Foi tb uma grande quebra de barreiras e até para o tatuador.

  5. Oi . Tenho 68. E todos os dias encontro oportunidades de mudar. Pra melhor é claro. Como vé leio todas as publicações de Dominique e me acho uma. Ah a vida ta ai pra se viver intensamente né meninas? Um grande abraço

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Ei-la aqui. Rita Lee. A Dominique das Dominiques.

Rita Lee – 70 anos

Não há em minha geração quem não tenha dançado uma música de Rita Lee.
Você pode não saber o que é Loki. E não tem importância!! Sério!!
Você pode não conhecer bem os Mutantes. E muito menos saber que foi Ronnie Von que batizou o conjunto. Tudo bem.
Também não deve saber que Rita estudou na mesma classe que Regina Duarte.

Mas você sabe cantar Mania de Você de trás pra frente.

Dominique Rita Lee
Rita Lee anos 80

Ovelha Negra te despertou para a possibilidade de haver um mundo além da família “margarina” da casa da vizinha.

Lança Perfume legalizava aquela sua pequena contravenção de jovem.

Quantas vezes você não ouviu Cor de Rosa Choque porque estava “doente” e não foi pra aula?

Algum moço te passou uma cantada assobiando Banho de Espuma? Colou?

Ela disse SIM duas vezes, para Arnaldo e para Roberto. Na verdade 3 se contar o “Pra Você Eu Digo Sim“. Mas em nenhuma delas usou o vestido de noiva que Leila Diniz lhe emprestou e ela nunca devolveu.

Eu fui a um show dela no Palácio do Anhembi. Fui a outros. Mas lembro deste que foi “intimista” em 198X.
Heavy user de Internet, muito antes das redes sociais, ela sempre foi meio futurista.
Rita Lee possuía uma carteira de sócia do “Clube dos primeiros vôos à lua”. Lunática de carteirinha! Preciso falar mais?

Rita me inspira.
Claro que amo suas músicas, letras, ironias e sarcasmos.
Mas o que mais gosto de verdade, é seu desprendimento e independência de pensamentos.

Não concordo com tudo que ela fala.
Grande coisa!!
Aliás ela deve estar muito preocupada com isso.
E é justamente esse dar de ombros que amo.
Amo o jeito surpreendente que solta suas observações e opinões.

Rita é muito mais que sua obra.
Tenho a impressão que ela cansou, enjoou, não aguenta mais suas próprias músicas.
E eu entendo perfeitamente.
Você nunca cansou de se ouvir? Nunca cansou de seu próprio discurso? Nunca?????
Ahhh, ok.
Acho que ela tenta se reinventar o tempo todo, mas que todo mundo quer a Rita Lee de nossas adolescência, cantando Saúde e Chega Mais.

Talvez por isso ela tenha deixado suas madeixas vermelhas de lado assumindo o cabelo branco de vez, para que também deixássemos a Rita do Tal de Roque Enrow partir, e mais uma vez ser aquela metamorfose ambulante. Uma verdadeira Mutante.

E assim Rita consegue sua liberdade pela enésima vez.
Talvez por ter nascido no último dia do ano, tenha essa tendência ou essa sina de se reinventar.
Sorte nossa que há 70 anos convivemos com 70 Ritas.
Parabéns menina. Arrombe a Festa!!

A Dominique das Dominiques
Parabéns Rita Lee.
Ahhh, li esse texto de Rita Lee (fase cabelos brancos – livro Dropz). Vale muito a pena.

Eis-me aqui

Leia também :

História de Rita e Elis

Quando eu crescer e envelhecer pra valer, quero ir para um asilo!

Eliane Cury Nahas

Economista, trabalha com tecnologia digital desde 2001. Descobriu o gosto pela escrita quando se viu Dominique. Na verdade Dominique obrigou Eliane a escrever. Hoje ela não sabe se a economista conseguirá ter minutos de sossego sem a contadora de histórias a atormentá-la.

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