Voltando de viagem.
Fim da semaninha de férias.
Olha a dica pras “colegas”!
[fve]https://www.youtube.com/watch?v=ygOjwT5OAz0[/fve]
Voltando de viagem.
Fim da semaninha de férias.
Olha a dica pras “colegas”!
[fve]https://www.youtube.com/watch?v=ygOjwT5OAz0[/fve]
Dizem por aí que virei a louca da capa de chita.
Não posso ver uma caixa, um caderno, uma latinha, que já saio encapando.
Não é bem assim. Quer dizer… É.
Há tempos, descobri que PRECISO fazer alguma atividade manual.
Preciso para parar de pensar.
É nesta hora, que não vejo TV.
Que não estou na frente do computador ou do Celular.
É a hora que não estou recebendo nenhum tipo de informação.
Quem sabe, só escutando música.
Concentrada na tarefa manual. Não penso em mais nada.
Será que isso pode ser um tipo de meditação?
Os xiitas dirão que não.
Mas eu preciso deste break de sinapses histéricas tanto quanto do ar que respiro.
Aí, um belo dia, eu descobri umas chitas lindaaas numa lojinha perto do meu escritório. Sempre gostei de cores!! Estampas!!
Comprei! Não resisti. Comprei um metro de cada estampa!!
Bom… E agora? O que fazer com quase 10 metros de chita?
Affff Dominique… Só você mesmo.
Uma coisa leva a outra.
E pronto.
Desenvolvi minha própria técnica,
Que aliás, vai ter artesã morrendo de rir quando olhar isso aqui.
Porque além de ser completamente sem jeito, sou completamente estabanada.
Você vai ver também que meus acabamentos são horrorosos. Ainda não consegui chegar lá.
Mas estou no processo.
Acho importante mostrar que ninguém nasceu sabendo.
Vou mostrar também meus erros.
E meus acabamentos porquinhos.
E quem sabe um dia, a evolução disso.
Que tal?
Bom… Vamos lá?
• Caixa
• Chita
• Cola branca
• Cola de tecido
• Pregadores de roupa
• Tesoura
• Manta acrílica
• Fita dupla face
• Pincéis
Modo de fazer:
Caixa escolhida. Eu na verdade, só encapo a tampa. Por 2 motivos:
– Fica mais charmoso.
– Se eu encapar a caixa mesmo, não sei a técnica para fazer com que a caixa feche. Os tecidos em cima e em baixo fariam muito volume (já testei e não deu certo).
Medida a tampa 30cm x 17cm x 5cm
Manta Acrílica
Porque uso manta acrílica? para dar aquele gordinho em cima. Fica charmoso. Com cara de caixa de loja, mas não é necessário não.
– Corte um pedaço de manta acrílica quase do tamanho da tampa 31cm x 17cm.
Passe cola branca na tampa da caixa e vá colando a manta acrílica.
Corte as sobras.
Agora ajeite o tecido do avesso, claro né?
O Tecido – A chita
O tecido para esse tamanho de caixa vai ser de 50cm x 35cm.
Você precisa ter tecido para fazer a lateral, a dobra e o acabamento.
Marque onde vai cortar, de um picote e rasgue com a mão. É a melhor maneira de cortar.
Acabamento – Bainha
Agora para termos um acabamento bacaninha, gosto de fazer um tipo de bainha. Um tipo. Claro que não vou passar na máquina, né santinha?
Aí, uso uma cola de tecido que vem num tubinho e com bico fininho. Veja na foto. Super fácil.
Vou passando, virando e vai colando na hora.
Não fica aqueeeeela perfeição, mas quem diria que um dia iria me preocupar com acabamento interno? Então, tá ótimo.
Montagem – dobraduras
Bom meninas, agora vai começar a brincadeira de verdade!!!
Já apanhei muito para fazer essa parte. Mas sempre me divirto. E achei um jeito que acabou dando certo.
Tecido no avesso. Tampa centralizada.
Cole pedaços de fita dupla face em uma das laterais. Estique o tecido e grude na fita. Claro que você já tirou todos os papeizinhos.
Às vezes, faço todo este trabalho antes, em todos os lados sem as fitas apenas usando pregadores de roupa , só para ver se vai dar certo, se não vai faltar tecido em nenhum lado, se não fiz nenhuma burrada. Sabe como é?
Começo pelas laterais maiores da caixa. depois para as menores.
E os cantos são sempre um enooooormeee problema. Pelo menos para mim.
Mas acabei me virando. Puxa daqui, estica dali e fica tudo lindo. Você vai ver.
Na foto número 6, você vê que voltei a usar a tal cola de tecido. Sabe pra quê? Para justamente esconder as sobras de tecido e tentar arrumar os cantinhos.
Por fim, pregador de roupa para secar apertadinho.
Desastre
E aqui, só para ilustrar. Este é apenas um dos desastres que acontece toda vez que sento para fazer minhas “artes”.
Sabe aquele tubinho de cola de tecido com biquinho fino? Pois então… Apertei demais e saiu bico. Meio tubo de cola e quase estragou tudo. Ainda bem que deu para arrumar.
PRONTO!!!
E eis aqui minha caixinha pronta. Não ficou bonitinha?
Se você fizer uma, manda a foto pra mim? Deixa eu ver?
Faça você mesma um leque de presente para as amigas
DIY pra organização: desta vez vai!
Gostei da suas dicas fiz um porta papel higiênico kkk com pernas de calça velha calça jeans rasgou virou um shortinho pra ir despojada praia e usar em casa mesmo . gostei do artesanato ia .vc é original realista e incentivar a prática de fazer pra gente mesma algo personalizado seu estilo.parabens .
Amei sua disposição para ensinar o que aprendeu sozinha. Eu faço decoupage com guardanapo e uso para o acabamento lixa de unha, mas já vi alguns vídeos onde as artesãs usam esta técnica também para o tecido, não sei na prática se dá certo pois nunca trabalhei com tecido. Parabéns seu trabalho ficou de muito bom gosto. Beatriz
OI BIa, Pois é..disposição e cara de pau, né? Mas não entendi como fazer o acabamento com lixa. Manda um video pra mim? E posso ver suas artes? Fiquei curiosa!!
Foi na casa de uma colega de faculdade, décadas atrás, que se iniciou meu vício em dar uma cara nova a móveis que já nem percebemos mais dentro de casa.
A casa dessa colega era bem interessante e durante a visita ela ia contando a história de várias peças: “Essas poltronas eram de mamãe e eu revesti com um tecido que encontrei em uma ponta de estoque, essa mesinha estava no fundo da garagem e…”. A estampa extravagante e linda tinha transformado as poltronas no ponto focal da sala. A partir dessa visita, passei a ter uma nova maneira de repaginar minha casa e, depois, essa mania se estendeu para meu trabalho como arquiteta e decoradora.
Sabe quando nos encantamos com um ambiente acolhedor e original na casa de alguém? Com certeza esse resultado não foi alcançado porque a dona da casa “mandou baixar todos os móveis e objetos da Tok&Stok e pronto”.
O aconchego e originalidade vêm da história que o ambiente pode contar através da mistura de peças novas com peças restauradas, do tecido extravagante que reveste as velhas poltronas, da cor escolhida para as paredes (repetindo a cor do tecido ou contrastando com a mesma), dos objetos que foram garimpados em brechós ou cuja utilidade foi transgredida.
Outro dia chegaram duas poltronas em minha casa trazidas pelo estofador. Eu fiquei eufórica. Parecia que eu estava diante de peças das mais caras, vindas da loja Artefacto. Bobagem! Eram duas poltroninhas que estavam esquecidas nos quartos e já bem feias e encardidas. Uma no estilo anos 50, comprada anos atrás na praça Benedito Calixto, e outra comprada nem me lembro onde.
Ficaram lindinhas, forradas com tecidos bem em conta. Uma em sarja verde turquesa e outra em estampa amarela. Custo com tecidos e estofador? R$ 517,00. Satisfação? Não tem preço. Olha elas aí nas fotos!
Poltronas e pequenos sofás, que já conheceram dias melhores, podem se transformar com a troca do tecido ou com o acréscimo de algumas almofadas extravagantes, dando um toque acolhedor e original que estava faltando no ambiente. Elas podem estar na sua casa, virem da casa da mãe, da vó, da tia ou serem garimpadas em brechós. É só ter um olho clínico para descobrir a beleza oculta sob os anos de uso dessas preciosidades.
Além de sofás e poltronas, pequenos móveis muito charmosos, que cabem como uma luva para um pequeno hall de entrada, podem ser reutilizados. Amo pés palito!
Ou sendo mais radical, caixotes ou pallets, com um pequeno trato, podem se transformar em mesas muito originais.
eu tambem amoooooo,me da vontade de sair por ai nessas lojas de usados e garimpar de tudo,e reformar,pintar,amo demais.
Estou encantada…Olha que tenho um sério defeito, em observar relíquias na casa das pessoas, e volto com vontade de te las na minha casa. Essas duas maravilhas, por exemplo, cairia, como um tesouro, na minha humilde sala. Aceito doações. Oh trem de louco! Hahaha tô querendo.
Conceição,
Eu também adoroooo! Pode até não ter valor de revenda, mas se gosto, ah! menina, corro atrás!
Conheci uma autêntica Dominique, Angela Bergo. Prepare-se para deixar seu queixo cair. Hoje vou contar a incrível história dela, proprietária da marca Anbê. Angela pensou fora da caixa e vem conquistando gente do mundo inteiro.
Sabe aquelas mulheres que tem o estranho e magnífico dom de cair e levantar, com toda a garra e classe do mundo, de salto alto, batom e depois de fazer uma escova? Ela é assim, uma inspiração.
Quantas Dominiques não passaram por um daqueles divórcios cinematográficos e sem sucessos de bilheteria?
Com sérios problemas de grana por causa do divórcio, se viu em uma encruzilhada. Sem nada para investir, como começar uma confecção? Os tecidos que estava acostumada a usar eram caríssimos.
Ao matutar uma solução para sua vida, viu que a saída estava embaixo do seu nariz. A toalha da mesa do restaurante era de chita, por que não fazer roupas com este tecido mais que brasileiro?
Ela já tinha criado modelos para mais de 15 marcas diferentes e ainda teve sua própria marca, que esteve no mercado por 18 anos, a Elemento Vazado.
Com a ajuda de uma amiga, dona de uma lavanderia, conseguiu testar milhões de vezes a lavagem da chita até chegar à textura perfeita. Como curiosidade, como a chita apodrece, foram realmente muitos, mas muitos testes.
Fale a verdade, o que você acha de roupas feitas de chita? Ainda acredita que é tecido barato que serve para decorar as mesas de restaurantes mais populares?
Pois é, eu passei na frente da loja, totalmente por acaso, e é o cúmulo do charme na Vila Madalena. Decoração acolhedora, modelos diferentes e lindos, a cara do verão e pasmem, todos feitos em chita, isso mesmo, chita.
Barato só no preço, porque na coleção da Anbê ficam riquíssimas, magníficas, é praticamente impossível não se encantar.
Angela tem o prazer incalculável de usufruir da liberdade de fazer o que quer e gosta. Hoje o dinheiro não fala mais alto. Ela ama o que faz e desenvolve apenas para suas coleções. Suas criações são feitas para mulheres que sabem o que querem, não estão nem aí para o que os outros pensam e tem personalidade. “Ver sua cliente feliz da vida com sua roupa é absolutamente encantador”, diz Angela.
A Anbê já participou de eventos na França, Alemanha, Itália, Japão, Chile, entre outros. Na terra da Chanel, os modelos Anbê foram aprovados por 95% do público. Isso é para poucos, muito poucos.
Hoje a Anbê está presente em 3 lojas próprias em Arraial D’Ajuda, na Bahia, e 1 loja na Vila Madalena, em São Paulo. Vale com certeza uma visita, você vai se apaixonar.
Eu não resisti e comprei duas saias, mas quando entrei na loja falei que era para minha sobrinha, achei que poderiam pensar que era over para uma Dominique. Que nada, arrasei!!!
As coleções da Anbê são para todas as personalidades e idades.
Olá, boa noite!
Gostaria de saber o processo de lavagem para deixar a Chita com caimento!
agradeço desde já!
Comprei uma peça em arraial d’ajuda, em viagem de férias, setembro passado.
Gostaria de comprar mais peças, pois me apaixonei, mas como moro do RGS, só on LINE, mas não consigo acessar.
Como posso fazer?
Aguardo retorno, obrigada
Débora Berçot
OLÁ DÉBORA..Tudo bem? Também amoooo as roupas da ANbe. Mas aqui neste caso só escrevo o texto. Acho que vc deve ligar lá na loja, ou mandar um e-mail. Tá bom? Beijocas..Ahhh Olha aqui os contatos: contato@anbe.com.br
+55 (11) 2309-7609
Conheci essa marca em Arraial ‘d ajuda. Me apaixonei mas como uso tamanho GG não consegui comprar nada , fiquei 7 noites em arraial e passava nas 3 lojas todos os dias. A moça já me conhecia ,me deu uma etiqueta e hoje estou entrando para dar uma olhada. Simplesmente apaixonada.
Reli,
Você conseguiu comprar? Eu também quero comprar…
Não consegui comprar, mas amei todas as peças,
Sao lindas né? Que pena que nao consguiu comprar!! Se eu puder ajudar me avise..Beijocas
Parabéns!!! Suas roupas são incríveis!!! Vc revolucionou e valorizou o tecido mais simples e genuinamente brasileiro e o transformou em algo “chique” e charmoso!!!…
Vende as saias de chita on-line? Quero muito uma.
Nossa q bacana essa matéria, conheci a Ângela, trabalhei com ela na elemento vazado, digo com propriedades ela é uma mulher de muita visão. Mi
Priscila bom dia, amo as roupas da Anbe, como tenho as costas muita largas não encontro peça para mim. Como se estona a chita. Beijos
Oi, Synara. você pode entrar no site da loja para ver http://www.anbe.com.br ou ligar na loja física que as vendedoras te ajudam.
Apaixonada por td na loja, conheci em Arraial foi amor a primeira vista, comprei e no outro dia denovo comprando, viciante coisa divina, parabéns!
Gostaria de saber como estonar e deixar a chita com leveza e caimento!!!
São lindas mesmo,amei quando vi em Arraial!!!
Tenho dois vestidos lindíssimos , que comprei aí na loja da Anbe na Vila Madalena, amo de paixão chita , gostaria de saber como e feito este processo , porque faço muitas coisas com chita , faço Patchwork , muitas colchas ,toalhas de mesa, jogo americano , e também vestidos
Amei!Lindas, frescas e práticas.
E vc não sabe o que elas caem bem Patrícia. A saia longa, virou titular do armário no verao passado.
Esta é minha história. E imagina só o inusitado.
Recebo o telefonema avisando que um querido amigo tinha falecido. Apesar de recém-operada da coluna, nada a fazer senão ir ao velório, né? Solidariedade é fundamental nestas horas. Mas inchada da cirurgia, com dores horrorosas, tudo o que eu queria era conforto. Como poderia saber que encontraria lá o homem que foi o grande amor da minha vida?
Pois é. E foi assim, inchada, com aquela roupa confortável, mas que engorda pra burro, aquele sapatinho de velha que o improvável aconteceu. Lá estava ele. Não é justo!!!
Quando o vi, ele já estava saindo, lindo e mais charmoso ainda com cabelos grisalhos. 40 anos depois, o tempo não passou para ele.
Daquele dia em diante, ele não me saiu do pensamento. Precisava revê-lo. De qualquer maneira. E isto aconteceria na missa de 7º dia! Batata!!
Fiz uma megaprodução e, para minha decepção, ele não foi.
Mas como não sou de desistir, inventei uma desculpa e liguei para a filha do falecido. Descobri coisas que talvez preferisse não saber. Ele é casado com uma empresária top, o cara vive com a mulher-maravilha e, segundo a moça, absolutamente apaixonado por ela. Meu mundo caiu. Resolvi que o melhor a fazer era tentar esquecer essa história.
Bom… Como disse lá em cima, solidariedade nestes momentos é importante. Fui visitar a viúva uns dias depois, mas o destino tramou a meu favor, desta vez, linda e cheia de confiança, graças a deus… Adivinha? Descendo do carro dou de cara com ele. Sabe-se lá o motivo, mas não nos falamos.
Fiquei completamente enlouquecida. Você pode imaginar. Consegui seu celular, nem conto como… Três dias depois, me enchi de coragem e liguei. Tremendo, disse:
– Aqui é a Julia. Te vi duas vezes e resolvi ligar para confirmar se era você mesmo.
Meio sem-graça ele fala:
– Como vai? Reconheci sua voz outro dia.
Completamente atônita completei com o absurdo:
– Então tá, é você mesmo, beijo.
Desliguei só o celular, porque continuei ligada nele 24 horas por dia.
Passados uns dias e imbuída de mais coragem ainda, mandei uma mensagem convidando-o para um café e levei um fora hollywoodiano.
– Melhor não Julia, já se passaram tantos anos, não gostaria de mexer nisso não.
Affffff.
Segue a vida.
Viajei para o Canadá para visitar minha filha e tentar, em vão, colocar a cabeça em ordem, estava em processo de separação. Por obra do destino, no meio de uma baita confusão no aeroporto que não vale a pena contar, mandei uma mensagem para minha agente de viagens e foi parar no celular dele. (?!?!)
João Alexandre não entendeu nada, mas muda de ideia:
– Bom, mas já que ligou, que tal aquele tomarmos aquele café?
Chegou pontualmente.
O que falar nessa hora? Tanta coisa para contar, um passado inteiro para ser remexido. Perguntei:
– Vamos para onde?
Sem pestanejar ele propõe:
– Para um motel. É o único lugar que ficaremos à vontade e sem correr risco de sermos vistos.
Por mais apaixonada e saudosa, fiquei desapontada. Logo de cara me leva para um motel, está pensando o que?
Falamos de filhos, casamento, disse que estava me separando. Ele falou que seu casamento era estável, nem bom, nem ruim, dentro dos conformes.
Abriu a carteira e para meu total espantou, tirou uma fotografia minha, com 15 anos. Segundo ele, nunca me esqueceu. Mostrei a foto que carrego no meu celular e ele começou a chorar. Choramos juntos. Como pode um amor tão bonito se perder assim na vida?
Passamos a se falar pelo Whatsapp todos os dias. Meu marido já havia saído de casa. Ele ficava sem graça de ter a mulher por perto.
Aos 53 anos, me sentia radiante ou, como ele falou, exuberante!
No segundo encontro, uma explosão de tesão acumulado, impossível descrever. O melhor sexo da minha vida!
Continuamos a nos encontrarmos, duas vezes por semana, às vezes, três.
Culpa, remorso, raiva, ciúme, tudo que um relacionamento a três pode causar, passamos em cinco meses.
Também vivi todo amor que é possível e impossível.
Tentamos nos afastar por algumas vezes sem sucesso, pois a paixão era enorme. Mas por outro lado, o sofrimento também. Então, num determinado ponto, não aguentei mais a situação. Escrevi a carta mais difícil da minha vida:
João Alexandre, meu amor,
talvez a gente se encontre novamente com o coração mais maduro e decidido, não era para ser agora.
Não me tenha mal. Tentei o mais que pude, não consegui.
Amo você demais para dividi-lo, isso tem me consumido tanto que não consigo disfarçar mais.
Sei que sou difícil, às vezes, chata, carente e até arrogante. Não me culpe, a vida me fez assim. Sempre na defensiva, com medo de perder, nem sabia o que, mas com muito medo. Sabia que tinha muito a perder, descobri que era o meu coração que já nem existia mais.
Te encontrar foi um bálsamo, uma miragem, um oásis no meio do deserto que eu habitava.
Como sonhei depois daquele encontro, me permiti, pela primeira vez, depois de tanto tempo, sonhar.
Fui em busca desse sonho, encontrei e hoje abro mão dele, não por birra, nem raiva ou qualquer tipo de sentimento pequeno que não seja esse amor enorme que não cabe no meu peito, que me tira o chão e o fôlego, que me despiu de corpo e alma como nos filmes de amor. Só esqueci que nos romances um dos dois sai dilacerado e sou eu quem está assim.
O amor só aumentou nesses cinco meses, não estou mais dando conta dele, está grande demais para ser vivido por mim sozinha.
Sozinha vivi a vida, sofri e me despi de ser eu mesma, hoje não consigo mais.
Oxalá não tivesse dignidade, nem amor próprio, tampouco me importasse com as outras pessoas envolvidas nesse laço que eu dei e só eu posso desatar.
Hoje ouvindo você falar com tanta ternura no celular com sua mulher, senti uma dor tão grande que não consigo mais parar de pensar no mal que estava fazendo a vocês dois.
Não tenho o que oferecer para você a não ser esse amor louco e sem medidas que não cabe na sua vida, não agora.
Talvez um dia a gente se encontre por aí, quem sabe em um velório ou numa festa, com os corações cicatrizados, feridas saradas e com maturidade para sentar e conversar ou até para dar um abraço gostoso sem medo e sem remorsos.
Não era para ser, se traz angústia não está certo, não culpo ninguém por isso, eu procurei essa história para minha vida e posso assegurar que foi a melhor coisa que eu fiz nesses longos 35 anos.
Amar você me fez forte, tomar decisões adormecidas, criei asas, voei nas suas asas e isso foi muito importante e muito bom, mas também muito sofrido. Sofrimento, meu caro, não quero mais para minha vida, já paguei minha cota.
Não me queira mal, o meu amor por você é real, puro e verdadeiro.
Já falei uma vez e vou lembrar que se um dia você estiver disponível, agora ou daqui a alguns anos podemos ter esse recomeço, sem medo e sem culpa.
Morar na casinha ou em qualquer lugar, não importa, o importante é estarmos juntos inteiros, sem horas marcadas, sem magoar ninguém e sem nos magoarmos.
Hoje apago você da minha vida, sigo com um vazio enorme e uma dor dilacerante no peito, me perdoe se o fiz sofrer, só queria fazê-lo feliz.
Vou sentir falta das nossas conversas, do nosso sexo e até das nossas brigas.
Até um dia.
Até talvez.
Até quem sabe?
Beijo
te amo.
As vezes é chato mesmo, pior ainda se a viagem é pra praia grande no litoral Paulista. … mas e se esta viagem for o sonho realizado de ano novo? Um pouquinho de empatia pelo óbvio do próximo cai bem né. …